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Coletivos discutem políticas públicas nesta terça-feira com secretário da pasta da cultura no centro de São Paulo

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Articulada pelo Movimento Cultural das Periferias, a audiência cidadã que será realizada com o secretário da cultura Alexandre Youssef, na sede da Cia Pessoal do Faroeste, localizada na República, região central de São Paulo, tem o objetivo de provocar uma reflexão sobre o cenário das políticas públicas culturais na cidade, trazendo um olhar crítico em relação à necessária descentralização de recursos público para os territórios periféricos da cidade.

Foto Movimento Cultural das Periferias no Seminário Insurgências Periféricas (Foto: Movimento Cultural das Periferias)

Nesta terá-feira (12), coletivos e agentes culturais com atuação nas periferias de toda a cidade de São Paulo estão convocados para participar da Audiência Cidadã que contará com a participação do então secretário municipal de cultura, Alexandre Youssef. O encontro acontece às 19h na sede da Cia Pessoal do Faroeste, localizada na República, região central de São Paulo.

O encontro organizado pelo Movimento Cultural das Periferias foi construído à base de uma articulação com grupos culturais que representam inúmeras linguagens artísticas nas periferias. Desde encontro realizado no mês de fevereiro, o movimento construiu uma pauta representativa do ponto de vista político e cultural, para discutir esse cenário de forma plural com o secretário.

Articulado por artistas e coletivos que atuam nas bordas da cidade, o Movimento Cultural das Periferias vem se consolidando como umas das principais construções políticas e populares cidade dos últimos cinco anos, por depositar sua energia e força de mobilização política para propor estratégias de participação social que visam à descentralização de recursos públicos e aplicação dessas verbas nos territórios periféricos.

Uma das suas ações de incidência política na cidade nesse contexto foi a construção da Lei de Fomento à Cultura da Periferia, vigente desde 2016 e que já destinou mais de 20 milhões de reais às periferias nos últimos dois anos.

6 blocos para curtir o carnaval na M´Boi Mirim

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De 02 à 10 de março, o final de semana promete para os foliões que moram nos distritos do Capão Redondo, Jardim São Luís e Jardim Ângela. O Desenrola listou seis desfiles que já são tradição nesses territórios, provocando os moradores a botar o bloco na rua.

Foto: João Victor Santos

Você tem dúvidas que o espírito comunitário dos territórios periféricos se fortalece ainda mais em épocas de carnaval? Se você ainda não pensou sobre isso vale muito a pena conhecer cada um dos cinco blocos que nós indicamos neste guia de carnaval da quebrada.

Os blocos são uma mistura de cultura popular com lutas de movimentos sociais, engajados em levar para o seu território um pouco de alegria em épocas de crescentes desigualdades sociais nas periferias. Se você for a algum desses blocos, não deixe de fortalecer e economia local e conhecer um pouco mais a história dessas iniciativas.

Programe-se e bom Carnaval!

Bloco do Beco no Jardim Ibirapuera

Neste sábado (02/03) de carnaval, o Bloco do Beco repete a tradição que já dura 16 anos, ao mobilizar os moradores do Jardim Ibirapuera, zona sul de São Paulo e de diversos outros bairros vizinhos, para se juntarem a um cortejo pelas ruas do bairro, com muita marchinha ritmada pela bateria do bloco. O bloco atrai cerca de 1 mil pessoas para compartilhar a cultura popular do carnaval na periferia.

