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Documentário retrata cotidiano de mulheres da periferia no futebol de várzea

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Produzido pela Rede Doladodecá, o filme Mulheres do Progresso: muito além da várzea, retrata a força da mulher periférica e a sua relação com o Futebol de Várzea de São Paulo, percorrendo comunidades das regiões norte e sul da cidade.

Making of de gravação do documentário (Foto: Joice Soares)

A Rede Doladodecá, coletivo de comunicação que investiga a relação dos moradores da periferia com o Futebol de Várzea, Samba e a Literatura, exibe nesta quarta-feira (21) o documentário Mulheres do Progresso: muito além da várzea às 19h30 na Galeria Olido, equipamento cultural público localizado na região central de São Paulo. Com três sessões abertas ao público, o filme percorre durante 14 minutos os bairros da Brasilândia, Missionária, Iporanga e Jardim Guacuri, retratando a força da mulher dentro e fora do cenário do Futebol de Várzea da periferia.

“O Mulheres do Progresso registra com fidelidade o cotidiano de quatro mulheres que encontraram no futebol de várzea uma forma de transformar o cotidiano das suas comunidades por meio do esporte”, conta Jamaica Santarém, cineasta e integrante da Rede Doladodecá.

Ela enfatiza a importância do filme para reconhecer o lugar de fala da mulher quando o assunto é futebol. “O futebol é uma paixão mundial, mas no imaginário das pessoas um diretor de futebol ou um técnico é sempre a figura masculina, e é justamente para contrapor esse imaginário, que o filme mostra a vida real de mulheres que dirigem times, organizam campeonatos, administram campos e sedes de equipes, para garantir momentos de lazer, alegria e união às famílias, torcedores e jogadores que dão vida aos jogos da várzea nos finais de semana nas periferias.”

O documentário foi contemplado em 2017 pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), um dos principais fomentos da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, criado para estimular o desenvolvimento e a execução de projetos culturais propostos por coletivos organizados por jovens das periferias de São Paulo. “Esse tipo de política pública fortalece o trabalho de milhares de jovens das periferias e nós estamos inseridas nesse contexto social”, reconhece Joice Soares, jovem integrante da Rede Doladodeca, que estuda jornalismo e mora no Parque Santo Antônio, bairro da zona sul de São Paulo.

A jovem reforça a importância do curta para destacar a presença da mulher dentro e fora de campo. “A Rede Doladodecá escolheu retratar a força feminina nesse esporte porque a mulher já vem dominando a Várzea há muito tempo e esse documentário foi uma forma da gente mostrar e reconhecer isso.”

Desde 2014, a Rede Doladodecá organiza o Festival Doladodecá, iniciativa que une futebol, samba e literatura na beira do campo nas comunidades de São Paulo. Na última edição do festival, o evento abordou a temática “o futebol de várzea contra a morte de jovens negros na periferia”, incluindo jogos entre times masculinos de categorias sub 16 e 17, além de partidas entre times femininos, reafirmando o propósito de articular espaços para evidenciar o talento da mulher no cenário do futebol de várzea da periferia.

A Rede Doladodecá considera o Futebol de Várzea um dos pilares da cultura periférica devido ao seu potencial para gerar renda nas comunidades e promover lazer e cultura aos moradores. “Estamos conectadas com o mundo do futebol de várzea para apresentar à sociedade a importância das transformações sociais que esse esporte promove na periferia todos os dias”, conclui Joice, ressaltando que após a exibição na Galeria Olido, o coletivo parte rumo a uma série de quatro exibições especiais nas comunidades onde moram as personagens do documentário.

Quem são as Mulheres do Progresso?

Todas as personagens do Mulheres do Progresso possuem histórias inspiradoras. Cada uma enfrenta as dificuldades do cotidiano na periferia à sua maneira, más com um fator social em comum: a Várzea. Para elas, a vida faz mais sentido quando se está próximo a beira do campo, para acompanhar, torcer ou organizar uma partida de futebol.

