Home Blog Page 87

Seu apoio foi fundamental!

0

Com a ajuda de mais de 182 doadores, o Centro de Mídia M’Boi Mirim ultrapassou a meta e conseguirá manter o espaço colaborativo em funcionamento durante todo o ano de 2019.

Com ao apoio de mais de 150 doadores, o espaço colaborativo que abriga uma série de iniciativas, projetos e coletivos que atuam por meio do jornalismo, audiovisual, fotografia e educação popular, continuará em funcionamento, impactando mais de 120 pessoas mensalmente.

Foram 40 dias de campanha, 183 apoiadores e R$ 21.143,000 arrecadados.

Os integrantes do coletivo de comunicação, Desenrola e Não Me Enrola, gestores do espaço, irão entrar em contato com os apoiadores para passar todas informações sobre a entrega de cada recompensa.

Muito obrigada por terem acreditado e somado nessa caminhada até aqui!

Apoiadores:

Adm Contabilidade E Consultoria

Agência Mural De Jornalismo Das Periferias

Aline Rodrigues

Amadeu Dias Correia

Amanda Prado

Amanda Rahra

Ana Abdulkader

Ana Carolina A. Carvalho

Ana Carolina Martins

Ana Elizabeth Prado

Ana Helena Oliveira

Ana Paula Do Val

Andre De Geus Cervi

André Sollero

André Takahashi

Angela Bia Roman

Angelina

Antonieta Neves Oeiras

Arthur Gandra

Beatriz Pedreira

Bianca Santana

Bruno Bertogna

Bruno Hannud

Cadu Ruocco

Caio Val Verde

Canu

Carla Mayumi Albertuni

Carla Prates

Carlos Magno De Assis Diogo

Carlos Vinicius Bressan

Carol Pires

Carolina Gutierrez

Carolina Rago Frignani

Cássio Aoqui

Catarina

Cecilia Ungaretti Jesus

Celia Cipriano

Chloé Pinheiro

Chris Metzker

Cláudia Nonato

Cris Siqueira

Daniel Baldini

Daniela Floriano Teixeira

Diane Padial

Diego Borin Reeberg

Dominique Gogolevsky

Dora Nascimento

Editora Filoczar

Elenice Tamashiro

Elissa Fichtler

Evelyn Gomes

Fabiana Alves Siqueira

Fabianne Lopes

Fabricio Rodrigues

Fernanda Lopes

Fernanda Nudelman Trugilho

Flavia Burcatovsky

Florenice Siqueira

Georgia Haddad Nicolau

Germano Dushá

Gisele Brito

Gisele De Oliveira Alexandre

Guilherme Rafael Dalmedico

Guilherme Ralisch

Gustavo Soares

Gut Simon

Ingrid Felix

Instituto Update

Intervozes Coletivo Brasil De Comunicação

Irene Knoh

Jaistillo Projeto Raizes

Jean Messias Sousa

João Ricardo Penteado

João Vitor Caires

Jordan Fields

Ju Dias

Júlia Carvalho

Júlia Cruz

Julia Rodrigues Melo

Julio Siqueira

Kaique Nazario

Karol Coelho

Larissa Dionisio

Larissa Furtado

Lays Morimoto

Lena Silva

Leo Milano

Letícia Alves Nascimento

Leticia Tavares

Ligia Santi Lupo

Lima Son

Lívia Lima Da Silva

Lucas Harada

Luciana Ferrara

Luciana Minami

Lucila Pinsard Vianna

Luisa Dias

Luiz Lucas Ferreira

Maira Mitre

Manuella Curti De Souza

Maranha

Marcia Alexandre

Marcus Vinicius Bomfim

Maria Carolina Marum Zemella

Maria Lucia Ramos Bellenzani

Mariana Belmont

Mariana Caires

Mariana Kuntz

Mariana Ribeiro

Mariana Zafalon Ferreira

Marília Matos Da Silva

Marina Vieira Souza

Marinho Winter

Martina Horvath

Michel Yakini

Michely Alves De Oliveira

Monica Audi

Mônica Ribeiro

Monique Caroline

Mymag Editora

Natália Ribeiro Barreto

Natalie Trevisan Paz

Nilva De Souza

Nina Weingrill

Paulina Chamorro

Paulo Silas Alves Ribeiro

Pedro Borges

Pedro Cobbett Stael Markun

Pedro Ribeiro Telles

Priscila Dos Santos Pacheco

Rafael Cícero De Oliveira

Rafael Grohmann

Rafael Poco

Renata Minerbo Strengerowski

Renata Ruggiero Moraes

Renato Rocha De Lima

Ricardo Borges Martins

Ricardo Pedroso Leal

