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A violência da beleza e o espelho invertido

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Hoje resolvi falar sobre um tema que tem crescido muito na vida das pessoas, a ideia de beleza, as redes sociais deram uma grande ênfase nessa temática, de uma forma que cada vez mais cedo as pessoas têm se preocupado com suas estéticas. O bom e belo como faces da mesma moeda, a beleza continua a séculos consciente e inconscientemente criando padrões de confiabilidade, elaborando um mercado de práticas de elaboração de uma estética.

Para nós, população negra, esse tema sempre esteve em voga, pois nossa aparência é a principal ferramenta da violência racial. 

Mesmo que tenha crescido a ideia de Beleza Negra, também se tem criado padrões sobre essa estética, pois assim como tudo na vida, quando identificamos modelos de como ser, se cria um padrão de sucesso.

Faz pouco tempo que parei de pintar o cabelo para deixar a amostra os grisalhos, consegui fazer esse movimento por conta da pandemia do Covid-19, que nos trouxe à tona outras questões importantes na vida para além da dependência de produtos estéticos. Durante o período refleti que estava entrando em um campo bem difícil da vida das mulheres, envelhecer. 

A sociedade estabelece as relações com as mulheres a partir do seu corpo, por meio da menstruação, do parto, mesmo que algumas mulheres consigam travar sua vida com outras referências, essas novas se colocam em oposição às acima citadas, diferenciando reprodução e sexualidade, que modifica as relações modernas, desvinculando a mulher de reprodução da espécie e trazendo ela para o debate do trabalho e econômico. Ainda acompanhamos o domínio do Estado sobre nossos corpos quando se fala de aborto ou transição de gênero. 

Em 2025 mais 90% dos rostos de mulheres na internet serão produzidos por inteligência artificial. Corremos um grande risco de nunca mais nos reconhecer como reais seres humanos

A indústria da beleza se aproveita desses espaços para criar modelos de beleza que garantam a ideia de juventude dando uma ideia de prolongamento da idade reprodutiva.

Com o avanço dos direitos das mulheres e sua emancipação financeira, cada vez tem se tornada mais tardia as questões sobre os direitos reprodutivos da mulher e as consequências da falta de tratamento médico específico, assim como as questões psicológicas e emocionais que isso acarreta, a solidão e o abandono que assola todos os idosos, mas que sem dúvida tem um impacto maior na vida das mulheres com suas interseccionalidades. 

A nossa inclusão nos direitos presentes nessa sociedade, tentando superar as desigualdades e dicotomia, que sinceramente é destrutiva e desigual até para a classe média, se torna um desafio, pois para as desigualdades que eles já estabeleceram, centralizando as riquezas, existem dificuldades específicas criadas para algumas populações nesse sistema e precisamos lutar a favor da equidade social para todes.

Desde muito cedo as crianças experimentam a beleza como um status de aceitação social e moral, nos contos de fadas, onde a bruxa má se apresenta esteticamente feia e nesse sentido a feiura vinculada a velhice, assim como a princesa exerce o padrão de beleza ligado a bondade, levando a uma conexão construída desde o século XIX por diversos filósofos, que o bom e o belo, tem uma conexão direta. 

Essa ideia influenciou a toda a modernidade culturalmente, a reformulação desse mesmo padrão durante nossa história moderna vem tomando novas roupagens, como hoje as redes sociais, mas continuam sendo disseminadas. 

Entre diversas camadas que essa discussão sobre beleza e bondade pode ter, ela constitui uma ideia política em conjunto com as disputas históricas por riqueza e poder, que também foi usada como arma de dominação. 

Quando pequena ouvi a história da menina suja de piche – A Senhora Holle, Irmãos Grimm, nome original do conto – que fala sobre duas filhas, uma trabalhadora que fica coberta de ouro e uma preguiçosa que fica coberta de piche, sendo o desfecho final que “o piche ficou grudado nela e não saiu por toda a sua vida”. Esse foi o conto de fadas mais aterrador que eu já ouvi, como castigo ela fica preta de piche para vida toda.

Conto A Senhora Holle – Irmãos Grimm: A violência da beleza e o espelho invertido

Vestir-se e pentear-se segundo os cânones da moda, roupas assinadas, ideais de beleza propostos pelo consumo comercial. O cinema nos propõe a mulher fatal, o herói do velho oeste, o jovem rebelde, o espertalhão. A indústria da moda nos oferece de sincretismo total, de absoluto e irrefreável politeísmo da beleza. 

Quando foi que construímos a ideia de que a estética periférica é feia e que o belo só existe nos bairros mais abastados? 

Será que é só sobre a qualidade do saneamento básico ou sobre o transporte, ou criamos em nossas mentes uma ideia estética baseada na cerâmica e no concreto e a única saída é tornar tudo padrão Jardim Europa? 

Considero a ideia de estética uma pandemia silenciosa que invade a nossa vida por meio das redes sociais e estabelece padrões de consumo e de poder e até de morte social. 

Um impacto social é a invasão de crianças da classe média a lojas de produtos de beleza importados disseminados nas redes sociais, em contrapartida diminuem os espaços de lazer infantis que não são baseados no consumo. 

Em cada classe essa invasão da ideia do bom e do belo tem se manifestado de forma diferente, mas basta você curtir um reels sobre maquiagem, para perceber quanto tempo as pessoas estão dedicando a indicar produtos da indústria que proporcionam o enquadramento estético.

