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Programa VAI aproxima juventude periférica da gestão pública municipal de SP

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Desde 2003, ano de aprovação do Programa de Valorização de Iniciativas Culturais – VAI, jovens de diversas regiões periféricas da cidade têm administrado o dinheiro público, para devolvê-lo ao seu território em forma de produções artísticas que geram impactos na economia local e importantes transformações sociais nos moradores.

Oficina de audiovisual do coletivo Mundo em Foco, 2017. (Foto: Mundo em Foco)

Nos últimos 15 anos, o programa VAI mexeu com três importantes estruturas da sociedade civil: impedir o desenvolvimento de atividades artísticas abertas ao público sem o apoio financeiro e institucional do poder público; reconheceu como campo profissional o trabalho desenvolvido pelos coletivos culturais nos territórios periféricos; e viabilizou a participação de jovens com idade entre 18 e 29 anos na gestão de recursos públicos destinados a cultura na cidade de São Paulo.

A partir desses três importantes elementos, essa política pública tem sido importante para promover a descentralização de recursos públicos, inserindo a juventude num dos principais movimentos de produção artística e articulação política dos últimos 20 anos: o Movimento Cultural das Periferias.

Buscando entender os impactos das ações afirmativas, protagonizadas por jovens moradores das periferias, conversamos com três jovens que trabalham a partir do audiovisual, teatro e literatura, e passaram pela experiência de administrar e investir o dinheiro público em seus territórios.

Assista a reportagem completa do projeto #NoCentrodaPauta produzida pelo Desenrola e Não Me Enrola. 

Política cultural de direito: altos e baixos 

Segundo dados da Secretaria Municipal de Cultura, em 2016 o programa VAI apoiou 230 projetos. Já em 2018, esse número caiu para 150 contemplados. Ou seja, cerca de 80 projetos deixaram de receber o recurso público para aplicar em suas ações, contrariando uma cultura da política pública de sempre ampliar o número de iniciativas fomentadas anualmente.

Um dos principais motivos que contribuíram para essa redução no número de projetos contemplados está ligada ao congelamento de 43,5% do orçamento da pasta da cultura na cidade, ocorrido em janeiro de 2017, no início da nova gestão da prefeitura.

O gestor cultural Gil Marçal, ex-coordenador de políticas públicas da Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo, reforça a importância de discutir o orçamento da cidade junto ao poder público: “a política pública e o poder público só avançam com acompanhamento da sociedade, e muitas vezes só avança com pressão. Então é necessário realizar a pressão para inovação e ampliação dos programas.”

A cultura de dialogar com a sociedade sobre suas reais demandas ainda é um desafio para os gestores de diversas políticas públicas. Programas que possibilitam o acesso a recursos e que contribuem para o desenvolvimento do protagonismo juvenil, afetam inclusive a participação política desses jovens.

“O VAI possibilitou que a galera entendesse que esse programa não é um favor, não é uma política de ajuda. É uma política cultural de direito”, enfatiza o gestor cultural.

Marçal ressalta que a partir desse ponto, as pessoas entendem que elas pautam políticas culturais. “É entender que você é um ativo na participação e na construção de novas políticas públicas e de formas que dialoguem com a nossa realidade.”

Autoafirmação e profissionalização da Juventude 

Um dos principais legados do programa VAI consiste na inserção orgânica da juventude periférica no diálogo com o poder público e na gestão de recursos financeiros aportados por essa lei de fomento cultural.

“Enquanto coletivo éramos apenas fotógrafos, não tínhamos isso de fazer oficina. Quando ganhamos o VAI conseguimos passar nosso conhecimento por meio das formações que passamos a oferecer”, relata Rodrigo Sousa e Sousa, integrante do coletivo Mundo em Foco, que atua por meio do audiovisual em Ermelino Matarazzo, contemplados pelo programa pela primeira vez em 2008.

A resposta da juventude para esse investimento tem se apresentando de várias formas, entre elas estão o fortalecimento da economia local à base da produção artística, bem como na ativação de importantes transformações sociais que impactam moradores que participam das ações promovidas pelos coletivos.