Local de Concentração: Rua Bento Barroso Pereira, 2, 05815-085 São Paulo
Data: (02/03)
Horário: 16h

Bloco do Hercu no Jardim Herculano

Com apresentação de DJ, bateria e samba ao vivo, o Bloco do Hercu busca valorizar a tradição do domingo de carnaval, atraindo foliões de diversas comunidades no entorno do bairro, para mergulhar em histórias interessantes cantadas em seu samba enredo. Formado por educadores sociais, moradores e músicos, o bloco foi fundado em 2013, com a proposta de fortalecer os laços culturais já existentes entre os moradores do Jardim Herculano, comunidade pertencente ao distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Local de Concentração: Rua Ignácio Limas, Jardim Herculano,CEP: 04920-050
Data: (03/03)
Horário: 13h30

Bloco Afro É Di Santo na Piraporinha

Com o tradicional cortejo pelas ruas do bairro da Piraporinha, na estrada do M´Boi Mirim, zona sul de São Paulo, o Bloco Afro É Di Santo faz uma saudação aos tambores e a sabedoria ancestral, para cantar junto com moradores, artistas, coletivos e grupos culturais que valorizam a cultura afro-brasileira. Criado em 2010 pelo grupo Espírito de Zumbi, o bloco busca valorizar toques e ritmos de origem afro-brasileira com composições autorais e canções de ritmo samba-reggae.

Local de Concentração: Casa de Cultura M´Boi Mirim – Avenida Inácio Dias da Silva
Data: (04/03)
Horário: 15h00

Bloco do Litraço no Jardim São Luís

Criador por um grupo de amigos e artistas independentes do Jardim São Luís, o bloco do Litraço faz uma referência a cultura de beber com responsabilidade sem perder a alegria de ser um folião periférico. Para honrar essa tradição, a concentração do bloco que acontece nesta segunda-feira (04) será em um bar bastante conhecido na comunidade, onde famílias, jovens e idosos são bem vindos a cortejo pela comunidade.

Local de Concentração: Bar do Prudas – Rua José Severo Pereira, 131
Data: (04/03)
Horário: 14h00

Bloco Império do Morro no Monte Azul

Na terça-feira de carnaval (05/03), a partir das 15h, os moradores do Jardim Monte Azul prestigiam o desfile do bloco Império do Morro, que desfila desde 1982 pelas ruas do bairro, promovendo o resgate das tradições carnavalescas por meio da música e cultura popular. Seguindo a tradição, os organizadores incentivam a participação dos moradores da comunidade, atraindo crianças, jovens e famílias.

Local da Concentração: Rua Inácio Dias de Oliveira – Jardim Monte Azul – Próximo a padaria Monte Azul
Data: 05/03
Horário: 15H

Bloco Afro Batuquedum no Parque Independência

Ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, O Bloco Afro Batuquedum aposta nos instrumentos afro-percurssivos para despertar na juventude periférica um contato com a sua história ancestral. Essa tradição surgiu ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, surgindo logo depois um grupo de percursionistas que deu origem ao bloco. Para emanar essa tradição pela comunidade e moradores, o desfile percorre as ruas do Parque Independência, na zona sul de São Paulo.

Local da Concentração: Rua Gabriel Carozza, 28, Parque independência – SP
Data: 10/03
Horário: 10H

Intercâmbio cultural: Inglês Na Quebrada abre inscrições para turmas de 2019

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As aulas ministradas pelo rapper norte americano Jordan Fields, também conhecido como BiXop, contam com a linguagem do hip hop como um instrumento de trocas e aprendizados durante o curso.

Aula Inglês na Quebrada (Foto: Dilvugação)

Com o intuito de proporcionar o ensino de uma língua estrangeira por um valor acessível e com qualidade, o Inglês na Quebrada recebe até o dia 25 de fevereiro inscrições para a formação de novas turmas, que iniciarão no dia 12 de março.

Entre 2017 e 2018, mais de 100 moradores da zona sul de São Paulo foram impactadas pela metodologia de intercâmbio cultural aplicada nas aulas doInglês na Quebrada. Com cinco meses de duração, as aulas são realizadas no Centro de Mídia M’Boi Mirim, espaço localizado no Jardim Ângela, região da M´Boi Mirim.

