Sertãoperifa transforma praça de Parelheiros em centro de cultura nordestina

Edição:
Ronaldo Matos

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 Além de fortalecer a produção musical e audiovisual de artistas independentes, o coletivo Sertãoperiferia inicia neste sábado (9) uma série de eventos mensais abertos ao público no distrito de Parelheiros, zona sul de São Paulo.

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O Coletivo Sertãoperifa atua desde 2010, propondo o resgate e valorização da cultura nordestina nas periferias. (Foto: André Bueno)

Com mais de 15 intervenções artísticas, o festival “Sertãoperifa 2.0: Nas Margens e Nas Redes”, acontece neste sábado (09), na Praça Júlio César Campos, centro de Parelheiros, zona sul de São Paulo. Com uma programação que vai das 13h às 20h, um dos destaques na primeira edição do evento é a transformação do território num centro de cultura nordestina.

Durante a programação, o público poderá prestigiar apresentações musicais, oficina de xilogravura, feira gastronômica nordestina, apresentação de saraus, cordéis e danças regionais, e até um bloco de carnaval, que fará a abertura das intervenções artísticas. Além disso, haverá um espaço dedicado às crianças com pula-pula, brinquedos e pintura facial.

“A proposta de criar esse evento é fazer ele girar até o final do ano que vem. A gente tem dois anos aí com eventos”

Claudiney Nonato é integrante do Coletivo Sertãoperifa e coordenador do projeto.

A Praça Júlio César Campos, localizada no centro do distrito de Parelheiros, zona sul de São Paulo, é um dos principais palcos do Coletivo Sertãoperifa. (Foto: André Bueno)

A iniciativa de movimentar e valorizar a cultura nordestina nas periferias é do Coletivo Sertãoperifa. “A proposta de criar esse evento é fazer ele girar até o final do ano que vem. A gente tem dois anos aí com eventos, oficinas e atividades dentro do projeto, vai ter intervenção na rua, nas Casas de Cultura, nos CÉUs, e todo mês a gente vai fazer uma atividade com um tema diferente”, explica Claudiney Nonato, mineiro apaixonado pelo nordeste, morador de Parelheiros e coordenador do projeto.

O Sertãoperifa nasce da união de moradores da periferia que vieram do nordeste, mais precisamente do sertão e que gostam de forró. O coletivo surgiu em 2010 quando um grupo de forró pé de serra, que já era engajado com questões políticas e sociais, resolveu fazer disso uma prioridade e trazer ainda mais a cultura do nordeste para as bordas da cidade.

“Isso traz um resgate, traz uma lembrança de onde moravam, é essa a ideia”

Claudiney Nonato é mineiro, mas tem uma forte paixão pela cultura nordestina que o faz se dedicar ainda mais nas ações do Sertãoperifera.

Uma das principais características do Coletivo Sertãoperiferia é ocupar espaços públicos nas periferias. (Foto: André Bueno)

A cada realização do Festival Sertãoperifa, um tema será escolhido para nortear as atividades artísticas da programação. Negritude, gênero e acessibilidade serão alguns dos assuntos abordados pelo coletivo nos próximos eventos.

Com o retorno das atividades presenciais, a expectativa do Sertãoperifa é promover um resgate de memória afetivas entre os moradores de Parelheiros e bairros vizinhos que irão participar das atividades.

“Como faz tempo que não tem nenhuma atividade na região, eu acho que vai ter um impacto positivo para a comunidade. As pessoas poderão assistir um show de um grupo nordestino, podem participar de oficinas e fazer com que se lembrem da sua cultura, isso traz um resgate, traz uma lembrança de onde moravam, é essa a ideia”, afirma Nonato.

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