Ricardo Terto

Rita De Cassia Alves Oliveira

Rita De Cassia Alves Resende Vilhena

Roberto Pereira Cunha

Rodrigo Savazoni

Rogerio Pixote

Rogério Vieira

Rosa Maria Falzoni

Rosane Tierno

Sabrina Coutinho

Samuel Emílio Melo

Semayat Oliveira

Sérgio Alli

Sérgio Amadeu Da Silveira

Shirlei Do Carmo

Silvia Tavares

Simone Freire

Sophia Dozzi Gutierrez

Suzi Soares

Tatiana Dias

Thais Fernanda

Thauan Pereira

Thiago Borges

Thiago Carrapatoso

Tiago Genoveze

Tiago Lins

Veronica Deviá

Vitor Avileis Abud

Weber Sutti

Willian Graniero

Centro de Mídia M’Boi Mirim realiza 2° edição do circuito de workshops

0

Serão 25 vagas para cada uma das 5 formações gratuitas ligadas às tecnologias da comunicação e informação que acontecerão ao longo do mês de setembro no espaço.

Foto divulgação (Foto: Divulgação)

Com objetivo de compartilhar saberes sobre a importância da comunicação em projetos e empreendimentos nas periferias, o Centro de Mídia M’Boi Mirim abre vagas para a segunda edição do circuito “Workshop Comunica Coletivos” que visa fortalecer coletivos, articuladores e empreendedores que desenvolvem ações socioculturais. As formações que terão início a partir do dia 13 de setembro, às 18h, e encerram no dia 27, serão realizadas no equipamento comunitáriolocalizado no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.

Os workshops serão oferecidos de forma gratuita e ao final será entregue um certificado de participação para os agentes que atuam nos territórios periféricos interessados em adquirir conhecimento sobre as técnicas de comunicação. A iniciativa faz parte do Circuito de Workshops Comunica Coletivos, ação criada pelo coletivo Desenrola e Não Me Enrola, que em sua segunda edição abordará temas como: práticas de assessoria de imprensa, ferramentas de newsletter, comunicação no território para projetos culturais,produção de podcast e estratégias de conteúdo com agentes culturais.

Confira abaixo a agenda de workshops e clique aqui para realizar a sua inscrição.

Circuito de Workshops:

– Práticas de Assessoria de imprensa para Empreendedores e Coletivos – 13/09/2018

– Ferramentas de Newsletter – 18/09/2018

– Comunicação no território para projetos culturais – 20/09/2018

– Produção de Podcast – 25/09/2018

– Estratégias de conteúdo: como definir definir o conteúdo para o seu projeto, produto ou serviço? – 27/09/2018

Local: Centro de Mídia M´Boi Mirim

Endereço: Rua Thereza Silveira de Almeida, 03, Jd. Dionísio, São Paulo.

Política e Religião: O impacto do movimento conservador nas políticas públicas

0

A diversidade de pautas que precisam ser tratadas no âmbito político, esbarra no cenário conservador, especialmente quando se trata de temas como diversidade sexual, gênero e religião.

Tendo em vista que 202 dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados integram a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, assuntos como legalização da maconha, descriminalização do aborto, casamento homoafetivo, maioridade penal, entre tantos outros, colidem com os interesses e crenças religiosas de diversos parlamentares que se colocam como representantes de parte da população.

Cientes da relevância de temas como estes, os jovens Alessandro Akim, Estela Cândido e Rayane Braga, moradores da periferia de São Paulo e seguidores de diferentes religiões, compartilham suas visões sobre a interferência de correntes religiosasem debates que impactam diretamente a população.