Para o primeiro semestre de 2019, serão disponibilizadas 30 vagas que serão divididas em duas turmas: uma às terças-feiras das 19:30h às 21:00h, e outra as quintas-feiras, das 19:30h às 21:30h. A formação possui um custo acessível de R$ 50 para matricula e até 4 vezes de R$ 75 no cartão de crédito ou o valor total de R$ 300 à vista.

Criado em parceria com o coletivo de comunicação Desenrola e Não Me Enrola, o Inglês Na Quebrada foi pensado para romper com os métodos tradicionais de aprendizagem do idioma americano, como forma de atrair os alunos para conhecer a cultura negra afro-americana e as raízes culturais do hip hop, como um elemento pedagógico intuitivo.

Mais informações:

Inglês na Quebrada

Celular: (11) 95814-6202

E-mail: inglesnaquebrada@gmail.com

Formulário de Inscrições: https://goo.gl/forms/tlUH0s6ZF98sBSlh2

Debate discute direitos humanos e liberdade de expressão no Centro de Mídia M´Boi Mirim

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Atentas ao momento de perda de direitos sociais, ataques à liberdade de expressão e ao jornalismo, a Ponte Jornalismo e o coletivo Desenrola e Não Me Enrola convidam atores sociais, que lutam pela garantia de direitos sociais nos territórios periféricos, para participar deste debate que visa compartilhar conhecimentos sobre formas de se organizar em meio a este cenário de constantes ameaças a democracia.

Ocupação da Secretaria de Cultura, realizada por coletivos culturais em junho de 2017. (Foto: Thais Siqueira)

Com o objetivo de promover a troca de experiências e compartilhar informações importantes para contribuir com a abordagem jornalística sobre os movimentos sociais atuantes nas periferias, a Ponte Jornalismo em parceria com o Desenrola E Não Me Enrola, promovem o debate “Direitos Humanos e Liberdade de Expressão” neste sábado (23), a partir das 13h no auditório do Centro de Mídia M´Boi Mirim.

O coletivo de comunicação Desenrola E Não Me Enrola firmou essa parceria com a Ponte Jornalismo, por compreender a relevância da contribuição desta organização de mídia para o atual momento vivido no jornalismo brasileiro. “Ao olhar para a cobertura jornalística sobre direitos humanos no Brasil nós temos duas principais referências: a Ponte Jornalismo e o coletivo Periferia Em Movimento. Entendemos que esse é um momento de unir forçar e dialogar com os movimentos sociais que lutam por transformação social nas periferias”, conta Thais Siqueira, jornalista e integrante do Desenrola.

O encontro conta com participações especiais da jornalista Aline Rodrigues, integrante do coletivo Periferia Em Movimento, além da advogada e coordenadora do Centro de Referência Legal da Artigo 19, Camila Marques e da militante do movimento de moradia e editora da revista Amazonas, Helena Silvestre. A mediação do bate papo será realizada pela Ponte Jornalismo, que também fará transmissão ao vivo do encontro pelo Facebook.

Agenda
Debate: Direitos Humanos e Liberdade de Expressão
Local: Centro de Mídia M´Boi Mirim
Endereço: Rua Thereza Silveira de Almeida, 03 – Jardim Dionísio
Data: 23 de fevereiro
Horário: 13h às 16h
Entrada: Aberto ao público
Capacidade do auditório: 40 pessoas

6 blocos para curtir o carnaval na M´Boi Mirim

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De 02 à 10 de março, o final de semana promete para os foliões que moram nos distritos do Capão Redondo, Jardim São Luís e Jardim Ângela. O Desenrola listou seis desfiles que já são tradição nesses territórios, provocando os moradores a botar o bloco na rua. 

Foto: João Victor Santos

Você tem dúvidas que o espírito comunitário dos territórios periféricos se fortalece ainda mais em épocas de carnaval? Se você ainda não pensou sobre isso vale muito a pena conhecer cada um dos cinco blocos que nós indicamos neste guia de carnaval da quebrada.