“O acesso a esse tipo de recurso fez com que entendêssemos a importância do nosso trabalho. A importância do nosso papel no território. Nosso foco era nos fortalecer e atuar em equipamentos próximos, mas passamos a atuar em outras regiões. Isso foi importante porque começamos a conhecer outros coletivos e outros lugares de resistência que são parceiros até hoje”, conta Rodrigo Candido, integrante da Cia Diversidança, coletivo de teatro atuante no Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

Para Carol Peixoto, integrante do Poetas Ambulantes, coletivo que há 6 anos leva poesia para os transportes públicos de São Paulo, contemplados pela primeira vez em 2013, esse recurso afetou na profissionalização do coletivo: “Hoje a maioria do coletivo consegue se manter só com o trabalho cultural. Porque muitas vezes o artista independente faz poesia, mas precisa dar aula. Vende seu livro, mas precisa de outras formas para se bancar. O programa trouxe essa profissionalização de poder receber pelo seu trabalho artístico, porque é uma profissão.”

Para além da profissionalização do trabalho, criação de redes e desenvolvimento territorial, o acesso a políticas públicas como o VAI, contribui para os coletivos ganharem força política e cultural para cobrir lacunas deixadas pelo estado, reforçando ainda mais a importância do direcionamento de recursos para a juventude que produz arte nas periferias.

São ferramentas como essa que dão mais força aos movimentos culturais que sempre existiram nesses territórios, construindo novas possibilidades de vivencia e atuação nesses espaços. “As pessoas não querem mais sair da periferia, eles querem mudar a periferia. Esses jovens tem um senso de mudança para melhor pensando nas suas famílias, seus amigos, nas futuras gerações, e essa marca é muito significativa. Isso é política”, finaliza Gil Marçal.

Esta reportagem faz parte do projeto #NoCentroDaPauta, uma realização dos coletivos Alma Preta, Casa no Meio do Mundo, Desenrola e Não me Enrola, Imargem, Historiorama, Periferia em Movimento e TV Grajaú, com patrocínio da Fundação Tide Setubal.

Cerca de 30 reportagens serão publicadas até o final de outubro com assuntos de interesses da população das periferias de São Paulo em ano eleitoral. Acompanhe os sites e as redes sociais dos coletivos e não perca nada!

Livro retrata ancestralidade de mulheres das periferias de São Paulo

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O lançamento do livro acontece na II Literamina, feira literária feminina articulada por coletivas de literatura atuantes no Grajaú, zona sul da cidade.

Tula Pila é uma das mulheres que tem sua história contada na publicação. (Foto: Sonia Regina Bischain)

Escrito pelas jornalistas Sabrina Nascimento e Brenda Torres, moradoras dos distritos de Grajaú e Cidade Ademar, zona sul da cidade, o livro “Identidade e Força Ancestral: Histórias de mulheres dentro da periferia de São Paulo” – aborda os fazeres femininos dentro dos territórios periféricos da capital paulista. O lançamento acontece neste sábado (23) na segunda edição da Literamina, uma feira literária feminina produzida pela coletiva Sarau das Minas. Aberto ao público, o evento acontece das 12h às 21h no Centro Cultural Santo Amaro com uma programação dedicada a dar voz à representatividade feminina, através da arte e literatura.

Lançado no final de 2018, através do site do Grupo Editorial Letramento, a publicação levanta debates e perspectivas sobre a atuação de mulheres frente a questões sociopolíticas, além disso, o livro faz um balanço sobre o movimento feminista na periferia, a partir da atuação de sete mulheres que compartilharam alguns fragmentos de suas histórias; são elas: Tula Pilar, Ana Paula Nascimento, Marilu Cardoso, Giovana Tazinazzo, Aline Anaya, Jéssica Moreira e Bea Andrade.

O livro faz essa análise através de recortes sobre gênero, raça, classe e sexualidade, levando em consideração um discurso que parte tanto das semelhanças, quanto das diferenças existentes entre as tantas formas e possibilidades de ser mulher.

O projeto foi desenvolvido em 2016 para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pelas jornalistas Brenda Torres e Sabrina Nascimento, que em 2018 foram selecionadas para o edital “Temporada de Originais” do Grupo Editorial Letramento.

A feira literária feminina contará também com o lançamento da Coletânea Sarau das Mina, desenvolvido pelas organizadoras do evento, além de rodas de conversas, pockets shows, oficinas e performances artísticas.