Assista a reportagem completa do projeto #NoCentrodaPauta 

Estela Cândido, 25, evangélica protestante, musicoterapeuta, estudante de pedagogia e residente do bairro Vila Natal, bairro localizado no Grajaú, acredita que política e religião caminham juntas: “A política interfere na religião, mas existe um movimento contrário, onde as religiões e doutrinas interferem na política. São duas coisas que se retroalimentam. Alguma decisão das políticas publica são tomadas por algumas influencias religiosas.”

Entre as diversas pautas que se chocam com o movimento político tradicionalista em debate no Supremo Tribunal Federal (STF), temos o debate sobre a legalização do aborto até a 12ª semana de gestação, tema que além de interferir na saúde publica, envolve uma questão fundamental, a restrição da liberdade individual de cada cidadão.

A segunda edição da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2016 pelo Anis – Instituto de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB), aponta que uma em cada cinco mulheres aos 40 anos já fez pelo menos um aborto, considerando toda a população feminina entre 18 e 39 anos, o que significa que 4,7 milhões de mulheres já fizeram aborto ao menos uma vez na vida. A pesquisa ainda mostra que dessas mulheres 67% têm filhos, 88% declaram ter religião, sendo que 56% são católicas, 25% evangélicas ou protestantes e 7% professam outras religiões.

A favor da legalização do aborto, a jovem Rayane Braga, 18, católica e moradora do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, acredita que a igreja precisa expandir sua visão sobre o assunto. “Acredito que a igreja deveria olhar com mais humanidade para essas pessoas, abrir mais o pensamento sobre este tema.”

Além da legalização do aborto, no próximo dia 09, o STF realiza o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 494601, que foi apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, contra a decisão do Tribunal de Justiça do estado que validou por meio de uma lei o sacrifício de animais em rituais religiosos. A proibição vem sendo discutida há muito tempo, e impacta diretamente os povos das religiões de matriz africana que incluem em seus rituais a prática de sacrifícios animais.

“A lei de sacrifício de animais interferiu muito na minha religião. Antes do ato religioso e do sacrifício, existe uma espécie de comunhão com animal. Ele é abençoado em atos de rezas e cânticos, porque estamos invocando forças da natureza, a nossa ancestralidade, nossos deuses que são os orixás”, conta Alessandro Akim, 17, candomblecista e residente do Jardim Jacira, região sul de São Paulo.

Para o Cientista da Religião, Felipe dos Anjos, a religião como uma institucionalidade capturou a política. “Esse catolicismo tradicionale conservador aliado a um grupo evangélico ou uma representação especifica de evangélicos que também é conservador e moralista, construiu um bloco religioso hegemônico no pais que eles usam todo poder histórico que acumularam, todo recurso e espaço de poder que acumularam ao longo do tempo para fazer uma espécie de barreira a pautas mais progressistas., conclui.

Esta reportagem faz parte do projeto #NoCentroDaPauta, uma realização dos coletivos Alma Preta, Casa no Meio do Mundo, Desenrola e Não me Enrola, Imargem, Historiorama, Periferia em Movimento e TV Grajaú, com patrocínio da Fundação Tide Setubal.

Cerca de 30 reportagens serão publicadas até o final de outubro com assuntos de interesses da população das periferias de São Paulo em ano eleitoral. Acompanhe os sites e as redes sociais dos coletivos e não perca nada!

Começa hoje a 2ª Semana de Comunicação da Rádio Conectados

0

O evento acontece de (6) a (10) de agosto e tem por objetivo levar a comunidade conhecimentos sobre diversos temas ligados aos meios de comunicação.

Foto: Rádio Conectados

A Rádio Conectados vai realizar no mês de agosto a 2ª Semana Da Comunicação, com o intuito de mais uma vez levar a comunidade conhecimentos sobre diversos temas ligados aos meios de comunicação (locução comercial, locução AM e FM, rádio popular, locução esportiva, locução publicitária, web rádio, comunicação na TV, fake news, cinema ). Esse ano o evento traz muitas novidades, com diversas palestras como: A Arte No Dia A Dia, Os Princípios Básicos Da Fotografia Profissional; Conteúdo Estratégico Para Rádios nos Dias de Hoje; Os Primeiros Passos de Um Jornalista no Século XXI; Rádio, de Onde Veio, Como Está e Onde Vai Parar; Rádio Entre o Offline e o Online; O Processo de Produção de Um Programa de Televisão; Cinematografia: Estética, Crítica e História do Audiovisual; Tudo Sobre os Encontros das Tribos; Como Ser Um Bom Fotografo.

