Sou mãe, mas não só.

Na quebrada, ser mãe é também lutar para não desaparecer dentro da maternidade.
Por:
Juh na Varzea
Edição:
Aline Macedo

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Ser mãe e continuar sonhando, mesmo com as demandas da maternidade, é uma resistência diária. Na quebrada, onde as políticas públicas muitas vezes não chegam, há pouquíssima rede de apoio, mulheres enfrentam batalhas que vão muito além de alimentar, educar e proteger seus filhos. 

Elas lutam também para não desaparecer dentro do papel da maternidade. São mulheres que sonham em estudar, empreender, dançar, cantar, fazer atividades físicas, escrever, criar e ocupar espaços. Isso é uma sobrevivência emocional, porque ninguém deveria abrir mão de si mesma para ser uma boa mãe.

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Para além de serem mães, são elas que constroem diariamente uma economia que gera um futuro melhor para seus filhos. São essas mulheres que lideram iniciativas que contribuem para a evolução de uma comunidade. 

Quantas mulheres você conhece que superaram fases tão difíceis na maternidade? 

Aposto que ao menos dois nomes surgiram na sua cabeça. De fato, depois da maternidade muita coisa muda, e a pergunta que fica não é quem você era antes do seu filho, mas sim, quem você pode ser agora, também sendo mãe.

Faço dessas minhas palavras uma forma de abraçá-las. Lembrar de que ser mãe é parte da identidade de muitas mulheres, mas não o todo. Que elas tenham o direito de ter vontades, metas e descanso. 

A quebrada floresce quando essas mulheres podem existir por inteiro. Resistir, insistir e construir um futuro onde caibam todos os seus sonhos.

Este é um conteúdo opinativo. O Desenrola e Não Me Enrola não modifica os conteúdos de seus colaboradores colunistas.

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