Agenda
II Feira Literamina
23 de março, das 12h às 21h
Casa de Cultura Santo Amaro – Avenida João Dias, 822

“A literatura irrigou a subjetividade dos moradores das periferias”, diz Maria Vilani em debate no Congresso de Escritores

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Com participações da escritora Maria Vilani, o poeta Binho e mediação da jornalista Simone Freire, a primeira mesa de debate do Congresso Escritores das Periferias voltou no tempo para discutir como foi o processo de surgimento e expansão do movimento literário nas periferias de São Paulo.

Mesa de abertura sobre o surgimento e expansão dos saraus literários (Foto: Ricardo Trindade)

A abertura do 4º Congresso de Escritores da Periferia, realizado neste sábado (24) contou com a presença dos poetas Binho e Maria Vilani e mediação da jornalista Simone Freire. Um dos pontos mais tocados na primeira mesa foi a liberdade de expressão presente nos movimentos literários, que atuam dentro das periferias de São Paulo.

Os poetas Binho e Maria Vilani inicialmente falaram sobre o surgimento e expansão dos movimentos literários na periferia, abordando logo em seguida a importância que os saraus tem para dar voz ao povo periférico, em um local de fala que pertence à eles, por meio de suas poesias e vivências cultuais.

“Pessoas chegavam tremendo para ler algo escrito em algum guardanapo, e hoje são poetas de mão cheia”, lembra Binho, emocionado ao falar de sua experiência pessoal, quando ele tinha um bar que servia como espaço cultural na região do Campo Limpo, zona sul da cidade.

Ao longo do tempo, o poeta percebeu a evolução das pessoas que chegavam tímidas para recitar a primeira poesia e hoje articulam diversos eventos literários em diversos locais de São Paulo e do Brasil.

Já a filosofa Maria Vilani, aproveitou o encontro para contar como se descobriu artista, a partir da relação que criou com os territórios periféricos: “recebi muitas críticas por ocupar as ruas, principalmente por ser mulher, más sempre acreditei que a rua é meu lugar”.

Para Vilani, a relação que temos com o território é essencial para a criação de uma consciência coletiva sobre espaço público. “Não temos que ter medo da rua, temos que melhorar a rua, pois ela é uma extensão de nós mesmos”, enfatiza.

A escritora relembrou que os saraus literários eram eventos comuns no século XIX, entre os aristocratas e burgueses. Vilani se referiu aos poetas como Mecenas, pois eles são os patrocinadores da arte contemporânea em suas comunidades. “As poesias saíram das bibliotecas e estão nas ruas com os Mecenas das periferias. Sarau é um espaço de liberdade que esses poetas têm conquistado”.Após quase três décadas de trabalhos dedicados a produção cultural no Grajaú, periferia da zona sul da cidade, ela reforça: “a literatura irrigou a subjetividade dos moradores das periferias.”

Ao longo do diálogo, os convidados trouxeram muitas experiências pessoais para a roda de conversa e atestaram a importância dos saraus como uma ferramenta de revolução na sociedade, pois através deles somos capazes de entender a nós mesmos e o outro, fomentando a importância do movimento para o povo periférico, que consegue sempre se reinventar, promovendo um ambiente de acesso à cultura cada vez mais democrático.

Moradores do Jardim Ângela marcham pelo direito à vida das mulheres

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Um grupo de cerca de 200 moradores ocupou a Estrada do M´Boi Mirim na noite desta quinta-feira (14), durante um ato que relembrou a morte da vereadora carioca Marielle Franco.

Foto: Thais Siqueira

 Após um ano da morte de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 14 de março de 2018, um grito de resistência da população periférica passou a ecoar o seu nome em favelas e periferias de todo o Brasil. Nesta quinta-feira (14), em diversas cidades brasileiras, manifestantes percorreram ruas e avenidas em atos para homenagear e lembrar a memória da vereadora.

No distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, enquanto moradores chegavam do trabalho e desciam no ponto de ônibus, localizado em frente à base comunitária da polícia militar, no centro do distrito, outro grupo de moradores, em sua maioria representado por mulheres e lideranças comunitárias, com cerca de 200 pessoas, se concentravam ao lado da base da polícia para dar inicio ao ato – Marielle Vive, Nós Também! Pelo direito à vida das mulheres! -, organizado pelo Fórum em Defesa da Vida, uma articulação de organizações sociais que militam por políticas públicas que visam pautar direitos humanos, e a Casa Sofia, um Centro de Defesa e de Convivência da Mulher, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade no território do Jardim Ângela.