O evento também contará com vários Workshops como: Captura e Tratamento de OFF, onde o participante vai aprender a forma correta de capturar, limpar e comprimir sua voz; Web Rádio, aprenda a montar a sua própria web rádio; Introdução ao Photoshop e Locução Publicitária, neste workshop a pessoa vai aprender a melhor forma de usar a sua voz em trabalhos publicitários (spots), Produção publicitária, aprenda a forma correta de montar um comercial para rádio (spot), Narração Esportiva, Assessoria de Imprensa, Tratamento de foto, jornalismo e outros.

Para falar sobre esses temas, a 2ª Semana Da Comunicação da Rádio Conectados terá a participação de vários profissionais do meio de comunicação em geral como: Paulinho Correria e DJ Zambol da 105 FM, Pati Liberato da Band FM, Cyro César da Radioficina, o locutor Edinho Filho, Jorge Crinspum e Amaury Brito, coordenador e professor respectivamente, do Festival Entretodos, Robson Ferri da RF Mídia, Fabiano Pascarelli, produtor executivo do SBT, o locutor esportivo da TV Gazeta Vinicius Rodrigues, Érica Resende da TV ALESP, entre outros grandes profissionais da comunicação.

O evento será aberto ao público, com entrada franca de 06 a 10 de agosto de 2018, em três períodos, na Rádio Conectados, Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 159, Ipiranga, São Paulo.

Informações e inscrições em: www.radioconectados.com.br

Realização: Projeto Conectados e FUNSAI – Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga

Conheça o Info Território, programa de produção de dados do Desenrola e Não Me Enrola

0

No segundo semestre de 2017, o coletivo de comunicação Desenrola e Não Me Enrola começou estruturar um programa de produção de dados sobre a identidade cultural dos sujeitos e territórios periféricos da cidade de São Paulo.

Distrito da M´Boi Mirim (Foto: Nene Fluxo Imagens)

O programa de produção de dado Info Território iniciou suas ações com uma investigação sobre a relação dos jovens das periferias com os movimentos culturais da região sul da cidade, mais precisamente com coletivos, equipamentos culturais e artistas independentes que atuam a partir do Capão Redondo, Campo Limpo, Jardim São Luis e Jardim Ângela.

Para Thais Siqueira, responsável pela gestão do programa Info Território, o projeto surgiu devido a insatisfação dos integrantes do coletivo com os dados apresentados nas pesquisas que norteiam as tomadas de decisão nas periferias. “Uma das grandes motivações para a criação do programa é a desconfiança que temos sobre a credibilidade dos dados apontados em pesquisas que norteiam a criação de políticas públicas e o investimento do setor privado nas periferias”, explica ela.

Antes de implementar o programa, Siqueira passou pela Rede Doladodecá, agencia de comunicação integrada que aproxima marcas e pessoas das periferias de todo o Brasil, utilizando a lógica do progresso compartilhado. Ela enfatiza que estamos num momento que precisamos aprimorar a qualidade dos dados sobre opinião pública, pois uma amostra da “parte” não representa o “todo”.

“Ao produzir dados sobre a opinião pública, a organização precisa estar isenta de interesses nos setores público e privado. Essa é uma característica presente no Desenrola. Nossa vocação é criar informação de valor público para impactar as pessoas”, descreve.

Em ano eleitoral, o Info Território está preparando uma série de sondagens nos distritos da cidade que apresentam baixos indicadores de desenvolvimento humano. “Temos alguns públicos em mente para produzir estudos inéditos, um deles é a juventude periférica e a sua relação com a participação política”, finaliza ela, contando que o coletivo irá lançar nos próximos dias algumas reportagens divulgando a produção desses dados a partir do projeto No Centro da Pauta, apoiado pela Fundação Tide Setubal.

Criando Criadores abre 40 vagas para curso gratuito de produção cultural na Zona Leste

0

O projeto, que faz parte das ações formativas do programa ArcelorMittal Forma e Transforma, é realizado no município pelo segundo ano consecutivo.