Esses são alguns dos motivos que levaram Marcia Piemonte, moradora da Brasilândia, bairro da zona norte de São Paulo, a adotar o futebol como uma verdadeira paixão há exatos 49 anos. “O futebol inspira, cria, junta, faz amigos. Na verdade, ele acaba sendo parte da vida”, descreve ela, que além de ser diretora do Inajar de Souza, um dos times de maior expressão na periferia, atua como gestora de um centro esportivo na região, como forma de complementar a renda familiar. Nos finais de semana, Marcia é responsável pela organização das equipes e por administrar o bar que funciona como sede do Inajar.

Já Sindy Rodrigues, vice-presidente do Esporte Clube Explosão da Vila Joaniza, bairro da zona sul de São Paulo, tem 27 anos. Desses anos, 26 estão marcados pela estreita relação que ela e seu pai construíram com o futebol de Várzea. Mãe de cinco filho, ela faz o possível e o impossível para conciliar a vida de mãe com a de diretora de futebol. “Eu tinha um ano quando o Explosão foi criado. Então, desde pequenininha eu sou varzeano”, relembra ela, afirmando amor incondicional por sua equipe.

Ainda na zona sul de São Paulo, Tianinha como é conhecida nos campos dos quatro cantos da cidade, é moradora da Jardim Iporanga, bairro próximo ao distrito do Grajaú. Há 40 anos, ela dedica seus finais de semana para viver intensamente o clima das beiras de campo. Com um sorrido largo e um brilho nos olhos, ela exclama com orgulho. “Eu sou diretora da agremiação Ressaca da Vila Rubi. E eu tenho voz dentro do time.”

“Eu comecei trabalhando na liga de futebol de várzea de São Bernando do Campo como mesária, durante 16 anos”, conta Sandra, criadora da página e do Festival Apaixonados pela Várzea, organizado somente por mulheres. Outra paixão da varzeana é atuar como organizadora da Copa Pionner, também conhecida como a Champinons League da Várzea paulistana.

Teaser do documentário: https://www.youtube.com/watch?v=XunqKVD89G0&feature=youtu.be

Agenda

Lançamento do documentário – Mulheres do Progresso: muito além da várzea

Local: Galeria Olido

Endereço: Av. São João, 473 – Centro, São Paulo – SP, 01034-001

Data: 21/02

Horário: 1º sessão às 19h30 / 2º sessão às 20h00 / 3º sessão às 20h30 / Bate papo com os personagens às 20h45

Você Repórter da Periferia abre 40 vagas para formação de jovens em SP

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Voltado para jovens de 16 a 25 anos, o curso chega a sua 5ª edição com o propósito de compartilhar técnicas e conhecimento sobre o fazer jornalístico nas periferias. As inscrições podem ser realizadas até o dia 22 de pelo site do coletivo Desenrola E Não Me Enrola, organizador do projeto.

Rosângela Lira – ex-aluna do projeto na edição de 2017 (Foto: Vivian Oeiras)

O Desenrola E Não Me Enrola, coletivo de comunicação formado por jovens comunicadores das periferias de São Paulo, abre nesta quinta-feira (19), o processo seletivo para a 5ª edição do Você Repórter da Periferia. O programa de formação oferece 40 vagas para jovens entre 16 e 25 anos, de todas as regiões periféricas da cidade de São Paulo, que sejam estudantes do ensino médio e/ou universitários que estejam cursando o 1º ano do ensino superior.

As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de maio, por meio do site de notícias do coletivo ou clicando aqui para acessar o formulário. O curso é focado em desenvolver as seguintes habilidades nos participantes: redação jornalística, fotografia, vídeo reportagem, técnicas de entrevista, técnicas de filmagem, técnicas de captação de áudio e produção de conteúdo móvel.

