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Berço do Samba de São Mateus fortalece espírito de comunidade na Zona Leste de São Paulo

Edição:
Redação

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Durante a reinauguração do espaço cultural do São Mateus em Movimento, Nino Miau, um dos integrantes da roda de samba, aponta a importância do ritmo para integrar os moradores e promover cultura na comunidade.

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Foto: Thalita Monte Santo

O compositor e interprete, Nino Miau, 47, do grupo ‘Samba da Vela’, marcou presença no time de peso da roda de samba comanda pelo também sambista e interprete Yvison Pessoa durante a Reinauguração do Espaço São Mateus em Movimento, rede de coletivos culturais com forte atuação na Vila Flávia, bairro do distrito de São Mateus, localizado zona Leste de São Paulo.

Tocando seu cavaquinho pelas Periferias paulistas há 32 anos, Miau, morador da Zona Leste e frequentador assíduo das rodas de Samba existentes nos quatro cantos da Capital, enxerga o ritmo, dentro da periferia, como uma grande potência cultural capaz de integrar as pessoas.

“Uma das expressões mais fortes que nós temos, culturalmente falando, é o samba. Porque ele é algo aglutinador, é movimento de inclusão. E quando se diz respeito à periferia é inclusão mesmo, porque ninguém mede o que você tem quanto a estudo, condição financeira. Porque aqui as pessoas querem e notam aquilo que você oferece com o coração”, afirma Miau sobre o acolhimento das pessoas.

Para o compositor, que subiu ao palco pela primeira vez em 1984 com seu cavaquinho e que hoje também faz parte do Berço do Samba em São Mateus, o ritmo nasceu na e para a Periferia. Sendo levado e transpassado de geração em geração. “Na realidade, a única visão que eu tenho do movimento de samba é dentro da Periferia. Desde que eu me conheço por sambista é de dentro da Periferia que sai o samba”, esclarece Miau.

O Samba de raiz, e outros estilos musicais que também marcam presença e estouram dentro das comunidades, como o Rap e o funk, atuam como transformadores sociais, segundo Miau.

Ele ressalta a importância de cada gênero e do viés das diversidades, que se entrelaçam com um único propósito dentro das quebradas: juntar todas as pessoas, culturalmente. “Eu particularmente adoro a união entre os gêneros musicais. A gente não pode ser prepotente a ponto de dizer que só o samba é um movimento de inclusão. O hip-hop, por exemplo, tem um movimento muito importante na nossa cultura tanto musical como na cultura literária”, finaliza o sambista.

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