Oficina de Cartografia Social aplicada durante o curso. (Foto: Divulgação)

Com o objetivo de usar a cultura como elemento transformador de territórios e pessoas, o Criando Criadores, projeto de formação técnica em produção cultural, abre 40 vagas destinadas a moradores de regiões periféricas de São Paulo. Nesta segunda edição, o curso gratuito acontece no distrito de Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo.

Os participantes terão oportunidade de desenvolver habilidades nas áreas de mapeamento e cartografia social, empreendedorismo coletivo, planejamento e produção de eventos culturais. O projeto também promove uma agenda de encontros inspiradores para trocas de experiências com talentos e articuladores culturais das periferias de São Paulo.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Cingulado, consultoria com foco em investimento social, o Movimento Cultural Ermelino Matarazzo e a ArcelorMittal, que patrocina o projeto por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. “Criando Criadores é um dos projetos selecionados pelo programa ArcelorMittal Forma e Transforma, que tem como objetivo principal promover o desenvolvimento local por meio da arte e da cultura. O programa está presente em mais de vinte comunidades dos estados de São Paulo e de Minas Gerais”, relata Eduardo Diniz, diretor da unidade da ArcelorMittal, que fica no bairro no Jardim Keralux, em Ermelino Matarazzo.

Para garantir o processo de troca e aprendizado durante o curso, além do contato direto com educadores na área de gestão cultural, os alunos têm um orçamento disponível para organizar durante dois meses como, quando, onde e com quem será realizada uma Mostra Cultural, um processo pedagógico de construção coletiva para efetivar a conclusão do curso.

Assista o minidocumentário do Criando Criadores 2017.

“Para viabilizar a construção de um processo de aprendizado prático e produtivo, os alunos serão divididos em grupos de trabalho para produção da Mostra Cultural. Além dos conteúdos adquiridos nas oficinas para nortear a produção do evento, eles terão o apoio de monitores, para auxiliar e tirar dúvidas durante esse processo que é bem mão na massa”, explica Aluízio Marino, um dos educadores do curso.

Ele acrescenta que essa metodologia do Criando Criadores torna os processos mais colaborativos, diversos, criativos, conscientes e resistentes. “Na periferia existe uma forma coletiva de fazer as coisas, principalmente no campo do empreendedorismo cultural. Por isso, é preciso aprender a trabalhar junto, em grupo. Aquele empreendedorismo onde cada um tem seu negócio e todos lutam pelo mesmo espaço, no qual a regra é competir, não está ajudando quem atua nesses territórios vulneráveis a se fortalecer como redes de convivência, produção e inovação”, enfatiza. “Precisamos buscar novas visões e modelos, e para isso não bastam livros, precisamos experimentar: pular direto a teoria e ir à prática.”

As atividades de formação e bate-papos do Criando Criadores serão realizadas aos finais de semana entre os dias 11 de agosto e 15 de setembro, na sede do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, um dos parceiros do projeto.

Os interessados poderão realizar suas inscrições até o dia 31 de julho acessando este formulário ou por meio das redes sociais do projeto.

Territórios em transformação

Há 30 anos lutando pelo fortalecimento da cultura na região, o Movimento Cultural Ermelino Matarazzo tem um papel fundamental ao promover as atividades e criar novas pontes na região para ampliar o impacto do Criando Criadores. “Na primeira edição do curso, realizada em 2017, o movimento nos ajudou a atrair outros agentes, coletivos e jovens com vontade de atuar na área cultural. Em 2018, a expectativa é continuar esse trabalho e ir além: queremos ampliar a área de atuação dentro do território e fortalecer ainda mais a rede de coletivos que vem se formando”, avalia Daniel Prata, coordenador de comunicação do projeto.

Um dos legados da primeira edição do Criando Criadores foi o fato do curso despertar nos participantes o interesse em se conectar ainda mais com seu território, como forma de atuação profissional e reconhecimento das potencias culturais da periferia. Esse processo de transformação pedagógica e social virou um documentário com participação dos alunos, mostrando como o empreendedorismo cultural pode ser ressignificado para ter fins coletivos e não individuais.

Fácil, Rápido e Seguro: doe para a campanha #CentroDeMídia2019

0

Fortalecer a comunicação feita na periferia é fácil e rápido

Apoiando o Centro de Mídia você fortalece o desenvolvimento territorial das periferias

Para manter suas atividades em 2019, o Centro de Mídia M’Boi Mirim conta com sua contribuição. Em apenas 5 minutos, você consegue fazer a doação e fortalecer a campanha e a comunicação nas periferias.