Para mim isso vai além de simplesmente maquiagem ou vestimentas, mas sobre nossa relação com a natureza e nossos ciclos. 

O poder dado a nós de transformar a natureza em algo que constituímos como útil ou belo, fez com que levássemos a relação de objeto a tudo que vive, e sendo o objeto oferecemos a tudo uma plasticidade. 

Mármore e cerâmica são base dessa sociedade, tudo limpo, liso e brilhante, dos pisos, das paredes e dos rostos humanos. Sem linhas, sem declives, sem sinais ou poeiras. 

O tempo também criador de estéticas vem sendo combatido, como inimigo da humanidade, ao mesmo tempo que transformações são inevitáveis, formas de aplainar essas transformações têm sido buscadas constantes. De forma bem simples podemos dizer que certas influências mudam o jeito de ver o mundo e todas estão atreladas. 

O reino vegetal tem seu ciclo, as folhas brotam e caem adubando a terra para a época de frutos, se retro alimentando de si, quando tudo é tomado pela estética do mármore e do cimento, as folhas não são mais absorvidas pela terra e são chamadas de sujeira e como resultado as pessoas cortam as árvores, a terra que pinta os corpos e se integra ao nosso corpo, também vão sendo considerada sujeira, sendo que o conceito de sujeira é um conceito estético construído e produzido pelos resíduos da sociedade moderna, que criou coisas artificiais que não podem ser absorvidas pelo sistema terrestre. 

Nessa altura do texto, quero dizer que eu aprecio a moda como uma manifestação cultural particular que proporciona aos indivíduos a possibilidade de manifestar sua criatividade e cultura, assim como o continente africano faz a séculos. 

Contudo, tenho um certo receio da beleza-estética e sua ideia de evitar a multiplicidade humana, seu envelhecimento e a manifestação do tempo em nossa vida. 

Todo rosto conta uma história de vida e ancestral, porque isso deve se igualar, porque não podemos ser únicos em nossa estética visual. Me divirto com os filtros das redes sociais, mas também reflito muito nessa necessidade de parecer sempre uma placa de mármore. 

Ser aceito e amado ainda é uma busca e hoje passou do analógico para o digital, ser reconhecido pelo que pensa e fala, pelos seus estudos e pesquisas sempre foi uma busca humana, mas no digital se tornou uma relação direta com a vida eterna, não ser esquecido. 

O legado platônico foi fundamental para o pensamento ocidental a respeito da beleza. O banquete, diálogo de Platão no qual a beleza é apresentada como paradigma de sua Teoria das Ideias. O banquete, a beleza é discutido em estreita conexão com Eros. Amor é sempre amor por alguma coisa. Belo é aquilo a que o Amor é intencionalmente dirigido. Sendo hoje nossa ideia de beleza totalmente contaminada por essa ideia ocidental, toda busca estética é por alcançá-la, uma forma de dominação das nossas mentes e corpos. 

Dentro dessa ideia existe uma xenofobia que combina beleza com relações políticas e a ideia de quem é bom, que beleza reflete a bondade, anjos de olhos azuis, brancos, traços finos e olhares blasé.

Todo esse questionamento não nega toda a estética construída pelos povos do mundo, as pinturas corporais africanas e indianas, suas cores e tecidos, adornos e penteados, até porque quase tudo que esteticamente, vale a pena, foi construído pelo oriente e pela África e movimenta a indústria da estética e da moda no mundo em uma apropriação cultural desmedida e muitas vezes desrespeitosa, produzindo escravização e domínio cultural.

Como essas questões permeiam as periferias são diversas, desde um consumo que promove o empobrecimento material para manter esses padrões, até questões psicológicas sobre nossa beleza, fazendo com que a verdade sobre quem somos, seja substituída pelo que o mercado precisa que a gente consuma. Como disse Emicida “As redes sociais dá o que nóis quê, enquanto rouba o que nóis precisa.” – EP Amarelo.

A binaridade entre o bom e belo que permeia as agências de trabalho, a porta dos restaurantes e shopping center, os comentários nas redes sociais, refletem não só o racismo estrutural, mas valores eurocêntricos de sua filosofia arbitrária, baseadas na ideia de homocentrismo que criou toda a exploração moderna. 

Pensar que somos seres que fazem parte da natureza e com isso, assim como ela somos cíclicos e perenes, é uma ferramenta de libertação de amarras, e mais adiante que a beleza não reflete a bondade, e sim um utilitarismo social dos olhos ocidentais estabelecidos na elite de comando econômico.

A beleza está nos olhos de quem vê, dizia minha mãe, arremato esse ditado popular retomando que ver e enxergar são dois lados da mesma questão, estamos vendo as pessoas ou só enxergando sua existência?

Este é um conteúdo opinativo. O Desenrola e Não Me Enrola não modifica os conteúdos de seus colaboradores colunistas.

Mostra celebra a parceria de Dona Ivone Lara e Nise da Silveira pela saúde mental brasileira

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O projeto acontece em Mogi das Cruzes, São Paulo, entre 13 de abril a 18 de maio e conta com atividades gratuitas em cinco espaços culturais da região.