“Durante as oficinas teóricas e práticas do curso, buscamos aproximar os jovens de discussões sobre direito à cidade, questões de raça, classe e gênero, como uma forma de estimular o senso critico deles sobre mídia, mercado de trabalho e mundo acadêmico. Tudo isso, sem deixar de lado a principal proposta do curso: descobrir e vivenciar as potências econômicas, culturais e sociais da periferia”, conta Júlia Cruz, cordenadora executiva do Você Repórter da Periferia.

“O curso me possibilitou vivências com projetos e lugares que jamais imaginei que existiam na periferia de São Paulo. Na prática, isso foi extremamente rico, pois eu me tornei mais atento à realidade social e cultural dos territórios”, revela o morador de Taboão da Serra João Victor Santos, ex-aluno do projeto na edição de 2017 e estudante do ensino médio.

Com duração de seis meses e início previsto para o dia 2 de junho, a primeira fase da formação compreende as oficinas teóricas, que tem uma duração de três meses e acontecem somente aos sábados, das 11h às 14h30, no Centro de Mídia e Comunicação Popular M’Boi Mirim, localizado no Jardim Ângela. Já a segunda fase do projeto, ocorre eventualmente aos domingos, pois é nesse período que acontecem as oficinas práticas, focadas na produção de reportagens em diversas periferias da cidade.

“Estamos passando por um momento político, no qual o domínio da interpretação da informação divulgada pela grande mídia é de fundamental importância para a construção de uma postura mais reflexiva e crítica, principalmente para os jovens da periferia”, reforça a cordenadora do curso.

Engajado em investigar a identidade cultural dos territórios e sujeitos periféricos, por meio de diversos projetos ligados à comunicação, cultura e educação, o Desenrola E Não Me Enrola realiza pelo segundo ano consecutivo as oficinas do Você Repórter da Periferia no Centro de Mídia e Comunicação Popular M´Boi Mirim, outra iniciativa do coletivo, localizada no Jardim Ângela, zona sul da capital paulista, dedicada a oferecer ferramentas e formações de comunicação para empreendedores e coletivos locais.

“Além das formações e rodas de conversa, os jovens terão acesso a um estúdio multimídia, que poderá ser utilizado durante o curso. Do ponto de vista técnico, os participantes ganham ainda mais possibilidades de aprendizado e experiência com acesso a esses equipamentos”, ressalta Flávia Lopes, integrante do coletivo e gestora do Centro de Mídia.

Os interessados em participar do projeto devem fazer sua inscrição clicando aqui e aguardar as instruções para o processo de matrícula no projeto.

Sobre o Desenrola e Não me Enrola

O Desenrola e Não me Enrola é um coletivo de comunicação que há 5 anos atua nas áreas de Conteúdo, Formação e Pesquisa com foco na Identidade Cultural das periferias. Todos os projetos desenvolvidos pelo coletivo atuam a partir dos eixos de identidade, Território e Repertório, impactando jovens, empreendedores e coletivos culturais das periferias de São Paulo.

Formação gratuita para agentes sociais discute direitos humanos no Capão Redondo

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O projeto Usina de Valores tem o objetivo de munir agentes sociais com conhecimentos que irão possibilitar a difusão dos valores da cultura de direitos humanos nos territórios periféricos.

Vila Fundão, Capão Redondo – SP (Foto: Thais Siqueira )

A iniciativa do Instituto Vladimir Herzog busca desenvolver ações formativas para disseminar valores que promovam uma cultura de direitos humanos e engajar pessoas na construção de uma sociedade justa e não violenta. O período de inscrições se encerra nesta quinta-feira às 16h. Os interessados em preencher as últimas vagas do curso podem se inscrever aqui, acessando o formulário de inscrições.

Antes de realizar a inscrição, os agentes sociais interessados no curso podem conferir aqui o plano de aula no site do projeto, para entender melhor a dinâmica dos conteúdos que serão abordados durante a formação, que acontecerá no Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP), localizado à 450 metros de distância da estação do Metrô Capão Redondo. O curso começa nesta sábado (21), com duração de 4 horas por encontro.