Veja como é fácil:

1) Acesse a site: juntos.com.vc/centrodemidia2019

Na plataforma da Juntos.com.vc, é possível conferir como surgiu o Centro de Mídia e quais são as atividades que acontecem no espaço.

2) Clique em “Apoie este projeto” ou no valor de uma das recompensas

3) Faça seu login pelo Facebook ou crie um conta na Juntos.com.vc


4) Escolha um dos valores – para cada valor tem uma recompensa diferente

Também é possível digitar outro valor para doação. O Desenrola E Não Me Enrola pensou nas recompensas com muito carinho, aproveite!

5) Preencha seus dados

6) Escolha o meio de pagamento

Você pode escolher entre cartão de crédito ou boleto

7) Pronto! Você fortaleceu a comunicação nas periferias!

Agora, compartilhe com seus amigos nas suas redes sociais que você fortaleceu essa campanha e assim conserguirmos atingir a meta! 

Cursinho pré-vestibular abre vagas para professores voluntários no Jardim Ângela e Capão Redondo

0

O curso pré-vestibular oferece a professores a oportunidade de contribuir diretamente com o aumento de jovens da periferia no ambiente universitário.

Foto: Divulgação

Para atender o crescente número de alunos interessados em ingressar no ambiente universitário, o Cursinho Popular Carolina de Jesus está precisando de professores voluntários engajados em compartilhar conhecimento com jovens da periferia que estão no processo de ampliar o seu repertório acadêmico para aumentar suas chances de passar no vestibular de universidades públicas e privadas.

Tendo como base a luta pela democratização das universidades, desenvolvimento da autonomia e senso crítico da juventude periférica, o cursinho busca influenciar a transformação social a partir da educação. E foi a partir desta ideologia que em oito anos de existência já atenderam quase quatro mil estudantes.

Para completar a grade de aulas, o cursinho está aceitando a inscrição de professores de diversas áreas, interessados em dar aulas nas duas unidades, ambas localizadas na zona sul de São Paulo: uma na escola Luis Magalhães de Araújo no Jardim Ângela, e outra na Escola Terezinha Mota Figueiredo, no bairro Mutirão, no distrito do Capão Redondo. As aulas acontecem aos sábados, das 8h45 às 18h, e os professores interessados podem se inscrever através deste formulário ou entrar em contato diretamente pela pagina do cursinho.

Mais Informações

Cursinho Popular Carolina de Jesus

Site: http://cursinhocarolina.org/

E-mail: cursinhocarolinadejesus@gmail.com

Contato: Edson Lopes | 11 986 619 164 (Tim)

Batalhas de rima criam espaços políticos no Jardim Ângela

0

A ocupação de espaços públicos e a inclusão de discussões sobre gênero e racismo são alguns dos legados consolidados por jovens que articulam manifestações culturais no território onde vivem. 

Os coletivos A irmandade, Periferima, Empodere Cinego e Genkidama estão utilizando batalhas de rima e a cultura hip hop para difundir informação de cunho político e social para a juventude e os moradores dos bairros do Jardim Caiçara, Jardim Kagohara e Jardim Dionísio, territórios do distrito do Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo.

Enquanto as decisões sobre a aprovação e implantação de políticas públicas são tomadas nos gabinetes pelos representantes do poder público brasileiro, nas periferias de São Paulo os jovens se engajam em promover encontros de conhecimento. Ocupando espaços públicos, descobrem a importância do direito à cidade por meio da realização de batalhas de rima.

Jovens ocupam praça do Bambuzal com batalha de rima no Jardim Ângela

Ocupação e transformação urbana

O processo de troca de saberes populares e de transformação de praças e quadras em espaços políticos é crescente entre jovens moradores de territórios periféricos, locais que historicamente são desprovidos de equipamentos culturais públicos.

A realização das batalhas é um fenômeno social que mudou a imagem de alguns locais do distrito do Jardim Ângela. “A gente está usando um espaço público que é uma praça que estava parada, sem nada acontecendo, e movimentamos um pólo cultural nesse espaço. Esse é um serviço que os nossos políticos deveriam fazer pra gente”, conta Jefferson Portugal, conhecido como Jotapê, integrante do coletivo Genkidama e organizador da Batalha das Quadras, no Jardim Kagohara.

