Morador promove interação e aprendizado através de jogos de tabuleiro em Perus

Com um olhar voltado para o bairro, Bruno Maranho do projeto “Bora Jogar Perus”, acredita que a maneira como os jogos são desenvolvidos podem impactar positivamente a vida dos moradores de Perus, zona noroeste de São Paulo.
Edição:
Thais Siqueira

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Em entrevista a Rebeca Ramos, aluna do Você Repórter da Periferia – programa de educação midiática promovido pelo Desenrola e Não Me Enrola –, Bruno Maranho, relata como o projeto “Bora Jogar Perus” desenvolvido em parceria com a sua esposa Fernanda Maranho, ocorre mensalmente na Biblioteca Padre José de Anchieta, em Perus, zona noroeste de São Paulo, proporcionando para os moradores do território, experiências enriquecedoras e interações saudáveis por meio de jogos de tabuleiro modernos.

Para Bruno, os jogos de tabuleiro, representam uma ferramenta importante para estimular habilidades como o raciocínio lógico, comunicação, atenção e a concentração. Com um olhar voltado para o bairro, ele acredita que a maneira como os jogos são desenvolvidos pode ter um impacto significativo na vida dos moradores de Perus, priorizando um ambiente livre de competitividade, onde os participantes dos jogos de tabuleiro possam estabelecer relações positivas.

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Moradores durante a competição do projeto “Bora Jogar Perus” na Biblioteca Padre José de Anchieta. Foto: Hellen Novais, aluna do Você Repórter da Periferia/Setembro 2023.
 

Bruno também compartilha sua trajetória na criação de seu próprio jogo de tabuleiro, batizado de “Orgânica”. Esse jogo coloca os participantes no papel de cultivadores de hortaliças orgânicas, desafiando-os a cultivar e colher suas hortaliças no menor tempo possível.  Ele explica que a inspiração do jogo surgiu a partir de um momento especial, compartilhado com suas filhas, e reflete sua profunda vontade de contribuir ativamente para o desenvolvimento do território de Perus.

Bruno Maranho do projeto “Bora Jogar Perus” e Rebeca Ramos durante a entrevista na Biblioteca Padre José de Anchieta. Foto: Hellen Novais, aluna do Você Repórter da Periferia/Setembro 2023.

Você Repórter da Periferia: Por que o território de Perus?

Bruno: Sou morador de Perus e os jogos de tabuleiros modernos, tem a ideia de trazer essa vivência de jogos que não é tão difundida nessa região, da zona noroeste, oeste, aqui de São Paulo. Então a ideia é trazer acesso pra essa região, para as pessoas poderem ter essa vivência nesse mundo de jogos de tabuleiros modernos, com o intuito de trazer uma interação, um convívio entre as pessoas, uma interação entre as pessoas de uma forma saudável e proporcionar uma forma de divertimento saudável para as pessoas dessa nossa região aqui.

Você Repórter da Periferia: O que você acha que o jogo pode desenvolver nas pessoas?

Bruno: Os jogos conseguem desenvolver várias áreas nas pessoas e na sociedade em como um todo. O jogo de tabuleiro moderno,  vai desde a matemática, os jogos podem ter vários temas. Inclusive, nós estamos crescendo cada vez mais na parte de designers de jogos nacionais, onde o Brasil está começando a aumentar cada vez mais o número de designers e cada vez mais desenvolvedores nacionais e com projetos de iniciativas com temáticas nacionais, temáticas até culturais. Então você desenvolve a comunicação, a interpretação, o convívio, ajuda inclusive na interação para os tímidos, também ajuda bastante na interação.

Você Repórter da Periferia: Você pretende expandir assim esse projeto?

Bruno: Inicialmente a ideia do projeto é de ser itinerante em Perus. A gente ainda está estudando essa possibilidade. Então a biblioteca foi o primeiro lugar que a gente conseguiu essa parceria, que abriu as portas para nós. Isso foi bem legal, porque mostra o quanto o público não é só para a gente “usar”, mas a gente pode ajudar de forma ativa ao que é público. É nosso não sopra gente utilizar, mas para que a gente também possa desenvolver projetos, desenvolver iniciativas pessoais, particulares, que afetam outras pessoas de forma positiva. A ideia também é de conversar com outros locais de cultura de Perus, como a Ocupação Canhoba,  Quilombaque, e outras localidades culturais de Perus.

Você Repórter da Periferia: Por que você escolheu a biblioteca?

Pela admiração que eu e a Fernanda temos pela biblioteca, a gente participa sempre pegando livros para nossas filhas, a gente vê que a biblioteca não é um lugar somente para leitura, abriga muitos outros projetos e muitas outras iniciativas e ações. E a gente sentiu que podia ter essa abertura e ela foi dada, a gente agradece também a toda administração da biblioteca de Perus por nos permitir executar esse projeto e assim a gente está tocando aqui.

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