A mostra “Ivone & Nise: um reencontro” é idealizada pela artista visual Mariana da Matta e a multiartista Pâmella Carmo, com o objetivo de eternizar o legado da cantora e compositora Dona Ivone Lara em sua atuação como enfermeira, assistente social e terapeuta ocupacional, especialmente quando trabalhou na equipe da médica Nise da Silveira, no Hospital Psiquiátrico Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, nos anos 1940. A Mostra está aberta para visitação entre os dias 13 de abril e 18 de maio, na Pinacoteca de Mogi das Cruzes, em São Paulo, com entrada gratuita. 

As datas de abertura e encerramento da Mostra foram escolhidas a partir de dois marcos: em 13 de abril, abertura do evento, Dona Ivone Lara completaria 102 anos. Já o encerramento, em 18 de maio, marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Pela valorização da obra humanitária de Dona Ivone Lara

A ideia da mostra é dar visibilidade para outras facetas da sambista que foram fundamentais para a história do Brasil. O objetivo também é resgatar memórias que se perderam no tempo e que apontam uma das faces do racismo: a invisibilidade de personagens negras em diversas áreas do conhecimento.

Antes de ser a primeira mulher a fazer parte de uma ala de compositores de escolas de samba e passar a dedicar-se somente à música, a sambista trabalhou por 37 anos no Hospital Engenho de Dentro. Sob a supervisão da psiquiatra Nise da Silveira, a jovem Ivone utilizava a música como estratégia de tratamento na seção de terapia ocupacional.

Além de falar sobre o seu trabalho terapêutico com música no hospital, a proposta da mostra busca contribuir com ações de reparação para reconhecer o importante papel da grande dama do samba na construção de metodologias e práticas de cuidados humanizados pioneiros em sua época e local, como a ressocialização e desinstitucionalização de internos.

Serviço

Mostra “Ivone & Nise: um reencontro” | Instagram @ivone.e.nise
De 13 de abril a 18 de maio de 2024
Local da exposição: Pinacoteca de Mogi das Cruzes – R. Cel. Souza Franco, 993, Centro, Mogi das Cruzes – SP 

Programação 

Exposição 
Pinacoteca de Mogi das Cruzes
Abertura: 13/4, das 16h às 20h, com roda de samba às 18h
Visitação: 16/4 a 18/5/24. Terças a sextas, das 9h às 17h. Sábados, das 9h às 12h.

A exposição conta a história de Dona Ivone Lara e Nise da Silveira na saúde mental brasileira por meio de trabalhos de artes visuais e poesia, além de cenografia temática. É incentivada a participação do público na ação, de forma que possam desenhar ou escrever cartas que interagem com a proposta, em um ateliê integrado à exposição.

Atrações musicais

Pinacoteca (abertura): 13/4, sábado, às 18h
Ateliê Sementeira: 20/4, sábado, às 17h30
Congada Santa Efigênia: 27/7, sábado, às 18h30
Cursinho Popular Maio de 68: 4/5, sábado, às 18h

Rodas de samba e poesia com intervenção artística simultânea. Com participação de Pâmella Carmo, Mariana da Matta, Marlene Santana e Angelina Reis (Pretas Bás),Felipe Nogueira, Henrique Nogueira, Silas Xavier e Fernando Sd.

Oficinas – Inscrições neste link

Tenho Estima
Com Midori Camelo
Dia 9/5, quinta, das 18h às 21h, na Pinacoteca.

Tiê: brinquedo e ilusão
Com Vanessa Oliveira
Dia 20/4, sábado, das 14h30 às 16h30, no Ateliê Sementeira.

Tecendo Travessias
Com Mariana da Matta
Dia 16/5, quinta, das 18h às 21h, na Pinacoteca.

VIVÊNCIAS – Inscrições neste link

Pescar no Inconsciente o Estado do Sonho
Com Mariana da Matta
Dia 18/4, quinta, das 18h às 21h, na Pinacoteca.

O Tambu e o Tempo no espiral
Com Pâmella Carmo
Dia 27/4, sábado, das 14h30 às 17h30, na Congada Santa Efigênia.

Laboratório de Escuta de Imagens
Com Elidayana Alexandrino
Dia 25/4, quinta, das 19h às 21h, na Pinacoteca.

Quem são as mulheres invisíveis? Uma escavação ao passado
Com Larissa da Matta
Dia 8/5, quarta, das 19h às 21h, no Galpão Arthur Netto.

RODA DE CONVERSA
Sankofa e as tecnologias ancestrais para produção de saúde integral
Dia 4/5, sábado, das 15h às 17h30, no Cursinho Popular Maio de 68
Bate-papo sobre a atuação de Dona Ivone Lara na saúde mental e sua parceria com Nise da Silveira, a partir do conceito de Sankofa. Serão discutidas também tecnologias ancestrais e práticas culturais e artísticas como recursos terapêuticos. Com Ana Paula Soares, psicóloga e Domenica Almeida, terapeuta ocupacional.

CORTEJO
Ruas do centro da cidade
Dia 18/5, sábado, das 9h às 13h (concentração às 9h, saída às 10h)
Encerramento da mostra com um cortejo pelas ruas centrais da cidade, composto por artistas e público participante das atividades ocorridas nos espaços parceiros. Aberta à população, a ação afirmativa ocorre no Dia Nacional da Luta Antimanicomial e visa difundir a pesquisa sobre Dona Ivone Lara e Nise da Silveira com arte, cultura e saúde mental, por meio de um coro musical e trabalhos artísticos resultantes das ações formativas da mostra. O cortejo é concluído com chegada à instalação, na Pinacoteca, onde é prevista apresentação de canto dos usuários do CAPS e fala de encerramento.

