A Copa está aí

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O jogo agora é padrão Fifa. O estádio superfaturado é Padrão Fifa, a corrupção na hora de escolher a sede é Padrão Fifa, o trabalho que matou dezenas na preparação das arenas também é.

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Foto: Patrícia Santos

A Copa na periferia não vai ser mais aquela. Não é saudosismo. É o que é. É porque a gente perdeu coisas no caminho.

Ou a gente tenta pegar de volta ou a gente inventa novas.
Alguns entusiastas até tentam pintar as ruas e enfeitar de verde e amarelo os becos e vielas. Em vão.

Tipo: a camisa. Alguém acha, de coração, que todo o tsunami de zica, nojo e ódio que a extrema-direita encharcou nossa camisa amarela vai sair na primeira lavada? Vai nada…

Pra sair vai precisar de muito sabão, desinfetante. Pra tirar a zica do bolsonazismo, tem lugar que só na base da soda cáustica mesmo.

Vai ser uma jornada longa essa de arrancar o encardido que se agarrou na nossa camisa e no nosso país.

Outra coisa: o time 

A gente nem sabe quem é os maluco. E pra variar convocaram um cara porque ele “alegra” o elenco. É mau. (Dá nosso copo e já era).

Tem o Neymar. Beleza. Ele vai dedicar o gol pro presidente que perdoou os milhões que ele devia de imposto. Tá. Mas e o resto? No gol é o Cássio?

Não, não tem Cássio. Alisson é o goleiro.

E Gabigol?
Não tem também.

Tudo bem, então diz um aí um que a gente conheça. Um que a gente conheça do Morumbi, do Itaquerão, da Vila Belmiro…

Daniel Alves? Mas se ele pode jogar, dá pra chamar o Ronaldinho Gaúcho também, não dá não? Pergunta aí no google quantos anos tem o Ronaldinho.

O Ronaldinho com 50 é mais bola que o Daniel Alves com 40. Ou eu tô errado? Se eu tiver falando besteira você me avisa.

Por último: o jogo

O jogo agora é padrão Fifa. O estádio superfaturado é Padrão Fifa, a corrupção na hora de escolher a sede é Padrão Fifa, o trabalho que matou dezenas na preparação das arenas também é.

Até a torcida é padrão. Bem padrãozão mesmo.

Fora que o país dos caras é bizarro. É perseguição aos LGBT’s . É submissão feminina. Nem breja pode tomar no rolê.

Tem algo incrustado na formação do povo de lá que nunca vamos entender. Um lugar perfeito para uma galera que adora a ” moral” e os “bons costumes”.

Acho que a torcida do Brasil no Catar vai ser tão brasileira quanto o João Dória Júnior.

Pelo menos nesse quesito o time da CBF joga em casa.

Porque na periferia, na nossa casa, se o pessoal da CBF aparecer é possível que sejam chamados de “alemão”.

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