Além de São Paulo, o Usina de Valores vai atuar nas cidades de Recife e Rio de Janeiro, levando a cultura de direitos humanos para agentes sociais e coletivos. A realização do projeto conta com a parceria de iniciativas como Periferia em Movimento (SP), o Coletivo Papo Reto (RJ) e a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Recife).

Acesse o site do projeto e fique por dentro de toda a programação do curso.

Documentário investiga identidade da estética preta nas periferias de São Paulo

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O média-metragem ‘Quem te penteia?’ vai do corte chavoso às tranças, para discutir assuntos como ancestralidade, autoestima e economia solidária por meio de entrevistas com trançadeiras, cabeleireiros, barbeiros e moradores das quebradas.

Foto: Nina Vieira

O documentário “Quem te penteia?”, produzido pela produtora audiovisual Zalika Produções, foi gravado no Capão Redondo, Jardim Miriam, Jardim Ângela e Grajaú, na zona sul, Guaianases e Itaquera, na zona leste, e no centro da cidade, representado pela Galeria Presidente. O filme estréia na próxima segunda-feira (16) às 20h, na Galeria Olido, localizada no centro da capital paulista.

Engajada em pesquisar e documentar a vivência da população preta e periférica, a produtora r mostra no filme como o cuidado com o cabelo, além de ser um ato de vaidade, é também um símbolo de afirmação identitária.

Outra característica marcante no media metragem, é a busca por sustentabilidade financeira e liberdade de expressão. A escolha de cada personagem foi pensada com a intenção de promover um debate que inclua diferentes perspectivas de gênero.

A produtora audiovisual e diretora fotográfica do documentário, Naná Prudencio relata o propósito do filme.”Nossa intenção é que o filme dialogue e crie uma identificação com a periferia. Respeitamos as gírias, as formas de se expressar de cada personagem. Queremos que as pessoas sintam que esses bairros e pessoas foram representados com autenticidade, cuidado e respeito.”

Prudencio é integrante do coletivo DiCampana Foto Coletivo. Em 2013, ela criou a Zalika Produções, com a intenção de democratizar o segmento audiovisual com uma perspectiva que considere as questões étnicas e territoriais. Entre seus objetivos está a busca por documentar a vivência da população preta e periférica.

Agenda

Lançamento do documentário “Quem te Penteia?”

Data: 16 de abril

Local: Galeria Olido

Endereço: Av. São João, 473 – Centro, São Paulo

Horário: 20h

Entrada: Gratuita

*Retirada de ingressos com 1h de antecedência

5 ações culturais para você conhecer a potência da mulher periférica

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Prepare o seu roteiro cultural e convide a família e as amigues, pois as atividades começam nesta sexta-feira (09) em diversas regiões da cidade de São Paulo.

Foto: Divulgação

Não existe uma data específica que determina qual é o dia da mulher. O interessante é descobrir, perceber e reconhecer que o dia da mulher é todos os dias. Por isso, neste 08 de março, listamos 5 eventos que mostram a pluralidade e a potência de mulheres da quebrada que ocupam espaços de poder, reconhecem a importância do seu lugar de fala, se organizam em rede e atuam em frentes de questões sociais, políticas e culturais nos territórios da cidade de São Paulo.

Confiram algumas dessas atividades e não deixe de convidar a família pra vivenciar esses encontros.

1.Sarau das Camomilas, Pamelloza Carvalho e Dj Sophia no CITA

Organizado pelo coletivo Camomilas, o encontro irá fortalecer as minas que correm pela arte na quebrada e para a quebrada. O encontro tem show especial de Pamelloza Carvalho e DJ Sophia, além do cardápio típico do boteco do CITA (brejas e petiscos), também vai rolar um rango vegano feito pela Gabriela Gabi.

Quando: 9/03

Onde: Cantinho de Integração de Todas as Artes – CITA

Horário: 19h às 23h

Endereço: Rua Aroldo de Azevedo, 20, Campo Limpo – São Paulo.