Locais

Pinacoteca – R. Cel. Souza Franco, 993, Mogi das Cruzes – SPAteliê Sementeira – R. Manoel Inácio Silva Alvarenga, 206, Mogi das Cruzes – SP
Galpão Arthur Netto – R. Rui Barbosa, 248, Mogi das Cruzes – SP
Cursinho Popular Maio de 68 – R. Dr. Paulo Frontin, 365, Mogi das Cruzes – SP

Legalização da maconha pauta debate sobre uso terapêutico e recreativo #23

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Nesse episódio apresentamos algumas perspectivas sobre a maconha, desde seu uso terapêutico ao recreativo. Conversamos com a antropóloga e pesquisadora do projeto Drogas: Quanto Custa Proibir, Paula Napolião, e com o Flávio Alves, integrante da Associação Coletivo Reparação Sócio-Histórica – Resh, sobre o uso da maconha, legalizada ou não, ser uma realidade, mas com abordagens diferentes a depender da forma que é utilizada.

Falamos sobre a maconha, do uso terapêutico ao recreativo, e como, legalizado ou não, o uso não deixa de acontecer, independente do formato, mas as consequências não são iguais para todo mundo.

O Cena Rápida tem episódios novos quinzenalmente, sempre às quartas, disponivel gratuitamente no Google Podcasts, Spotify e Youtube.

Ficha técnica:
Roteiro, apresentação e entrevistas – Evelyn Vilhena
Distribuição – Samara da Silva e Thais Siqueira
Produção audiovisual – Pedro Oliveira
Identidade visual – Flávia Lopes
Vinheta e edição – Jonnas Rosa

Confira os jovens selecionados para a 8ª edição do Você Repórter da Periferia

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Para a edição de 2024, foram selecionados 20 jovens com prioridade para população negra, LGBTQIAPN+ e com diversidade territorial.

A 8° edição do Você Repórter da Periferia recebeu mais de 120 inscrições de jovens que moram em diversas regiões periféricas. Entre os 20 jovens selecionados, 10 são estudantes do 1° ano do Ensino Superior (até 2° semestre) e 10 são estudantes ou concluíram o Ensino Médio.

A seleção foi realizada levando em consideração idade, raça, gênero, escolaridade e regiões da cidade, buscando abranger um grupo diversificado.

Aos Selecionados: Entraremos em contato por whatsapp para passar as informações sobre o início das atividades e tirar todas as dúvidas que possam surgir.

Aos que não foram selecionados: Desejamos muito progresso em seus próximos passos! Fiquem ligados que em 2025 teremos novas oportunidades no Você Repórter da Periferia.

Confira a lista dos selecionados

  • Roseane Paiva Prates
  • Luan Kevin de Queiroz (Luau)
  • Sthefani de Jesus Oliveira Neves
  • Bruno Evangelista Moura
  • Matheus Maurício da Silva
  • Maria da Conceição de Sousa Silva
  • Thyeli Nogueira
  • Vitor Silva Brito
  • Nathalia cristina da Silva
  • Ana Vitória Evangelista dos Santos
  • Lauane da silva Alves nogueira
  • Patrícia Pereira Brandão
  • Anna Celli dos Santos Faria
  • Ana Vitória Negri da Silva
  • Paloma Martins
  • Luana Costa de Melo Anselmo Cipriano
  • Jennyfer Almeida dos Reis
  • Nicolas Santos de Souza
  • Giovana Mendes
  • Yasmin Rocha Turini
  • Marcia Victoria Ramos Moreira

Foco no esporte

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Nós da quebrada sabemos da importância do esporte para a comunidade. Diversos projetos abordam e procuram trazer para as crianças atividades esportivas para  melhorar e aperfeiçoar o desenvolvimento das mesmas. 

Aqui em Taipas e região, há diversos projetos voltados para o futebol, capoeira, judô entre outros.

O Instituto Grande Vitória Capadócia tem o projeto voltado para as crianças e adolescentes. São aulas de capoeira e judô que são realizadas na semana, geralmente à noite. 

Com isso sabemos da importância desses jovens estarem voltados para algo produtivo e proveitoso.

Na quebrada, o nós por nós sempre funciona, com isso fazem com que os jovens tenham o senso de pertencimento e ajuda a desenvolverem e entenderem o trabalho em equipe. 

Ao decorrer dos textos na coluna vou trazendo mais alguns exemplos de projetos que são desenvolvidos aqui na região.

A consequência dessas atitudes dos projetos são positivas e muda a mente de muitas crianças e jovens que buscam se profissionalizar e seguir carreira no esporte. 

Viva a galera da quebrada, unida, que vai para cima, lutando sempre por um futuro melhor para todos.

Este é um conteúdo opinativo. O Desenrola e Não Me Enrola não modifica os conteúdos de seus colaboradores colunistas.

“A idade para ser feliz é quando você está vivo”, afirma aposentada Claudete Maia

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“Hoje nós temos condições de viver até 120 anos, como é que você pode falar que uma pessoa de 80 [anos] não pode isso [ou] aquilo? O que ela vai fazer nos outros 20 [anos]?”. Esse questionamento é da Claudete Maia, 68, moradora do bairro Vila Divina Pastora, no distrito de São Lucas, zona leste de São Paulo.