Veja aqui a cobertura completa do ato.

Ao longo do ato que circulou pela estrada do M´Boi Mirim e ruas paralelas à avenida, as mulheres entoaram falas contra o feminicídio e a constante luta pela garantia de direitos. A escritora Jennifer Nascimento, integrante da coletiva Fala Guerreira que atua na região, acompanhou o trajeto e ressaltou o quanto está sendo importante manter viva a memória de Marielle.

“Acho importante estarmos aqui na quebrada do Jardim Ângela, tristes mas com a memória viva de Marielle, porque nesse território muitas mulheres são mortas, muitas mulheres negras são assassinadas, e nós estamos de olho, sabemos o que está acontecendo e não podemos nos calar”, conta a escritora, que em todo o seu repertório de atuação busca estabelecer laços de afeto e cuidado, abordando questões de gênero no território.

Atenta ao movimento de inúmeros grupos de mulheres que participavam do ato, a escritora ressaltou: “a voz dela foi silenciada, porque aquilo que ela fazia de denunciar o Estado, denunciar a polícia é muito perigoso. A morte da Marielle foi um salve pra gente ficar esperto, mas se eles queriam nos calar, não conseguiram.”

Marielle foi socióloga, feminista e defensora dos direitos humanos. Eleita em 2016 como vereadora do Rio de Janeiro, ela só precisou de 90 dias no cargo de parlamentar para entregar o seu primeiro projeto de lei, uma proposta que previa a garantia de tratamento humanizado para as mulheres que conquistaram na Justiça o direito de realizar o aborto.

Essa agilidade e senso de urgência que Marielle emanava em suas ações políticas, ainda permanecem como um legado das mulheres das periferias. Sejam elas acadêmicas, militantes, artistas, líderes comunitárias ou donas de casa. “Somente no mês de janeiro desse ano 119 mulheres foram vitimas de violência de companheiros. Esse é o numero conhecido. E quantas outras não são conhecidas?”, questiona o padre Jaime Crowe, militante dos direitos humanos que há mais de 30 anos atua na região do M´Boi Mirim.

O ato foi encerrado na Paróquia Santos Mártires, onde uma corrente de oração foi realizada em homenagem à Marielle durante uma missa ministrada pelo padre Jaime.

Agentes de serviços sociais, atuantes na região da M´Boi Mirim que atendem mulheres e jovens, também marcaram presença no ato e denunciaram à população o processo de desmonte desta política pública de assistência social, que está sendo articulado pelo governo municipal de São Paulo. Um grupo de organizações e movimentos sociais, como a Sociedade Santos Mártires, Anistia Internacional, Marcha Mundial de Mulheres Negras e o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP) reforçaram essa denúncia ao longo do ato.

Coletivos discutem políticas públicas nesta terça-feira com secretário da pasta da cultura no centro de São Paulo

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Articulada pelo Movimento Cultural das Periferias, a audiência cidadã que será realizada com o secretário da cultura Alexandre Youssef, na sede da Cia Pessoal do Faroeste, localizada na República, região central de São Paulo, tem o objetivo de provocar uma reflexão sobre o cenário das políticas públicas culturais na cidade, trazendo um olhar crítico em relação à necessária descentralização de recursos público para os territórios periféricos da cidade.

Foto Movimento Cultural das Periferias no Seminário Insurgências Periféricas (Foto: Movimento Cultural das Periferias)

Nesta terá-feira (12), coletivos e agentes culturais com atuação nas periferias de toda a cidade de São Paulo estão convocados para participar da Audiência Cidadã que contará com a participação do então secretário municipal de cultura, Alexandre Youssef. O encontro acontece às 19h na sede da Cia Pessoal do Faroeste, localizada na República, região central de São Paulo.

O encontro organizado pelo Movimento Cultural das Periferias foi construído à base de uma articulação com grupos culturais que representam inúmeras linguagens artísticas nas periferias. Desde encontro realizado no mês de fevereiro, o movimento construiu uma pauta representativa do ponto de vista político e cultural, para discutir esse cenário de forma plural com o secretário.