Os blocos são uma mistura de cultura popular com lutas de movimentos sociais, engajados em levar para o seu território um pouco de alegria em épocas de crescentes desigualdades sociais nas periferias. Se você for a algum desses blocos, não deixe de fortalecer e economia local e conhecer um pouco mais a história dessas iniciativas.

Programe-se e bom Carnaval!

Bloco do Beco no Jardim Ibirapuera

Neste sábado (02/03) de carnaval, o Bloco do Beco repete a tradição que já dura 16 anos, ao mobilizar os moradores do Jardim Ibirapuera, zona sul de São Paulo e de diversos outros bairros vizinhos, para se juntarem a um cortejo pelas ruas do bairro, com muita marchinha ritmada pela bateria do bloco. O bloco atrai cerca de 1 mil pessoas para compartilhar a cultura popular do carnaval na periferia.

Local de Concentração: Rua Bento Barroso Pereira, 2, 05815-085 São Paulo
Data: (02/03)
Horário: 16h

Bloco do Hercu no Jardim Herculano

Com apresentação de DJ, bateria e samba ao vivo, o Bloco do Hercu busca valorizar a tradição do domingo de carnaval, atraindo foliões de diversas comunidades no entorno do bairro, para mergulhar em histórias interessantes cantadas em seu samba enredo. Formado por educadores sociais, moradores e músicos, o bloco foi fundado em 2013, com a proposta de fortalecer os laços culturais já existentes entre os moradores do Jardim Herculano, comunidade pertencente ao distrito do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Local de Concentração: Rua Ignácio Limas, Jardim Herculano,CEP: 04920-050
Data: (03/03)
Horário: 13h30

Bloco Afro É Di Santo na Piraporinha

Com o tradicional cortejo pelas ruas do bairro da Piraporinha, na estrada do M´Boi Mirim, zona sul de São Paulo, o Bloco Afro É Di Santo faz uma saudação aos tambores e a sabedoria ancestral, para cantar junto com moradores, artistas, coletivos e grupos culturais que valorizam a cultura afro-brasileira. Criado em 2010 pelo grupo Espírito de Zumbi, o bloco busca valorizar toques e ritmos de origem afro-brasileira com composições autorais e canções de ritmo samba-reggae.

Local de Concentração: Casa de Cultura M´Boi Mirim – Avenida Inácio Dias da Silva
Data: (04/03)
Horário: 15h00

Bloco do Litraço no Jardim São Luís

Criador por um grupo de amigos e artistas independentes do Jardim São Luís, o bloco do Litraço faz uma referência a cultura de beber com responsabilidade sem perder a alegria de ser um folião periférico. Para honrar essa tradição, a concentração do bloco que acontece nesta segunda-feira (04) será em um bar bastante conhecido na comunidade, onde famílias, jovens e idosos são bem vindos a cortejo pela comunidade.

Local de Concentração: Bar do Prudas – Rua José Severo Pereira, 131
Data: (04/03)
Horário: 14h00

Bloco Império do Morro no Monte Azul

Na terça-feira de carnaval (05/03), a partir das 15h, os moradores do Jardim Monte Azul prestigiam o desfile do bloco Império do Morro, que desfila desde 1982 pelas ruas do bairro, promovendo o resgate das tradições carnavalescas por meio da música e cultura popular. Seguindo a tradição, os organizadores incentivam a participação dos moradores da comunidade, atraindo crianças, jovens e famílias.

Local da Concentração: Rua Inácio Dias de Oliveira – Jardim Monte Azul – Próximo a padaria Monte Azul
Data: 05/03
Horário: 15H

Bloco Afro Batuquedum no Parque Independência

Ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, O Bloco Afro Batuquedum aposta nos instrumentos afro-percurssivos para despertar na juventude periférica um contato com a sua história ancestral. Essa tradição surgiu ao fomentar a conexão de jovens com a cultura afro-brasileira, por meio da Capoeira de Angola, surgindo logo depois um grupo de percursionistas que deu origem ao bloco. Para emanar essa tradição pela comunidade e moradores, o desfile percorre as ruas do Parque Independência, na zona sul de São Paulo.