Aposentada, Claudete trabalhou desde os 18 anos como bancária, e entende que a forma como escolhe viver não cabe em padrões. “Enquanto puder fazer, faça. Para quando não puder, ter o que lembrar”, frase que a mãe de Claudete dizia à ela, e que segue colocando em prática.

“Eu sempre gostei de dançar. A minha família era uma família que dançava, eu sempre falo que a gente aprendia a andar e dançar. Eu aprendi em cima dos pés dos meus irmãos”, menciona a aposentada sobre um de seus divertimentos.

Claudete conta que não se casar não foi uma escolha, mas acredita que isso trouxe reflexos nas boas experiências que viveu com viagens e na dança. “Se eu tivesse casado talvez não tivesse feito tudo isso”, diz.

Viagem que Claudete fez para Belém do Pará, em 2022. (Foto: arquivo pessoal)
Claudete na Festa da Chiquita, na cidade de Belém, no Pará. (Foto: arquivo pessoal)

Aproveitar a vida independente da idade não é algo novo para Claudete. Sua mãe, Mazilia Maia, que faleceu aos 88 anos, também tinha essa característica. “Minha mãe com 80 [anos] subia em árvores. Nós fomos para Europa quando ela tinha 80 anos”, conta.

Curtir a vida frente às desigualdades

A princípio, a falta de condições financeiras foi o principal entrave para que Claudete pudesse aproveitar a vida plenamente como ela gostaria. “Nós éramos seis irmãos e quando meu pai faleceu minha mãe ficou com seis para criar”, relembra sobre a infância.

Mazilia, mãe de Claudete, trabalhou como empregada doméstica até os 60 anos, e assim sustentou os filhos que começaram a trabalhar desde cedo, aos 13 anos, para ajudar em casa. Claudete conta que foi a única entre os irmãos que começou a trabalhar aos 18 anos, quando passou em um concurso da Caixa Econômica Federal.

Foi a partir de uma viagem feita para o festival Oktoberfest, em Santa Catarina, com um casal de amigos, que Claudete passou a se permitir e a enxergar possibilidades de conhecer novos lugares. Depois dessa experiência, ela fez sua primeira viagem internacional para o Chile com um grupo de amigos do trabalho que já havia a convidado para ir ao Peru e ela recusou. 

“Como a gente nunca tinha [dinheiro], então ele era priorizado para as coisas da casa”, conta. No entanto, quando surgiu o convite para a viagem do Chile ela resolveu arriscar.

Foto de 1992, quando Claudete viajou para o Chile, na cidade turística Viña del Mar, em Santiago. (Foto: arquivo pessoal)

“Eu pedi um dinheiro para minha irmã e eu tinha comprado um terreno com meu irmão [que] a gente pagava as parcelas. Eu fiz o cálculo e falei ‘vou ficar três meses sem pagar e vou juntar esse dinheiro’. Imagina ficar sem pagar prestação. Mas eu fiquei, [porque em] três meses meu nome não ia ficar sujo. Peguei o dinheirinho e fui passear”, conta Claudete, que afirma ter sido a melhor coisa que fez por si.

“Você vai amadurecendo, e aí consegue sair com menos [dinheiro]. Aprendi a viajar e a dormir em lugares que têm banheiro compartilhado. Geralmente eu viajo sozinha. Pego a minha mochila e vou”, compartilha a aposentada. Ela também conta que conhecer a Aurora Boreal é o próximo sonho que deseja realizar.

“A questão de morar na periferia não tinha muito destaque, era normal enfrentar o transporte público [por exemplo]”, diz Claudete sobre sua dinâmica de morar na periferia, mas também circular para além do seu território. 

“Ser mulher negra nunca me atrapalhou. Só percebi de fato [uma situação de racismo] quando conduzi os trabalhos de uma equipe e um dos meus subordinados não saía para almoçar conosco e só falava comigo sobre trabalho. Depois de algum tempo ele confessou o motivo: ‘Você é uma negra metida”‘, conta Claudete sobre uma das situações que por vezes ocorre com mulheres negras em cargos de gestão.

Corpo em movimento

Claudete praticou yoga durante 10 anos, participava de aulas sobre consciência corporal, pilates e danças brasileiras. No território onde mora, também faz parte da Associação Solidariedança, que a partir da fisioterapia e da dança, atende pessoas com deficiência ou com dificuldade motora.

Claudete com o grupo da Associação Solidariedança. (Foto: arquivo pessoal)

“Como é pertinho [de casa] eu fui para lá e comecei a fazer dança com [as pessoas com deficiência]. Isso foi em 2021 e estou lá até hoje”, compartilha. Atualmente Claudete participa de apresentações de dança cigana e dos grupos Jongo Filhos da Semente, Mistura da Raça e o Jongo de Guaianazes.

Grupo do curso de danças brasileiras (Foto: arquivo pessoal)

No carnaval de 2024, a aposentada desfilou na escola de samba Unidos de São Lucas, e também costuma desfilar com o bloco Unidos dos Palmares. 

Para mulheres que deixam de fazer o que gostam por pressão das construções sociais sobre suas idades ou por receio do que possam dizer, Claudete deixa uma dica: “Tem que agradecer a idade que elas têm e usufruir do potencial, porque se Deus te deu a vida é para você viver. Sabe pecado? Eu acho que isso é pecado, você ter a vida e não viver”, pois para ela “a idade para ser feliz é quando você está vivo”, finaliza.

