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Pix e fibra óptica transformam negócio de doceira da quebrada

Edição:
Ronaldo Matos

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Mesmo com dificuldades para manusear plataformas de pagamento online, doceira amplia faturamento e presença digital do negócio na quebrada.

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Renata Alves e sua irmã preparando os salgados para entrega Creditos: Giovanna Alves

Afastada do seu trabalho oficial em uma escola pública da periferia desde o inicio da pandemia de coronavírus, Renata Alves, 48, trabalha com doces e salgados há 25 anos e é moradora do bairro do Jardim Kagohara, na zona sul da cidade.

A profissão de doceira era executada nas horas vagas. Há seis meses, antes de se tornar um negócio consolidado, a clientela da doceira era formada principalmente pelos seus vizinhos, que faziam encomendas que eram preparadas nas horas vagas na cozinha da casa de Alves.

Por falta de letramento digital e afinidade com as redes sociais, a doceira se tornou sócia de sua irmã Rosalva Aparecida, 54, que junto a filha de Renata deu todo o apoio para divulgar os produtos e criar a marca Doces e Salgados R&R . A parceria deu tão certa que ajudou a irmã de Renata a pagar algumas mensalidades da faculdade.

“Ela que divulga as coisas da loja no whatsapp, Instagram e Facebook. Geralmente é ela que faz essa parte, a gente fica mais ali com a mão de obra né”, explica a doceira sobre o importante papel da filha como social media do negócio de doces e salgados.

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CyberFunk: conheça o futuro do funk nas periferias e favelas

Movimento futurista criado por jovens da Brasilândia, zona norte de São Paulo, visa transformar o funk numa tecnologia de impacto social de geração de renda, trabalho e autoestima da juventude periférica.


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Preço de combustíveis e internet ruim afeta entregadores de delivery na quebrada

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Renata ainda ressalta que um dos principais desafios das irmãs empreendedoras ainda é lidar com meios de comunicação digital. Segundo Renata, esse tabu passou a ser vencido em meio à pandemia. “Eu não sei mexer muito em computador né, então não navego em computador, não tinha essa mania, agora na pandemia a gente começou mexer um pouco mais”.

Mesmo com a dificuldade em lidar com as plataformas digitais e as redes sociais, Renata afirma que nesse momento o negócio está crescendo rumo à profissionalização da marca Doces e Salgados R&R. “Tem uns 10 ou 15 dias que nós entramos pelo iFood e a gente vende pela internet. Os vizinhos e as pessoas que já compravam por encomenda começaram a pedir agora, nós fizemos um whatsapp da loja e as pessoas fazem encomenda por lá”, detalha a doceira.

Para o negócio chegar nesse estágio duas coisas foram fundamentais: a melhoria do serviço de internet e a utilização do PIX como serviço de pagamento digital. “A nossa internet não era boa, era bem falha e recentemente chegou a fibra óptica né, aí a internet está melhor, ficou bem mais fácil assim”, diz Renata.

Ao sentir o impacto das soluções digitais no seu negócio, o PIX acabou se tornando outro aliado e passou a ser um dos principais meios de pagamento dos seus produtos. “Eu pude perceber que o Pix é muito mais vantajoso que a maquininha, porque ele não tem taxa nenhuma, ele sai e entra com o mesmo valor”, ressalta a doceira, enfatizando que o fato de não ter uma taxa fixa torna o serviço ainda mais rentável para o negócio.

Segundo a empreendedora do Jardim Nakamura, outro fator que tem aproximado ainda mais o uso do PIX no negócio é o fato dos seus clientes procurarem bastante por esse formato de pagamento. Ela conta que o clima chuvoso é um dos diferenciais para os clientes realizarem o pagamento por meio da solução criada pelo Banco Central. “Como essa semana choveu bastante, as pessoas estão fazendo o pedido e já na hora elas fazem fez o pagamento com PIX, isso torna muito mais rápido a venda”, explica.

Outro estímulo para a utilização do PIX é que neste momento Renata tem uma taxa de 1.99 % de taxas em compras com cartão no formato de débito e 4.99% em compras realizadas no crédito. Segundo a doceira, com a economia obtida com essas taxas, haveria mais recursos sobrando para investir na infraestrutura do negócio.

“A gente trabalha na cozinha de casa né, a gente faz salgados e doces. Na páscoa a gente vende ovo de páscoa, então a gente está lutando muito tentando construir uma cozinha e uma loja física. A gente tem o espaço para construir e eu gostaria muito de poder ter a nossa lojinha mesmo, pra gente sair da cozinha de casa”, finaliza Renata, expondo o sonho de ampliar o negócio caso tenha mais rendimentos com a redução das tarifas de vendas. 

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