Local da Concentração: Rua Gabriel Carozza, 28, Parque independência – SP
Data: 10/03
Horário: 10H

Matriarcas da Quebrada: festa em comemoração aos 60 anos da Dona Vera

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Dona Vera completa 60 anos e sua festa contará com música, intervenção de graffiti e debate sobre educação no território.

Foto: Anderson Costa

No próximo sábado (16), a comunidade da Vila Flávia em São Mateus, zona leste da capital, estará em clima de festa para a comemoração dos 60 anos da Dona Vera, uma das primeiras do bairro a fomentar a ocupação do espaço São Mateus em Movimento, para produzir atividades de arte e educação.

A abertura do evento começa às 10h30 com um debate sobre os problemas na área da educação para a juventude do território. Após o debate, às 12h30, o espaço São Mateus Em Movimento realiza um almoço comunitário com churrasco.

Às 16h, os participantes do evento ainda podem acompanhar a gravação do clip “Ta suave”, do casal de rappers Jo Maloupas e Negotinho, que é filho de Dona Vera. O rapper e capoeirista é um dos principais articuladores do São Mateus em Movimento e em homenagem a sua mãe, criou uma grife de roupas que leva o nome dela, a “Dona Vera Veste”.

A matriarca chegou na Vila Flávia após se separar do marido quando tinha 23 anos, carregando seus dois filhos pequenos. “Trabalhei muito, em dois ou três empregos, de domingo a domingo. Fui construindo minha casa aos poucos, que hoje em dia é o espaço cultural. A luta foi grande, criei meus filhos sozinha”, conta Dona Vera.

Com forte senso comunitário, Dona Vera se preocupava não só com seus filhos, mas também com as crianças do bairro e promovia pequenas festas e atividades. “Meu filho foi crescendo vendo tudo que eu fazia e quando ele tinha 16 anos começou a fazer capoeira, dar aulas para as crianças e entrou no Rap. Como eles não tinham lugar para ensaiar, eles ensaiavam na parte de cima da minha casa. Até que veio um desejo no coração dele de criar o São Mateus em Movimento. Era uma coisa pequenininha, ele dava aula de capoeira e depois chegou o Grupo Opni com aulas de graffiti. E eles estão aqui até hoje, eu fico contente com isso, é gratificante, as crianças adoram este espaço.”

Ao longo do dia, o Grupo Opni realizará intervenções de graffiti com discotecagem do Dj Batata Killa. O encerramento da homenagem acontece com uma roda de conversa com Dona Vera contando sua trajetória no bairro.

Festa de Homenagem – Dona Vera 60 anos

Dia 16/02, a partir das 10h
Rua Conego José Maria Fernandes, 127 – Vila Flávia
São Mateus – Zona Leste
Entrada Gratuita

Saiba mais no evento do Facebook

Cursinho pré-vestibular UNEafro oferece duas mil vagas gratuitas para jovens das periferias

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Voltado para a juventude negra e periférica o cursinho é gratuito e estudantes podem se inscrever por meio do formulário da pré-inscrição

Foto: Thiago Fernandes

Com foco na juventude negra e moradores das periferias, a Rede de Cursinhos Comunitários da Uneafro está com inscrições abertas para o cursinho popular pré-vestibular e estudantes podem se inscrever por meio do formulário da pré-inscrição até 28 de fevereiro. O cursinho é gratuito e as aulas são ministradas por professores e professoras voluntárias, com atividades que acontecem em espaços comunitários nas periferias de São Paulo e Rio de Janeiro.

Com 32 núcleos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em 2019, a UNEafro completa 10 anos de atuação e neste período já atendeu mais de 15 mil estudantes, sendo que centenas deles conseguiram acessar a universidade. Em nota de divulgação a Uneafro cita a importância do jovem e principalmente morador da periferia acessar o meio acadêmico para garantia do seu futuro e direitos. “Nos bairros, periferias, favelas e quebradas de todo Brasil, nossa juventude precisa estudar, se alfabetizar, fazer faculdade, arrumar um emprego, ajudar sua família e evitar da violência da polícia”.