8 de março: movimentos de mulheres realizam ato na zona sul de São Paulo

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Na manhã desta sexta-feira, 8, data em que é comemorado o Dia Internacional das Mulheres, a coletiva Periferia Segue Sangrando, realizou um ato na Avenida João Dias, na zona sul de São Paulo, com o objetivo de denunciar o aumento nos casos de violência contra as mulheres.

“A intenção é chamar atenção para o número de feminicídios que cresceu bastante no nosso território, mas não só no nosso território. Chamar a atenção para a violência contra as mulheres”, aponta Luana Oliveira, educadora popular e integrante do Periferia Segue Sangrando.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, foram registrados 1.463 casos de feminicídios no Brasil, o que representa o maior número desde a tipificação da lei do feminicídio sancionada em 2015.

Durante o ato, mulheres negras e periféricas, integrantes da coletiva, estenderam uma faixa com a frase “Parem de nos matar”.

Ato realizado na Avenida João Dias, na zona sul de São Paulo, com o objetivo de denunciar o aumento nos casos de violência contra as mulheres. Foto: Pedro Oliveira.

“O 8 de março tem muitas histórias que às vezes se perdem nesses caminhos que vai transformando o dia nessa mitologia, mas principalmente o 8 de março está atrelado a luta das mulheres trabalhadoras”, afirma Alessandra Tavares, antropóloga, atuante no movimento de mulheres da zona sul de São Paulo e integrante da coletiva.

“É importante lembrar que o dia 8 de março não é um dia de parabéns. O dia 8 de março não é dia de homenagem. É um dia de luta e de reconhecimento de todos os nossos direitos pela vida, pelo bem viver e pelos nossos direitos reprodutivos plenos.” 

Alessandra Tavares, antropóloga, atuante no movimento de mulheres da zona sul de São Paulo e integrante da coletiva Periferia Segue Sangrando.
Ato organizado pela coletiva Periferia Segue Sangrando denuncia aumento da violência contra as mulheres. Foto: Pedro Oliveira.

Periferia Segue Sangrando é uma rede de mulheres que desde 2015, atuam a partir das dinâmicas sociais que envolvem e aproximam as mulheres nas periferias, do feminismo periférico, e propõem ações que dialoguem com suas necessidades.

Alessandra ressalta que a intervenção é uma resposta para além dos eventos recentes. “Mulheres não só foram mortas, mas seus corpos foram profundamente violados. E a gente sabe os significados que isso tem. Queremos dizer e colocar que nós estamos atentas a isso e que a gente grita, que a gente tem voz e exige que parem de nos matar”, reforça.

“O trabalho doméstico não deu possibilidades”: Marilene Silva aborda o autocuidado após os 50 anos

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Em uma quarta-feira de calor, Marilene Pereira da Silva, 64, nos recebeu em sua casa, no bairro Jardim Itaoca, distrito do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Apesar de demonstrar estar um pouco tímida, Marilene estava sorridente e muito produzida com anéis nos dedos e um perfume que contou ter usado para participar da entrevista. 

Devido a uma infecção de meningite que Marilene teve aos 10 anos, ela perdeu a audição e parte da fala, por isso, toda a entrevista foi mediada pela sua filha, Lena Silva, que trouxe falas em terceira pessoa sobre as vivências de Marilene.

“Ela ficou um longo tempo acamada, perdeu os movimentos motores, não falava, não andava, não fazia nada. Então, aos poucos, depois de quase um ano, ela foi recuperando tudo e sem nenhum tipo de assistência médica, porque na roça não tinha nada disso”, conta Lena sobre o período em que Marilene adoeceu e perdeu a audição.

Marilene Silva gosta de viajar e passear, ampliando com frequência as suas vivências. (Foto: arquivo pessoal)

Nascida em Ipiaú, na Bahia, aos 10 anos, Marilene foi morar no município de Jequié, no mesmo estado, com a mãe, Laurentina da Silva, e ficou por lá até os 19 anos, quando se mudou para trabalhar em São Paulo. Marilene passou boa parte da vida trabalhando na casa de outras pessoas, fato que influenciou em como conseguia ou não se divertir.

“Apesar de ter cuidado bastante da minha avó, [isso] não foi um empecilho [para ela] deixar [de] viver, sair ou passear. Foi de fato o trabalho doméstico que aprisionou ela e não deu possibilidades”

comenta Lena, filha de Marilene

Atualmente aposentada, Marilene trabalhou durante 30 anos como empregada doméstica. Ela dormia na casa em que trabalhava e tinha apenas um dia de folga na semana. Diante dessa dinâmica, Lena tentou negociar para que Marilene tivesse duas folgas na semana e que dormisse em casa. Sem sucesso na negociação, acordaram de pedir a demissão de Marilene, mas os empregadores não aceitaram de forma amigável.

“Aceitamos um acordo onde a minha mãe não teve seus direitos pagos. Mas eu falei para ela: ‘mãe, você está com 50 e tantos anos, se não sair agora dessa casa, dessa condição e não começar a viver sua vida, [vai ficar] presa no dinheiro dos tempos trabalhados. Não vai ser saudável para ninguém’”, conta Lena sobre o período em que Marilene tinha pouco tempo para fazer outras coisas além do trabalho.