Gratuito.

2. Slam do Grajaú

Para além de muita poesia, nessa edição o Slam do Grajaú recebe o lançamento do vídeo clipe Sede – Badrani MC, projeto Sou Minha #2 (Exposição e documentário) – Alessa Melo epocket Show com Tiago Cabeça DJ convidada – Liciss Santos.

Quando: 9/03

Onde: Centro Cultural Humbalada

Horário: 18h às 23h

Endereço: Av. Grande São Paulo, 282, Grajaú – São Paulo.

Gratuito.

3. Mostra de Criadoras em Modas: Mulheres Afro-Latina

Em sua quarta edição, a Mostra de Criadoras em Moda: Mulheres Afro-Latinas propõe abrir espaço para pensar e fazer moda a partir de uma perspectiva mais democrática e inclusiva. O projeto é a união de cinco ateliês de moda (- ABAYOMI ATELIÊ -, Africa Plus Size Fashion Week, Candaces Moda Afro Cynthia Mariah e Xongani Moda Afro) com o objetivo de criar uma coleção exclusiva.

Quando: 9/03

Onde: SESC 24 de Maio

Horário: 20h às 22h

Endereço: Rua 24 de maio, 109, Centro – São Paulo.

Gratuito.

4. Odisséia das Flores 10 anos

O grupo de RAP Odisseia das Flores comemora 10 anos de estrada com uma grande festa. Para celebrar essa data o grupo irá promover apresentações musicais, workshops e rodas de conversa destinadas as mulheres da Vila Flávia, zona leste de São Paulo.

Quando: 17/03

Onde: São Mateus em Movimento

Horário: 10 às 21h

Endereço: Rua Cônego José Maria Fernandes, 127, Vila Flávia – São Paulo.

Gratuito.

5 – Batalha do Bambuzal #11 – Edição das mina

Organizado pelo coletivo Periferima, a 11ª edição da Batalha do Bambuzal terá o pocket show da Mc Melinka e microfone aberto para as minas que quiserem chegar. Essa edição especial é para motivar mulheres que apoiam o movimento, mas, que muitas vezes ficam com vergonha de participar.

Quando: 25/03

Onde: Sítio Bambuzal

Horário: 19h às 23h

Endereço: Rua Nicolino Leo, 20, Jardim Ângela – São Paulo

Gratuito.

Coletivo Quebramundo fomenta produção de videoclipes de artistas do Grajaú

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O primeiro da série de cinco videoclipes retrata o trabalho do rapper e poeta Luiz Semblantes, compositor da música Miscelânifestação. 

Foto: Quebramundo

O Quebramundo, coletivo de mídia independente enraizado nos movimentos culturais do Grajaú, distrito da zona sul de São Paulo, está produzindo uma série de videoclipes para fomentar o trabalho de artistas independentes da periferia.

Com o apoio do Programa Vai da Secretaria de Cultura de São Paulo, o coletivo conseguiu estruturar uma equipe de profissionais periféricos engajados em fortalecer a cena musical do território. Além do rapper Luiz Semblantes, o Quebramundo contribui ainda para fortalecer as carreiras dos artistas Denise Alves, Graja Groove, Nayra Lays, Rodrigo e Rosa X.

O rapper e poeta Luiz Semblantes, autor da música Miscelânifestação, já tem um trabalho de base entre os movimentos culturais do Grajaú, com participações em saraus, rodas de poesia, café filosófico e na cena hip-hop do território. No vídeo clipe, o artista questiona a meritocracia e enaltece os pontos positivos de fazer parte da importante reconstrução social das periferias.

Confira a clipe do rapper Luiz Semblantes, produzido pelo coletivo Quebramundo.

Empreende Aí abre vagas para curso de empreendedorismo voltado à tecnologia

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Voltado para empreendedores das periferias, o curso totalmente gratuito está com inscrições abertas até 12 de março.