Inscrições Cursinho pré-vestibular UNEafro

Acesse o formulário de pré-inscrição neste link.
A pré-inscrição pode ser feita até 28 de fevereiro e as atividades iniciam em março.

Mais informações sobre as inscrições no site, da UNEafro.

Saiba mais sobre a UNEafro.

Coletivo Café de Quebra celebra aniversário no Jardim São Luis

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Reunindo potências criativas e empreendedoras do território, o coletivo promove no aniversário de dois anos a primeira edição da “FeirArte”, evento que traz exposição de arte; moda; livros; gastronomia, além de uma série de bate-papos.

Foto: Equipe Café de Quebra

Neste sábado (09), a partir das 11h, o coletivo Café de Quebra comemora aniversário de dois anos, na Fábrica de Cultura do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, promovendo a primeira edição e com entrada gratuita, da “FeirArte” , evento que trás exposição de arte; moda; livros e gastronomia. Artistas, educadores e fotógrafos participam de uma série de bate-papo sobre Fotografia e Juventude e Educação na periferia e no decorrer de todo o evento, o público pode prestigiar a feira gastronômica com empreendedores da periferia e preços acessíveis. Além disso, os organizadores prepararam uma exposição multimidia sobre personagens da periferia e durante o encerramento, acontece um desfile de algumas marcas e grifes das periferias.

“Sabemos que o nosso território – zona sul de SP, fervilha de pessoas que se dedicam para fazer da periferia um ambiente melhor. O nosso propósito é conhecer essas pessoas, trocar ideia e divulgar as atividades que são realizadas dentro das comunidades”, conta Fabrício Rodrigues, integrante do Café de Quebra. O coletivo, nesses dois anos de atuação, marcou sua trajetória com o projeto de entrevistas que visibiliza as ações de empreendedores e artistas do território, chamado “Café de Quebra”, que inclui quadros especiais: “Em dois anos, realizamos 27 entrevistas com mais de 30 convidados. Criamos o quadro ‘NA PISTA’, que faz cobertura de eventos da periferia e o ‘Rango da Massa’, que tem a proposta de divulgar a gastronomia nas quebradas”, complementa Fabrício.

Para além da celebração, o aniversário do Café de Quebra é uma oportunidade criada pelo coletivo para realizar um encontro entre potências criativas e empreendedoras da periferia, como conta Fabrício: “Nestes dois anos, conhecemos projetos, propostas e pessoas que são revolucionárias. Ao perceber toda essa caminhada compreendemos que em algum momento seria importante fazer um encontro de tudo que vivenciamos”.

Agenda:

11h – Abertura da Exposição Personagens da Periferia
Apresentação: Poeta Marcio Ricardo

14h – Bate Papo – Fotografia na Quebrada
com Daniel Fagundes e Beatriz Pereira

16h – Bate Papo – Juventude Periférica
com Wellington Amorim, Jaque Leal e Jeferson Delgado

18h – Bate Papo – Educação na Quebrada
com Thiago Ambulante Peixoto, Luana Oliveira e Claudenir Queiroz

20h – Desfile das Grifes e Marcas

Feira de gastronomia com Ex-Burguer Lanches e Açaí e Lola’s Confeitaria.
Feira de empreendedores com Aiyrada Terra, discos e camisetas com Essencial Culture Sistema de Som, Corre Store, Editora Filoczar, entre outros.

Local: Fábrica De Cultura do Jardim São Luis
Rua Antõnio Ramos Rosa, 651 – Zona Sulde São Paulo
Entrada: Gratuita

Mais informações estão disponíveis no evento do facebook, acesse aqui.

