Opinião

Eu amo escrever e por isso agradeço a vocês

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Percebi que após dois anos escrevendo para o Desenrola, nunca contei porque escrevo e gostaria de compartilhar a importância da escrita na minha história de vida.

Fazia um tempo que pensava em falar sobre saúde mental, porém, percebi que após dois anos escrevendo para o Desenrola nunca contei porque escrevo e gostaria de compartilhar a importância da escrita na minha história de vida.

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Eu aprendi a escrever aos 4 anos, rabiscando as paredes e imaginando o que eram as letras e depois disso a escrita seria tudo o que eu teria para lidar com meus problemas. Como sofri muito bullying na escola, passei a escrever para descarregar o que sentia. Eu escrevia e rasgava, isso era constante e a cada dia minha escrita melhorava. A minha escrita nesse período de vida era terapêutica acima de tudo.

Aos 15 anos, passei a escrever mais ainda, fazia trabalhos dissertativos de 5 páginas e ao conhecer Carlos Drummond de Andrade descobri que também sabia escrever poema e poesia, assim decidi não parar de escrever e agora isso era também algo que eu fazia por amar, não somente para lidar com quem eu era. 

Uma professora minha da época, Maria Sandra, era quem lia parte dessas crônicas que passei a escrever. Minha missão até os 17 anos foi aprender a controlar minha escrita para que conseguisse fazer uma boa redação nos vestibulares.

Passei pelos vestibulares, já sabia um pouco sobre escrever muito e escrever pouco e continuei durante a faculdade, ampliei os assuntos que tratava nas minhas poesias, passei a gostar de escrever diários sobre a cidade. Influenciada pela antropologia, era como uma pesquisa constante de quem eram tantas pessoas em meio a uma cidade que se fazia pequena. Continuei com as crônicas e os textos de teor jornalístico.

Cheguei a esta coluna já influenciada pelas vivências que tive como assistente de pesquisa, mas sem perder meu foco que era uma escrita fluída, levada pela emoção. Assim, escrevi nesses dois anos, sobre coisas que vivi, coisas que ouvi e assuntos que tocam minha vida. Foram anos difíceis, mas a humanidade não parou seu curso, nas ruas eu ainda via correria, eu ainda via vida pulsar e por isso decidi fazer esse texto.

Pessoalmente, considero um compromisso com os leitores que me acompanham e me apoiam contar porque escrevo e porque a escrita é uma das coisas que mais gosto de fazer.

Ano passado quando me vi sem ideias de escrita me senti triste, não escrever para mim significa não ter mais o que contar e isso só ocorre quando deixamos o mundo sugar o que temos de mais precioso. Todos nós temos algo precioso que pulsa e que dá vida aos nossos dias e quando isso parece acabar, tudo parece acabar.

Esse texto é uma abertura para a PolitiKês em 2023, são as novas ideias, os novos rumos e as novas vidas que irão pulsar. É a minha forma de dividir o que amo com vocês e ao mesmo tempo deixar uma mensagem de que a vida não para, o tempo passa, às vezes nós mudamos, porém, ainda há o que se amar.

Escrever é conectar as linhas da liberdade, é minha pulsão, escrever é narrar minha vida, minha história, minha vivência, é deixar fluir em minhas mãos as linhas que vão se formando e nunca param de se construir.

Agnes Roldan

Este é um conteúdo opinativo. O Desenrola e Não Me Enrola não modifica os conteúdos de seus colaboradores colunistas.

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