Curso Despertando o Empreendedor (Foto: Divulgação)

Com o objetivo de auxiliar na criação de negócios e potencializar a geração de renda de pequenos empreendedores, o Empreende Aí, negócio social engajado em oferecer capacitação sobre empreendedorismo para moradores da periferia, abre inscrições para a primeira turma do curso que visa criar ou implementar negócios à base de tecnologia. O curso acontece no espaço CUBO, Coworking localizado na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. Para assegurar a sua vaga, clique aqui e faça a sua inscrição.

O curso Despertando o Empreendedor Tech terá duração de 5 meses, sempre com um encontro semanal de 4h. A fim de causar impacto nos empreendedores e deixar um legado para os negócios que serão desenvolvidos ao longo do curso, o Emprende Aí constituiu uma banca de avaliação, onde os empreendedores poderão ser premiados com o valor de R$ 3.000,00 e R$ 6.000,00, além de ter um espaço para trabalhar continuamente dentro do espaço CUBO.

Com uma trajetória pautada em evidenciar e potencializar o trabalho de nano e microempreendedores da zona sul de São Paulo, o Empreende Aí entra nessa nova fase de capacitar projetos à base da tecnologia com o apoio das organizações Fundação Via Varejo, Inoar Cosméticos, Fundação Arymax e por meio da parceria com o espaço CUBO do Itaú.

Mais Informações

Curso Despertando o Empreendedor Tech

Local: Espaço CUBO – Itaú

Endereço: R. Casa do Ator, 919 – Vila Olimpia, São Paulo – SP, 04546-003

Link de Inscrição: Formulário Online

Felizs impacta estudantes da periferia com debate sobre educação e literatura periférica

Roda de conversa, realizada na E.E. Francisco D’amico, contou com a presença do escritor Ferréz e do poeta Binho.

Bate papo com estudantes sobre Literatura e Educação com o autor Ferréz. (Foto: João Victor Santos)

Na manhã desta quarta-feira (14) ocorreu mais um encontro literário da programação da III Feira Literária da Zona Sul (Felizs) na Escola Estadual Francisco D’amico, localizada no Jardim Saporito, na cidade de Taboão da Serra. A atividade teve como convidado o escritor, rapper e fundador da marca 1DASUL Ferréz, que conversou sobre a realidade do território periférico sob a perspectiva da literatura junto ao poeta Binho e aos estudantes da escola, que realiza saraus com seus alunos há cerca de 5 anos.

Organizada pelo Sarau do Binho, a Felizs, que teve sua primeira edição em 2015, surgiu e segue com o objetivo de disseminar e valorizar a literatura periférica e os movimentos culturais e sociais da zona sul de São Paulo. Esse ano, em sua terceira edição, a Felizs vem com uma programação extensa e rica em conteúdo e convidados, seu encerramento acontecerá no dia 23, na Praça do Campo Limpo, com muitas intervenções culturais.

Propondo a literatura marginal como ferramenta na educação dos jovens da rede pública de ensino, a Felizs leva esse tema exclusivamente para dentro da escola, ambiente protagonista na transformação da realidade do jovem periférico, como afirma Binho, um dos organizadores do evento. “Eu acredito que dentro das escolas nós podemos fazer um trabalho melhor em conjunto com os alunos, é uma troca de saberes, e eu acho que a escola é um ambiente bacana para os alunos se expressarem.”

De acordo com o escritor Ferréz, mesmo a escola seguindo os parâmetros do Estado ela deve adotar outras maneiras de ensinar. “Eu sei que tem o ensino formal do Estado e do governo, mas você tem que achar brechas para dar também o que as pessoas gostam, o aluno quer ler, ele quer informação, só temos que cativar, mas eu entendo que os professores possuem poucas ferramentas, mas eles têm que burlar o Estado, de todo jeito, e isso aqui é uma amostra que dá para burlar. Estamos num pátio de uma escola, falando de poesia e literatura, de abrir a consciência, então isso aqui é uma amostra que temos cultura e que podemos transformar a educação.”

