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Paraisópolis tem primeiro banco grafitado na periferia de São Paulo

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O trabalho desenvolvido pelo Coletivo Cinz’Art motivou a instituição a colorir a fachada do imóvel.

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Foto: Foto Dilvugação

Criado por três grafiteiros, o projeto Cinz’Art atua há um ano com o objetivo de colorir ruas e vielas de Paraisópolis, comunidade localizada na Zona Sul de São Paulo. Entre os diversos trabalhos realizados pelo coletivo, um está chamando a atenção da comunidade, por estampar a fachada de um banco privado com rostos de pessoas que se assemelham com moradores.

A fachada da instituição tem um dos mais belos cenários da comunidade de Paraisópolis, um fator sociocultural que não se encontra em outras comunidades localizadas na periferia de São Paulo, mas que pode ser um ponto de partida para influenciar um movimento artístico dessa natureza em parceria com instituições financeiras e artistas da periferia.

Diego Soares, morador de Paraisópolis há 30 anos, é um dos integrantes do coletivo Cinz’Art. Ele começou a grafitar em 1992, daí em diante não parou mais. “O nosso intuito é transformar as vielas em galerias abertas, dando assim mais vida para estes espaços”, conta ele sobre a essência do trabalho do grupo, que além de fazer arte na comunidade, também realiza trabalhos artísticos em outros locais do país.

Ele releva seu objetivo como artista. “Eu quero ver Paraisópolis como metade que São Matheus é, tudo bem colorido”, enfatiza ele, afirmando que deseja luz através das cores, arte e cultura para a garotada que está descobrindo seus talentos. Para tornar esse desejo realidade, o grafiteiro também realiza oficinas nas escolas públicas do bairro, mostrando um novo olhar para juventude, um olhar que mistura cores, raízes culturais e diversidade, mostrando que é possível trabalhar com muito amor pelas quebradas de São Paulo.

O projeto de grafitar o banco surgiu a partir de uma proposta de revitalização do imóvel, que estava com a fachada depredada. Neste processo, a instituição entrou em contato com a Associação de Moradores de Paraisópolis, que acabou indicando o trabalho do coletivo Cinz’Art, para dar uma nova cara ao espaço. Logo no primeiro contato com os grafiteiros, eles sugeriram fazer uma arte com o tema “Diversidade”.

O projeto também reuni grafiteiros de outros lugares de São Paulo. A partir dessa união, eles se organizam para grafitar sem datas especificas, quando surgem eventos a união acontece, desta maneira todos trabalham juntos, colorindo diferentes regiões. Diego e mais um companheiro vivem somente do grafite, e ele diz que não tem sido fácil se manter somente com esse trabalho, pois muitas das vezes os próprios materiais saem de seus bolsos, pois nem sempre são remunerados.

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