Edital fomenta blocos de carnaval nas periferias de São Paulo

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De 1 a 8 de fevereiro o Carnaval da Quebrada recebe inscrições online. A realização de trabalho de impacto social com a comunidade e a atuação e ao menos 02 eventos do tema nos anos anteriores são requisitos importantes para os interessados em participar.

Bloco do Beco – Jardim Ibirapuera (Foto: João Victor Santos)

Atenta ao crescimento dos blocos de carnaval nas periferias, puxados por artistas independentes, comunidades de samba e movimentos sociais, a Pipoca, uma plataforma de experiências culturais para pessoas e para a cidade, lança o edital Carnaval na Quebrada, com o objetivo de apoiar iniciativas que movimentam territórios e mobilizam moradores para usufruir de momentos de alegrias nas regiões mais afastadas do centro expandido. As inscrições são gratuitas e acontecem via site https://carnavalnaquebrada.sampa.br de 01 a 08 de fevereiro de 2019.

O projeto, que acontece por meio do Programa de Municipal de Apoio a Projetos Culturais – Pro-Mac, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo (SP), com patrocínio Nextel, possui duas linhas de fomento: o formato Patrocínio garante aporte financeiro individual de 15 mil reais para 03 (três) iniciativas; já Apoio selecionará08 (oito) blocos para distribuir 5 mil reais para cada organização. O edital irá contemplar blocos de carnaval sediados nos distritos localizados nas periferias, regiões com uma grande diversidade cultural e que tem dificuldade para acessar recursos durante o carnaval.

“Nos últimos anos, as periferias apresentaram um significativo crescimento dos blocos de carnaval, não só em quantidade de iniciativas, más também na proporção de participação dos moradores. Isso é um fator cultural que precisa ser fomentado e nós estamos conectados com esse propósito,” afirma Rogério Oliveira, da Pipoca, justificando o direcionamento territorial do edital para as periferias.

Historicamente, os blocos de carnaval nas periferias estão enraizados em questões culturais e sociais, como religiões de matriz africana, ritmos afro-brasileiros, raça e gênero, e as tradicionais comunidades de samba, elementos que perpassam o cotidiano dos moradores, e que, buscam através dos blocos fazer a diferença em suas comunidades, contando, homenageando, incluindo e divulgando histórias que até então eram desconhecidas.

Em 2018, o tradicional carnaval de rua realizado na região central de São Paulo recebeu 9 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo SPTuris. Esses números mostram uma grande concentração de público, que equivale também ao destino de recursos financeiros público e privado, responsável por viabilizar o desenvolvimento deste cenário. “A democratização do acesso a recursos financeiros é um fator estrutural, o qual o edital Carnaval Na Quebrada pretende pautar, para reconhecer o legado cultural que os blocos das periferias vêm construindo ao longo da história. Esse é um dos fatores que motivaram a construção desse projeto”, explica Rogério.

A Pipoca faz parte da história recente do carnaval de rua em São Paulo. Desde 2015, ela contribui para a organização de importantes desfiles, como Monobloco e o Bicho Maluco Beleza, realizados em regiões centrais, como Sumaré e Ibirapuera. Juntamente com a tradição dos desfiles, a plataforma valoriza a formação de novos músicos e batuqueiros, bem como o lado profissional dos blocos de carnaval.

“Nós queremos contribuir com a profissionalização do setor de carnaval de rua nas periferias de São Paulo, por isso, vamos além do aporte financeiro neste edital, para oferecer também uma formação profissional aos proponentes das iniciativas contempladas, onde eles terão acesso a três workshops sobre gestão e processos administrativos”, finaliza Rogério Oliveira.

Para participar do edital Carnaval Na Quebrada, acesse o site e conheça os detalhes de preenchimento da ficha de inscrição.