Os alunos vêm percebendo que logo após a introdução dos saraus culturais e da literatura periférica na escola eles adotaram um outro olhar para o território em que vivem e para o papel deles na sociedade, como conta a estudante e poetisa Nicoly Soares: “Eu acho que o mais perceptivo foi a representatividade, porque nós fomos acostumados com a literatura que não fala sobre nós, as vezes até fala, mas não sobre as peculiaridades da periferia.Ela não está falando de nós, até porque não é de nossa época, nem está em nossa linguagem. Eu realmente não entendo o que eles estão falando. Trazer pra escola uma literatura produzida pelo meu vizinho, alguém que tem uma vivência parecida, isso é libertador e representativo e é essa a diferença da literatura convencional para a literatura marginal: eu faço literatura e poesia, o Ferréz faz literatura e poesia, falamos de nós, do nosso ponto de vista e estamos no mesmo patamar que Carlos Drummond de Andrade.”

Resta agora aos agentes de educação adaptarem os conteúdos didáticos passados aos jovens das escolas da periferia, deixando-o mais próximo de sua realidade e mostrando uma outra cultura, a que se dirige a eles, aproximando e melhorando o desempenho dos mesmos dentro da sala de aula e na comunidade em que vivem, como disse Ferréz durante a roda de conversa: “A escola tem que se apropriar dessa literatura, pois é muito mais fácil chegar para um aluno e por Pânico na Zona Sul, dos Racionais, do que o obrigar a ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. É a mesma coisa, a mesma história: o cara morre no começo e começa à contar a vida dele, só que o aluno vai se sentir mais próximo do rap e da sala de aula”, finaliza.

O exemplo da escola Francisco D’amico mostra a real mudança que está acontecendo na periferia e que impacta diretamente a educação da juventude. Exemplos de escolas, como a citada acima, deixam de lado o conservadorismo cultural do Estado e rompem com as barreiras do atraso histórico-educacional que existe no sistema público de ensino no país.

Gê de Lima questiona padrões de afetividade no novo clipe “Acaso”

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Questionando padrões de relacionamentos, através do amor e contra o preconceito, o cantor e compositor Gê de Lima, um dos artistas notáveis do Grajaú, lança o videoclipe “Acaso”.

Foto: Gê de Lima

Disponível nas plataformas digitais, a música “Acaso” foi lançada oficialmente no show realizado pelo cantor e compositor Gê de Lima no final do mês de outubro, no SESC Interlagos, localizado no Parque Colonial, zona sul de São Paulo. Na nova música, o cantor questiona padrões de afetividades, partindo das questões de identidade de gênero.

O clipe de “Acaso” fala de amor, independente de gênero, sexualidade ou padrão de relacionamento, abordando o encontro e o Acaso de amar livremente, seja por um dia, por horas ou segundos. “O amor é uma invenção e cada um vive a sua”, define Gê de Lima.

Assim como foi em seu videoclipe anterior “Fotografia“, Gê também traz a representatividade LGBT negra para o seu trabalho atual. No vídeo são exibidas cenas de um casal formado por dois homens, outro por mulheres e também retrata um encontro entre um não binário e uma trans mulher. “O que o gênero ou a sexualidade do outro interfere na sua vida?”, questiona o cantor ao postar o vídeo em sua rede social.

A produção é totalmente negra e periférica, desde a música ao clipe, tudo foi realizado sem apoio financeiro, apenas com a união e a força de vontade desses artistas envolvidos.

No elenco estão os atores e atrizes Shirley Rosa, Mellanie Reis, Victor Rodrigues, Chris Gomes, Isaquiel Winchester. O clipe foi produzido por Claudinho Irennio, dirigido por Léo F. Carter e roteirizado pelo próprio Gê. A produção da música surgiu da união de Gê com o músico e produtor musical Hadsui.