Cuidando de si

Desde 2015, quando deixou de trabalhar nas condições relatadas como empregada doméstica, Marilene passou a descobrir outras atividades e ter tempo para si. Já fez curso de artesanato, gastronomia e em 2023 começou na academia. Ela relata que entre as várias motivações para iniciar uma atividade, o que mais a deixa animada é a possibilidade de conhecer pessoas e criar vínculos.

Marilene Silva em um passeio com as amigas. (Foto: arquivo pessoal)

“Na academia, quando ela não vai, todo mundo pergunta, ‘cadê sua mãe?’. E é esse carisma. Às vezes ela chega, não precisa falar nada, só um sorrisinho, aí pronto, todo mundo [pergunta] quem é essa senhora fofinha”, compartilha Lena, enquanto Marilene sinaliza concordar com a análise da filha.

Além da academia, desde jovem a aposentada tem o hábito de viajar para o Guarujá, Guarulhos, Aparecida do Norte e chegou recentemente de Jequié, na Bahia, local no qual ela vai quase todo ano. “Ela tem orgulho, porque consegue se locomover e fazer tudo sozinha”, Lena pontua.

“Gosto de conversar, adoro conversar”, conta Marilene, que sempre está em festas com amigos e familiares em casa, e se diverte com as amigas quando sai para dançar forró e ir ao samba.

(Fotos: arquivo pessoal)

“Quando ela toma uma cervejinha gelada fica muito feliz. Ela gosta de festa, se organiza um churrasco aqui, um almoço com a família, ela fica extremamente feliz. Ela gosta de estar com pessoas”, acrescenta Lena, enquanto Marilene reage com entusiasmo, gesticulando e sorrindo.

Estudos

Na infância, após a meningite, Marilene não conseguiu retomar os estudos, mas em 2022, com o estímulo da filha, ela começou a estudar Língua Brasileira de Sinais (Libras), no Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA), no Campo Limpo. “[No início] ela foi muito resistente, porque nasceu falante e ouvinte, e aí ela tinha esse preconceito”, comenta Lena.

“Fui conversando com ela sobre essa possibilidade da escola, não apenas para aprender libras, mas para aprender outras atividades e aumentar o círculo social. E aí isso ela achou mais interessante. Quando ela foi no Cieja Campo Limpo [e] viu o acolhimento, a professora, que era negra, ela se identificou muito”, conta sua filha sobre o processo de estudar libras.

Embora as condições que vivenciou ao longo da vida não tenham favorecido Marilene se alfabetizar, ela desenvolveu os próprios métodos para dar conta de algumas demandas que envolvem a leitura. 

“Ela tem uma memória muito boa. No serviço ela fazia a listinha de produtos que faltava, e aí teve uma vez que a patroa dela me perguntou ‘sua mãe não sabe ler e escrever, como é que ela faz a lista de produtos?’. Aí ela [a Marilene] falou, ‘eu vou olhando e vou copiando’. Ela tem essa memória fotográfica”, explica Lena.

Marilene Silva usando os acessórios que ela confeccionou. (Foto: Pedro Oliveira)

E com essa habilidade Marilene também desenvolveu sua autonomia. “Ela não gosta de ficar em casa, então ela sai para passear. Ela consegue manter relações muito fortes com todo mundo da família, então para ela não tem muito dessa coisa da distância”, conta Lena enquanto Marilene confirma acenando com a cabeça.

Para além dos estigmas, Marilene se permite viver coisas novas, principalmente após descobrir os benefícios de olhar para si, e isso também inspira sua filha. “Aprendo muito com ela a ter disciplina, sabe? Se ela botou na cabeça que ela vai fazer uma coisa, ela de fato faz”, diz Lena, com sorrisos de Marilene ao seu lado.

16ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas traz espetáculos de todo o país para São Paulo

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Homenageando a artista Julieta Hernandez, a Mostra acontece de 6 e 10 de março, e a programação inclui apresentações artísticas e formações. 

A 16º Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas acontece entre os dias de 6 a 10 de março, com uma programação diversificada, gratuita e descentralizada: as apresentações vão ocupar as ruas da Sé, Perus, Guaianazes e Parelheiros. Além disso, grupos como Cia Pé Vermei, Cia Rosa Fulô, Rosas Periféricas, Trupe Baião de 2, Núcleo Ás de Paus, Trupe Olho da Rua, entre outros, estarão presentes na mostra que é realizada pelo Movimento de Teatro de Rua de São Paulo.

A Mostra conta com 17 atrações e 4 formações artísticas, momento em que os artistas irão compartilhar seus conhecimentos, com as temáticas: acessibilidade no teatro de rua; discurso na dramaturgia de rua; mediação e formação de público; a rua como espaço seguro e criativo. Também está previsto o lançamento do artigo “Teatro de Rua: Imprevistos e Improvisos”, do Grupo Rosa dos Ventos.

Trupe Baião de 2.

Nos últimos anos, o Movimento de Teatro de Rua de São Paulo sempre prestou homenagens a pessoas e movimentos de relevância para o teatro nacional e o teatro de rua. Nesta 16°, o movimento celebra as mulheres no teatro de rua, com uma programação composta por grupos teatrais de todo Brasil, com um momento especial em memória de Julieta Hernandez. A artista e cicloativista venezuelana foi assassinada em dezembro de 2023, em Presidente Figueiredo – AM.  