Serviço

Edital Carnaval da Quebrada

Data: 01 a 08 de fevereiro

Inscrições: https://carnavalnaquebrada.sampa.br

Mais informações: quebrada@pipoca.com

Em Osasco, grupos de mulheres assistem jogos de futebol de várzea à beira do campo com a família

A presença de inúmeros grupos de mulheres com seus filhos no entorno do campo chamam atenção de quem vai até um jogo de futebol de várzea nas periferias. Esse é um dos cenários que podem ser observados na cidade de Osasco, com a realização da Copa do Busão, torneio realizado pela equipe de Vila Izabel, time com 70 anos de tradição no futebol amador.

A torcedora Ana Paula, moradora da Vila Maria, assiste o jogo com a família, em Osasco. (Foto: Abigail Thais Pinheiro)

A Copa do Busão, realizada neste sábado (02), competição de futebol amador, organizado pelo time Vila Izabel, um dos mais tradicionais clubes do estado de São Paulo, com 70 anos história, está provocando um forte envolvimento comunitário nas quebradas de Osasco, com bairros das periferias do município de São Paulo.

Além de o time vencedor ser premiado com um ônibus, outras características sociais da competição chama a atenção do público presente, como por exemplo, a presença de inúmeros grupos de amigos e mulheres com seus filhos no entorno do campo.

Enquanto a partida rola dentro de campo, no lado de fora o respeito guia as torcidas para caminharem em direção a não violência, colocando em pauta a importância dos clubes de várzea nos bairros de Osasco, para promover uma relação mais próxima e acolhedora entre os moradores e visitantes do campo Toca da Coruja, um complexo esportivo e cultural, onde acontece a Copa do Busão.

Suelen Paloma, 26, moradora da Vila Maria, zona norte de São Paulo, é torcedora do time da famosa favela da “Marcone”. Em meio a sua participação na torcida, ela relata o sentimento de ver inúmeras famílias reunidas ao redor do campo. “Geralmente é difícil você ver uma comunidade reunida né! Muita gente não participa, mas tem muita gente que participa e é difícil mesmo você vê a comunidade reunida, agora nós não, nós somos 100% Marcone,” exclama ela, destacando o orgulho do time e da sua comunidade.

Um dos momentos marcantes para Suelen naquele sábado a tarde foi relembrar o processo de mobilização de moradores realizado pelo clube, para a partida realizada no município de Osasco. “A gente já tava se preparando pra vir, e todo lugar a gente se prepara pra ir, pra tudo,” afirma. O jogo realizado na cidade vizinha à São Paulo reuniu mais de 100 moradores na beira do campo, mostrando o tamanho do amor da comunidade pelo time.

O Futebol de Várzea e a estrutura do Toca da Coruja, incentiva o esporte em forma de inclusão social, levando oportunidades para a comunidade de lazer e ponto de encontro, criando a partir de demandas, as atividades esportivas que contempla variadas faixas etárias.

Essa visão de articulação comunitária presente no time do Vila Izabel, organizador da competição mostra a força do futebol para unir diferentes comunidades por meio de uma partida de futebol.

Outra moradora da Vila Maria presente no jogo é Ana Paula, 30. Em sua primeira vez na beira do campo, ela lembra a importância do futebol como lazer e destaca a não violência, para tornar o ambiente acolhedor para todos. “Tomara que seja tudo na paz no amor, porque futebol é paz e amor. Sem brigas, sem violência, isso se torna periferia, se torna felicidade, todo mundo junto, todo mundo unido, é isso o que eu gosto na periferia todo mundo junto e unido.”

O olhar da torcedora Ana Paula revela um dos significados que o futebol vem ganhando, cada vez mais nas periferias, por criar vínculos e conexões para além dos campos com os moradores, tornando o acesso ao lazer uma forma de dar um grito contra a violência, que ainda é presente nos territórios. “O que a gente pede na periferia é só paz, humildade e sem violência, é só isso,” conta Ana Paula.

Complementando a fala da torcedora, Suelen acredita que os clubes tem um importante papel dentro das quebradas, para unir as pessoas. “Praticamente todo mundo é família”, conclui a torcedora.