Inglês Na Quebrada abre inscrições para novas turmas no primeiro semestre de 2018

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Idealizado pelo professor e rapper afro americano Jordan Fields, o curso tem o valor de 65 reais mensais e está com inscrições até 19 de fevereiro.

Aula do curso Inglês Na Quebrada no Centro de Mídia. (Foto: Lena Silva)

Com uma metodologia pedagógica que envolve questões políticas, sociais e culturais das periferias norte americanas, o curso Inglês Na Quebrada retoma suas atividades no primeiro semestre de 2018 abrindo 45 vagas para formação de 03 novas turmas com 15 alunos cada no Centro de Mídia e Comunicação Popular M´Boi Mirim, localizado no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Para 2018, o professor Jordan Fields ressalta que o “Inglês Na Quebrada” terá algumas novidades que prometem impactar ainda mais o processo de envolvimento dos alunos com o curso. “No ano passado nós trouxemos alguns artistas e ativistas afro-americanos para participar de vivências com alunos do curso, mas não foi algo planejado. Mas para esse ano, vamos aproveitar essa articulação para promover esse intercambio cultural, criando um espaço de diálogo entre os alunos e esses visitantes da comunidade negra americana”.

Em parceria com o coletivo de comunicação Desenrola E Não Me Enrola, o rapper conhecido também como BiXop, criou em 2017 o projeto “Inglês Na Quebrada“, curso formatado para oferecer vivências sobre a música negra e debates políticos e sociais sobre o idioma e cultura norte americana. As aulas do curso que tem duração de 05 meses serão realizadas no Centro de Mídia e Comunicação Popular M’ Boi Mirim, localizado no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Visando proporcionar o domínio da língua aos jovens e adultos do Jardim Ângela e bairros vizinhos, a formação tem um custo acessível no valor de R$ 65 para matrícula e para mensalidade. Os interessados em participar da segunda edição do Inglês Na Quebrada que começa no dia 06 de março e termina em 27 de Julho devem fazer sua inscrição até o dia (19) de Fevereiro acessando este formulário para cadastro de candidatos.

Para a segunda edição do curso, as aulas serão realizadas com três turmas, sendo duas turmas às terças-feiras em dois horários das 19h30 às 20h30 e 20h30 às 21h302 e uma turma às quintas-feiras em um único horário das 20h30 às 21h30. Com o intuito de atender a demanda de público que não pôde participar da primeira edição e que tem procurado diariamente o processo seletivo, as turmas serão formadas por até 15 pessoas.

Confira o primeiro episódio da série de vídeos sobre o curso Inglês Na Quebrada.

Além do Inglês Na Quebrada, o rapper Jordan Fields vai apostar na carreira musical em 2018. “Esse ano eu quero unir a minha carreira musical com as atividades que a gente desenvolve no curso. E para isso, eu tenho me dedicado a produzir novas músicas e também alguns clipes que sairão em breve em parceria com a minha esposa Lena Silva, que é minha parceira em composições e também na produção musical.”

Há dois anos morando no Brasil, o rapper conta que aprendeu português por meio da música brasileira. “Eu aprendi falar português cantando o rap brasileiro e eu acredito que as pessoas também podem aprender o inglês cantando e conhecendo mais da música e da cultura negra americana e outras questões que estão presente no seu dia-dia.”

Além de atuar na periferia, ele também leciona aulas particulares do idioma norte americano para colaboradores de empresas localizadas na região central de São Paulo. “Eu já trabalho dando aulas particulares desde 2017, mas para esse ano, o meu foco é aprofundar o impacto do Inglês Na Quebrada na Periferia e unir essas ações com minha carreira artística”, finaliza.

Mais informações

Inglês Na Quebrada

Telefone: (11) 5835-1207

Celular: (11) 9 5814-6202

E-mail: inglesnaquebrada@gmail.com

Formulário de Inscrições: Inscrições Inglês Na Quebrada