Articulado por artistas e coletivos que atuam nas bordas da cidade, o Movimento Cultural das Periferias vem se consolidando como umas das principais construções políticas e populares cidade dos últimos cinco anos, por depositar sua energia e força de mobilização política para propor estratégias de participação social que visam à descentralização de recursos públicos e aplicação dessas verbas nos territórios periféricos.

Uma das suas ações de incidência política na cidade nesse contexto foi a construção da Lei de Fomento à Cultura da Periferia, vigente desde 2016 e que já destinou mais de 20 milhões de reais às periferias nos últimos dois anos.

6 blocos para curtir o carnaval na M´Boi Mirim

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De 02 à 10 de março, o final de semana promete para os foliões que moram nos distritos do Capão Redondo, Jardim São Luís e Jardim Ângela. O Desenrola listou seis desfiles que já são tradição nesses territórios, provocando os moradores a botar o bloco na rua.

Foto: João Victor Santos

Você tem dúvidas que o espírito comunitário dos territórios periféricos se fortalece ainda mais em épocas de carnaval? Se você ainda não pensou sobre isso vale muito a pena conhecer cada um dos cinco blocos que nós indicamos neste guia de carnaval da quebrada.

Os blocos são uma mistura de cultura popular com lutas de movimentos sociais, engajados em levar para o seu território um pouco de alegria em épocas de crescentes desigualdades sociais nas periferias. Se você for a algum desses blocos, não deixe de fortalecer e economia local e conhecer um pouco mais a história dessas iniciativas.

Programe-se e bom Carnaval!

Bloco do Beco no Jardim Ibirapuera

Neste sábado (02/03) de carnaval, o Bloco do Beco repete a tradição que já dura 16 anos, ao mobilizar os moradores do Jardim Ibirapuera, zona sul de São Paulo e de diversos outros bairros vizinhos, para se juntarem a um cortejo pelas ruas do bairro, com muita marchinha ritmada pela bateria do bloco. O bloco atrai cerca de 1 mil pessoas para compartilhar a cultura popular do carnaval na periferia.

Local de Concentração: Rua Bento Barroso Pereira, 2, 05815-085 São Paulo
Data: (02/03)
Horário: 16h

Bloco do Hercu no Jardim Herculano

Com apresentação de DJ, bateria e samba ao vivo, o Bloco do Hercu busca valorizar a tradição do domingo de carnaval, atraindo foliões de diversas comunidades no entorno do bairro, para mergulhar em histórias interessantes cantadas em seu samba enredo. Formado por educadores sociais, moradores e músicos, o bloco foi fundado em 2013, com a proposta de fortalecer os laços culturais já existentes entre os moradores do Jardim Herculano, comunidade pertencente ao distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Local de Concentração: Rua Ignácio Limas, Jardim Herculano,CEP: 04920-050
Data: (03/03)
Horário: 13h30

Bloco Afro É Di Santo na Piraporinha

Com o tradicional cortejo pelas ruas do bairro da Piraporinha, na estrada do M´Boi Mirim, zona sul de São Paulo, o Bloco Afro É Di Santo faz uma saudação aos tambores e a sabedoria ancestral, para cantar junto com moradores, artistas, coletivos e grupos culturais que valorizam a cultura afro-brasileira. Criado em 2010 pelo grupo Espírito de Zumbi, o bloco busca valorizar toques e ritmos de origem afro-brasileira com composições autorais e canções de ritmo samba-reggae.

Local de Concentração: Casa de Cultura M´Boi Mirim – Avenida Inácio Dias da Silva
Data: (04/03)
Horário: 15h00

Bloco do Litraço no Jardim São Luís

Criador por um grupo de amigos e artistas independentes do Jardim São Luís, o bloco do Litraço faz uma referência a cultura de beber com responsabilidade sem perder a alegria de ser um folião periférico. Para honrar essa tradição, a concentração do bloco que acontece nesta segunda-feira (04) será em um bar bastante conhecido na comunidade, onde famílias, jovens e idosos são bem vindos a cortejo pela comunidade.