Julieta Hernandez. Foto: Reprodução.

Sobre a Mostra Lino Rojas

A Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas acontece na cidade de São Paulo desde 2006, realizada pelo Movimento de Teatro de Rua de São Paulo. Este ano, conta com o apoio da Rede Brasileira de Teatro de Rua, da Cooperativa Paulista de Teatro e da mandata coletiva Quilombo Periférico, além do patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura de São Paulo.

Programação

Dia 06 de março – centro

4h – Cortejo Movimento de Teatro de Rua de São Paulo
Saindo do Largo do Paissandú

15h – Trêm Bão é Coisa Boa, com Cia Pé Vermei
Praça Dom José Gaspar, 30

16h – A Farsa do Açúcar Queimado ou a Mulher que Virou Pudim, com o Núcleo sem Drama na Cia da Cabra Orelana 
Praça Dom José Gaspar, 30 

20h – Cabaré de Celebração a Julieta Hernandez
Ocupação São João – Av. São João, 588, República.

Dia 07 de março –  zona norte

10h – Breve Dança para um Rio, com a Cia Menina Fulô 
Ocupação Artística Canhoba – Rua Canhoba, nº 299, Perus. 

14h – Hoje tem espetáculo, com o Grupo Rosa dos Ventos
Ocupação Artística Canhoba – Rua Canhoba, nº 299, Perus. 

15h – Lançamento do Artigo ” Teatro de Rua: Imprevistos e improvisos”, com o Grupo Rosa dos Ventos 
Ocupação Artística Canhoba – Rua Canhoba, nº 299, Perus.   

17h –  Ensaio para dois Perdidos, com Éssa Compania de Teatro 
Praça Inácia Dias, S/N, Perus.

20h – Roda de Conversa “A formação do discurso na dramaturgia de rua”,  com Luiz Carlos Checcia
Ocupação São João – Av. São João, 588 – República.

Dia 08 de março – zona sul

13h – Ladeira das Crianças- Teatro Funk, com o Grupo Rosas Periféricas 
Praça Julio Cézar Campos, Parelheiros. 

14h30 –  Pra lá de Teerã,  com o Grupo Sobrevento 
Praça Julio Cézar Campos, Parelheiros.  

15h30 – Roda de Conversa “A rua como espaço seguro e criativo”, com Ciléia Biaggioli 
Praça Julio Cézar Campos, Parelheiros.

19h30 – Em busca de?, com o Duo Caponata 
Praça Julio Cézar Campos, Parelheiros.

Dia 09 de março – zona oeste

10h – Roda de Conversa “Acessibilidade e Teatro de Rua”, com Amanda Nascimento 
Ocupação São João – Av. São João, 588 – República 

15h – Truques e Trambiques, com a Rué La Companhia 
Território Cultural Okaracy na Comuna da Terra Irmã Alberta – Rua Leonel Martiniano S/N.

16h30 – Ym Bando – Poemas para Vozes, com a Amora Balaio Criativo 
Território Cultural Okaracy na Comuna da Terra Irmã Alberta – Rua Leonel Martiniano S/N.

18h – Retirantes, com a Trupe Baião de 2 
Território Cultural Okaracy na Comuna da Terra Irmã Alberta – Rua Leonel Martiniano S/N.

Dia 10 de março – zona leste

10h – Roda de Conversa “Mediação e Formação de Público para o Teatro de Rua”, com Michelle Lomba 
Ocupação São João – Av. São João, 588 – República

15h – Andança da Morte Dum Zé, com o Grupo Teatral Apanel
Casa Quilombo – Rua Serra do Mar, 15 – Guaianases.

17h – Um Show de Variedades Palhacísticas, com a Família Rocokóz 
Casa Quilombo – Rua Serra do Mar, 15 – Guaianases.

18h – Fagulha às 18h, Núcleo Ás de Paus 
Casa Quilombo – Rua Serra do Mar, 15 – Guaianases.

8° edição do Você Repórter da Periferia oferece vagas para jovens das periferias

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Com duração de sete meses, a formação une técnicas do jornalismo e vivências em campo nas periferias. As inscrições acontecem até 01 de abril.

O Você Repórter da Periferia, programa de formação em jornalismo, está com inscrições abertas até o dia 01 de abril para sua 8° edição. Com oficinas teóricas e práticas realizadas entre os meses de abril a dezembro, a formação é gratuita e voltada para jovens de 16 a 25 anos, de regiões periféricas da cidade e região metropolitana de São Paulo.

Para participar, os jovens podem ou não estar estudando – concluintes ou estudantes do ensino médio e também podem ser universitários que estejam cursando o 1º ano do ensino superior de qualquer curso na área da comunicação.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 01 de abril, clicando aqui.

A formação é dividida em duas fases: teórica, período em que os jovens participam de oficinas como videorreportagem e técnicas de entrevista, com aulas aos sábados na redação do Desenrola e Não Me Enrola, localizada no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo; e a fase prática, momento no qual passam a produzir conteúdos sobre ações e movimentos culturais de diferentes territórios periféricos.

Realizado desde 2013 pelo veículo de jornalismo periférico Desenrola e Não Me Enrola, essa edição irá contemplar 20 jovens periféricos que além da alimentação durante todos os encontros, também irão receber um auxílio transporte para o deslocamento nas oficinas teóricas e práticas.