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Poetas Ambulantes inova com sarau sobre trilhos

Edição:
Redação

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A organização e a criatividade do Coletivo enriquecem a literatura paulistana, colocando passageiros de trens e metrôs em contato com a poesia.

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Imaginem os passageiros ao serem abordados na volta do trabalho, por um grupo de jovens, declamando poesias. Pensou? Pois bem, esta iniciativa foi desenvolvida pelo coletivo dos “Poetas Ambulantes”, jovens da zona sul de São Paulo que se inspiraram em vendedores ambulantes. O que seria a venda de mercadoria de baixo valor, se tornou a doação de poesia que não tem preço.

Os Poetas Ambulantes atuam de forma itinerante, um fato que agrega sua identidade cultural, mas por outro lado propicia aos idealizadores do projeto a responsabilidade de ir cada vez mais longe em suas jornadas poéticas. “Nós temos diversos poetas que fazem parte do coletivo, que somam com a gente, mas para a coisa funcionar precisa ter os “cabeças”, para cuidar, administrar o trabalho. Além disso, o projeto conta com o apoio do VAI pelo segundo ano consecutivo”, ressalta Carolina Peixoto, integrante e coordenadora do projeto.

Carolina destaca que o grupo surgiu em Setembro de 2012. “Estávamos começando a frequentar saraus e pensando nesse contexto, que as pessoas que frequentam saraus são pessoas que querem ouvir poesia e que seria legal conseguir falar poesia para um público diferente. Levar poesia as pessoas que não estavam esperando”.

A coordenadora do grupo acrescenta que em todas as saídas do coletivo acontecem fatos que marcam muito, pois o retorno que alguns passageiros dão para eles em forma de mensagens costuma deixá-los bastante emocionados.

A poesia ganhou vagões blindados e com direção de gente grande. São jovens, que mostram disciplina e cuidado com o trabalho que realizam.

“O trajeto era longo e um casal de adolescentes (17 anos) que moravam em Ferraz de Vasconcelos, nos encontrou no metrô na Luz e decidiu nos acompanhar até o sarau, sem nem saber onde ficava. Isso já foi MUITO especial, mas o mais lindo foi no sarau que antes de ir embora, mesmo com as pernas tremendo de nervoso, o garoto pediu para falar ao microfone e fez um discurso lindo, disse que nunca pensou que seria possível uma revolução sem guerra e que naquele dia ele começou a acreditar que era sim, que os Poetas Ambulantes fazem isso”, descreve a poetiza com uma riqueza de detalhes o que seria mais umas das apresentações do coletivo.

A arte de declamar poesia em transportes públicos não esta presente somente em São Paulo. Em Sorocaba no interior paulista, um senhor aposentado de 77 anos, declama suas poesias em transportes públicos e já é bem conhecido na cidade e pelos passageiros, que afirmam que a pausa para poesia do Sr. Copérnico Martinez, é a melhor parte do trajeto. Filho e neto de poetas, há três anos, decidiu invadir os ônibus e dividir seu talento com os passageiros.

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