Local de Concentração: Bar do Prudas – Rua José Severo Pereira, 131
Data: (04/03)
Horário: 14h00

Bloco Império do Morro no Monte Azul

Na terça-feira de carnaval (05/03), a partir das 15h, os moradores do Jardim Monte Azul prestigiam o desfile do bloco Império do Morro, que desfila desde 1982 pelas ruas do bairro, promovendo o resgate das tradições carnavalescas por meio da música e cultura popular. Seguindo a tradição, os organizadores incentivam a participação dos moradores da comunidade, atraindo crianças, jovens e famílias.

Local da Concentração: Rua Inácio Dias de Oliveira – Jardim Monte Azul – Próximo a padaria Monte Azul
Data: 05/03
Horário: 15H

Bloco Afro Batuquedum no Parque Independência

Ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, O Bloco Afro Batuquedum aposta nos instrumentos afro-percurssivos para despertar na juventude periférica um contato com a sua história ancestral. Essa tradição surgiu ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, surgindo logo depois um grupo de percursionistas que deu origem ao bloco. Para emanar essa tradição pela comunidade e moradores, o desfile percorre as ruas do Parque Independência, na zona sul de São Paulo.

Local da Concentração: Rua Gabriel Carozza, 28, Parque independência – SP
Data: 10/03
Horário: 10H

Intercâmbio cultural: Inglês Na Quebrada abre inscrições para turmas de 2019

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As aulas ministradas pelo rapper norte americano Jordan Fields, também conhecido como BiXop, contam com a linguagem do hip hop como um instrumento de trocas e aprendizados durante o curso.

Aula Inglês na Quebrada (Foto: Dilvugação)

Com o intuito de proporcionar o ensino de uma língua estrangeira por um valor acessível e com qualidade, o Inglês na Quebrada recebe até o dia 25 de fevereiro inscrições para a formação de novas turmas, que iniciarão no dia 12 de março.

Entre 2017 e 2018, mais de 100 moradores da zona sul de São Paulo foram impactadas pela metodologia de intercâmbio cultural aplicada nas aulas doInglês na Quebrada. Com cinco meses de duração, as aulas são realizadas no Centro de Mídia M’Boi Mirim, espaço localizado no Jardim Ângela, região da M´Boi Mirim.

Para o primeiro semestre de 2019, serão disponibilizadas 30 vagas que serão divididas em duas turmas: uma às terças-feiras das 19:30h às 21:00h, e outra as quintas-feiras, das 19:30h às 21:30h. A formação possui um custo acessível de R$ 50 para matricula e até 4 vezes de R$ 75 no cartão de crédito ou o valor total de R$ 300 à vista.

Criado em parceria com o coletivo de comunicação Desenrola e Não Me Enrola, o Inglês Na Quebrada foi pensado para romper com os métodos tradicionais de aprendizagem do idioma americano, como forma de atrair os alunos para conhecer a cultura negra afro-americana e as raízes culturais do hip hop, como um elemento pedagógico intuitivo.

Mais informações:

Inglês na Quebrada

Celular: (11) 95814-6202

E-mail: inglesnaquebrada@gmail.com

Formulário de Inscrições: https://goo.gl/forms/tlUH0s6ZF98sBSlh2

6 blocos para curtir o carnaval na M´Boi Mirim

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De 02 à 10 de março, o final de semana promete para os foliões que moram nos distritos do Capão Redondo, Jardim São Luís e Jardim Ângela. O Desenrola listou seis desfiles que já são tradição nesses territórios, provocando os moradores a botar o bloco na rua. 

Foto: João Victor Santos

Você tem dúvidas que o espírito comunitário dos territórios periféricos se fortalece ainda mais em épocas de carnaval? Se você ainda não pensou sobre isso vale muito a pena conhecer cada um dos cinco blocos que nós indicamos neste guia de carnaval da quebrada.

Os blocos são uma mistura de cultura popular com lutas de movimentos sociais, engajados em levar para o seu território um pouco de alegria em épocas de crescentes desigualdades sociais nas periferias. Se você for a algum desses blocos, não deixe de fortalecer e economia local e conhecer um pouco mais a história dessas iniciativas.

Programe-se e bom Carnaval!

Bloco do Beco no Jardim Ibirapuera

Neste sábado (02/03) de carnaval, o Bloco do Beco repete a tradição que já dura 16 anos, ao mobilizar os moradores do Jardim Ibirapuera, zona sul de São Paulo e de diversos outros bairros vizinhos, para se juntarem a um cortejo pelas ruas do bairro, com muita marchinha ritmada pela bateria do bloco. O bloco atrai cerca de 1 mil pessoas para compartilhar a cultura popular do carnaval na periferia.

