A Casa Griô e o Quilombar são espaços nas periferias que resgatam a busca por pertencimento e reconexão com raízes ancestrais.
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No dia 20 de novembro é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data em menção à Zumbi dos Palmares, importante líder do Quilombo dos Palmares e referência na luta da população negra. Assim como o aquilombamento de resistência liderado por Zumbi, em diferentes contextos, nas periferias, cada vez mais surgem espaços voltados para troca e fortalecimento da população negra.
Foi a partir de uma lógica de aquilombamento cultural que Otávio Pereira, 28, morador do bairro Vila Gilda, no distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, criou o Quilombar.
“A gente sempre teve uma vivência de consumir cultura no centro, e nessas idas e vindas muito longas que foi surgindo a ideia do Quillombar”
afirma o fundador do espaço e também psicólogo.
Inaugurado em outubro de 2019, o ponto de encontro entre DJ’s, MC’s, cantores, produtores e outros artistas independentes, também é um local onde as pessoas podem marcar para ir comer na quebrada, pois para além das ações culturais, é bem presente em parcerias com lanchonetes do território.
Há alguns quilômetros de distância do Quilombar, no bairro Jardim Silveira em Barueri, região metropolitana de São Paulo, fica a Casa Griô, criada por Ronni Silva. Ronni é formado em produção fonográfica especializado em gestão de projetos culturais, e em março de 2022 inaugurou o espaço.
“O que eu sinto das pessoas é que se sentem acolhidos de perceber uma identidade, uma representatividade. Mas não é nada muito pensado, é só eu fazendo as coisas aqui do jeito que eu sou”
compartilha o produtor sobre as ações na Casa Griô.
A Casa Griô, é um bar, restaurante e espaço de cultura independente que também visa resgatar as raízes negras. Ao longo da semana, o local conta com uma programação que varia entre apresentação de zabumba a aulas de samba rock, e aos sábados é dia de feijoada no restaurante.