Local de Concentração: Rua Bento Barroso Pereira, 2, 05815-085 São Paulo
Data: (02/03)
Horário: 16h

Bloco do Hercu no Jardim Herculano

Com apresentação de DJ, bateria e samba ao vivo, o Bloco do Hercu busca valorizar a tradição do domingo de carnaval, atraindo foliões de diversas comunidades no entorno do bairro, para mergulhar em histórias interessantes cantadas em seu samba enredo. Formado por educadores sociais, moradores e músicos, o bloco foi fundado em 2013, com a proposta de fortalecer os laços culturais já existentes entre os moradores do Jardim Herculano, comunidade pertencente ao distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Local de Concentração: Rua Ignácio Limas, Jardim Herculano,CEP: 04920-050
Data: (03/03)
Horário: 13h30

Bloco Afro É Di Santo na Piraporinha

Com o tradicional cortejo pelas ruas do bairro da Piraporinha, na estrada do M´Boi Mirim, zona sul de São Paulo, o Bloco Afro É Di Santo faz uma saudação aos tambores e a sabedoria ancestral, para cantar junto com moradores, artistas, coletivos e grupos culturais que valorizam a cultura afro-brasileira. Criado em 2010 pelo grupo Espírito de Zumbi, o bloco busca valorizar toques e ritmos de origem afro-brasileira com composições autorais e canções de ritmo samba-reggae.

Local de Concentração: Casa de Cultura M´Boi Mirim – Avenida Inácio Dias da Silva
Data: (04/03)
Horário: 15h00

Bloco do Litraço no Jardim São Luís

Criador por um grupo de amigos e artistas independentes do Jardim São Luís, o bloco do Litraço faz uma referência a cultura de beber com responsabilidade sem perder a alegria de ser um folião periférico. Para honrar essa tradição, a concentração do bloco que acontece nesta segunda-feira (04) será em um bar bastante conhecido na comunidade, onde famílias, jovens e idosos são bem vindos a cortejo pela comunidade.

Local de Concentração: Bar do Prudas – Rua José Severo Pereira, 131
Data: (04/03)
Horário: 14h00

Bloco Império do Morro no Monte Azul

Na terça-feira de carnaval (05/03), a partir das 15h, os moradores do Jardim Monte Azul prestigiam o desfile do bloco Império do Morro, que desfila desde 1982 pelas ruas do bairro, promovendo o resgate das tradições carnavalescas por meio da música e cultura popular. Seguindo a tradição, os organizadores incentivam a participação dos moradores da comunidade, atraindo crianças, jovens e famílias.

Local da Concentração: Rua Inácio Dias de Oliveira – Jardim Monte Azul – Próximo a padaria Monte Azul
Data: 05/03
Horário: 15H

Bloco Afro Batuquedum no Parque Independência

Ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, O Bloco Afro Batuquedum aposta nos instrumentos afro-percurssivos para despertar na juventude periférica um contato com a sua história ancestral. Essa tradição surgiu ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, surgindo logo depois um grupo de percursionistas que deu origem ao bloco. Para emanar essa tradição pela comunidade e moradores, o desfile percorre as ruas do Parque Independência, na zona sul de São Paulo.

Local da Concentração: Rua Gabriel Carozza, 28, Parque independência – SP
Data: 10/03
Horário: 10H

Debate discute direitos humanos e liberdade de expressão no Centro de Mídia M´Boi Mirim

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Atentas ao momento de perda de direitos sociais, ataques à liberdade de expressão e ao jornalismo, a Ponte Jornalismo e o coletivo Desenrola e Não Me Enrola convidam atores sociais, que lutam pela garantia de direitos sociais nos territórios periféricos, para participar deste debate que visa compartilhar conhecimentos sobre formas de se organizar em meio a este cenário de constantes ameaças a democracia.

Ocupação da Secretaria de Cultura, realizada por coletivos culturais em junho de 2017. (Foto: Thais Siqueira)

Com o objetivo de promover a troca de experiências e compartilhar informações importantes para contribuir com a abordagem jornalística sobre os movimentos sociais atuantes nas periferias, a Ponte Jornalismo em parceria com o Desenrola E Não Me Enrola, promovem o debate “Direitos Humanos e Liberdade de Expressão” neste sábado (23), a partir das 13h no auditório do Centro de Mídia M´Boi Mirim.

O coletivo de comunicação Desenrola E Não Me Enrola firmou essa parceria com a Ponte Jornalismo, por compreender a relevância da contribuição desta organização de mídia para o atual momento vivido no jornalismo brasileiro. “Ao olhar para a cobertura jornalística sobre direitos humanos no Brasil nós temos duas principais referências: a Ponte Jornalismo e o coletivo Periferia Em Movimento. Entendemos que esse é um momento de unir forçar e dialogar com os movimentos sociais que lutam por transformação social nas periferias”, conta Thais Siqueira, jornalista e integrante do Desenrola.

O encontro conta com participações especiais da jornalista Aline Rodrigues, integrante do coletivo Periferia Em Movimento, além da advogada e coordenadora do Centro de Referência Legal da Artigo 19, Camila Marques e da militante do movimento de moradia e editora da revista Amazonas, Helena Silvestre. A mediação do bate papo será realizada pela Ponte Jornalismo, que também fará transmissão ao vivo do encontro pelo Facebook.

Agenda
Debate: Direitos Humanos e Liberdade de Expressão
Local: Centro de Mídia M´Boi Mirim
Endereço: Rua Thereza Silveira de Almeida, 03 – Jardim Dionísio
Data: 23 de fevereiro
Horário: 13h às 16h
Entrada: Aberto ao público
Capacidade do auditório: 40 pessoas

Matriarcas da Quebrada: festa em comemoração aos 60 anos da Dona Vera

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Dona Vera completa 60 anos e sua festa contará com música, intervenção de graffiti e debate sobre educação no território.

Foto: Anderson Costa

No próximo sábado (16), a comunidade da Vila Flávia em São Mateus, zona leste da capital, estará em clima de festa para a comemoração dos 60 anos da Dona Vera, uma das primeiras do bairro a fomentar a ocupação do espaço São Mateus em Movimento, para produzir atividades de arte e educação.

A abertura do evento começa às 10h30 com um debate sobre os problemas na área da educação para a juventude do território. Após o debate, às 12h30, o espaço São Mateus Em Movimento realiza um almoço comunitário com churrasco.

Às 16h, os participantes do evento ainda podem acompanhar a gravação do clip “Ta suave”, do casal de rappers Jo Maloupas e Negotinho, que é filho de Dona Vera. O rapper e capoeirista é um dos principais articuladores do São Mateus em Movimento e em homenagem a sua mãe, criou uma grife de roupas que leva o nome dela, a “Dona Vera Veste”.

A matriarca chegou na Vila Flávia após se separar do marido quando tinha 23 anos, carregando seus dois filhos pequenos. “Trabalhei muito, em dois ou três empregos, de domingo a domingo. Fui construindo minha casa aos poucos, que hoje em dia é o espaço cultural. A luta foi grande, criei meus filhos sozinha”, conta Dona Vera.

Com forte senso comunitário, Dona Vera se preocupava não só com seus filhos, mas também com as crianças do bairro e promovia pequenas festas e atividades. “Meu filho foi crescendo vendo tudo que eu fazia e quando ele tinha 16 anos começou a fazer capoeira, dar aulas para as crianças e entrou no Rap. Como eles não tinham lugar para ensaiar, eles ensaiavam na parte de cima da minha casa. Até que veio um desejo no coração dele de criar o São Mateus em Movimento. Era uma coisa pequenininha, ele dava aula de capoeira e depois chegou o Grupo Opni com aulas de graffiti. E eles estão aqui até hoje, eu fico contente com isso, é gratificante, as crianças adoram este espaço.”

Ao longo do dia, o Grupo Opni realizará intervenções de graffiti com discotecagem do Dj Batata Killa. O encerramento da homenagem acontece com uma roda de conversa com Dona Vera contando sua trajetória no bairro.

Festa de Homenagem – Dona Vera 60 anos

Dia 16/02, a partir das 10h
Rua Conego José Maria Fernandes, 127 – Vila Flávia
São Mateus – Zona Leste
Entrada Gratuita

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