No centro do distrito do Jardim Ângela está localizado o Jardim Dionísio. Apesar de ter sido ocupado pela população desde a década de 50, o bairro passou por profundas transformações em sua urbanização, como pavimentação de ruas e encanamentos de água e esgoto entre 1997 e 2000. No bairro há apenas uma creche para atender as famílias cujos pais precisam trabalhar. Ao lado dela se encontra o projeto Cio da Terra, organização social que sedia a Batalha do Dionísio. A jovem Lorrana Lisboa,16, é uma das organizadoras do evento e defende sua relevância para dar voz à juventude local. “Nós organizamos a batalha para o público jovem ter uma voz. Porque assim como eu preciso de uma voz, eles também precisam”, enaltece a integrante do coletivo A Irmandade.

Um dos distritos mais populosos da cidade, o Jardim Ângela tem 295.434 mil habitantes, segundo dados atualizados em novembro de 2017 pela Prefeitura de São Paulo. Junto ao distrito de Jardim São Luis, que possui mais de 267 mil moradores, eles formam a prefeitura regional de M´Boi Mirim. Atualmente, o distrito do Jardim São Luis concentra uma Casa de Cultura Municipal e uma Fábrica de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo para atender mais de 550 mil habitantes, fator demográfico e político que impossibilita o acesso da população a esses espaços.

Juventude, cultura e resistência

Com forte vocação para ecoar as vozes da juventude periférica, as batalhas de rima se afirmam na cultura hip hop para discutir, denunciar, problematizar e compartilhar conhecimento sobre o cotidiano de quem mora em territórios da cidade que têm nas suas raízes a ausência de políticas públicas.

Outro legado já consolidado das batalhas é a inclusão de discussões sobre racismo, gênero e a presença feminina nas atividades. A articuladora cultural Magda de Sousa, integrante do coletivo Empodere Cinego, atua como fotógrafa e mediadora de batalhas dedicadas às mulheres. Durante a sua participação na Batalha do Bambuzal, na qual ajuda na organização, enfatiza algumas características marcantes dos eventos: “As batalhas que acontecem no território do Jardim Ângela são diferenciadas porque não têm racismo, não têm homofobia. Todo o contexto é político, não por ser imposto, mas porque já é uma característica entranhada nos jovens.”

A marcante presença de adolescentes e moradores nas batalhas demonstra o impacto e a transformação social causada pelos coletivos que organizam essas ações na região. Um exemplo desse perfil de público é a MC Fran, 16, integrante do coletivo Encrespados que mora numa ocupação habitacional próxima à estrada da M´Boi Mirim e iniciou sua participação no movimento das batalhas sob os olhares atentos da mãe. Antes da sua apresentação, ela relatou a importância do encontro dos jovens para a troca de conhecimento político:”Aqui eu vejo que tem muito jovem com potencial de explicar para outros jovens e até mesmo pros seus pais o que é política, pois a gente falando do nosso jeito, qualquer pessoa pode entender, porque a política está no nosso dia dia. É uma coisa que a gente vive e aprende diariamente.”

“As batalhas de rima têm um potencial enorme para politizar os jovens. Quando eles ocupam esses espaços públicos, eles estão fazendo o papel do direito à cidade. Na prática isso é maravilhoso, ainda mais ocupando esses lugares com rimas e poesias. Além de ser direito à cidade, também é poetizar a cidade”, define o pesquisador e ativista Cultural Fernando Ferrari, integrante do Movimento Cultural das Periferias e morador do território.

Magda lembra que o fato de ter poucos espaços públicos de cultura na região torna ainda mais legítima a ocupação das praças e quadras para a realização das batalhas: “A gente precisa de uma condução para chegar na Casa de Cultura mais próxima daqui. Então eu me reconheci muito dentro do território querendo circular, porque esse rolê é representativo pra mim, justamente pela falta de acesso a cultura que o Jardim Ângela tem,” argumenta.

O acesso a espaços públicos culturais na cidade de São Paulo se relaciona diretamente com a desigualdade social presente nos grandes bolsões populacionais do município. Em pesquisa realizada recentemente pela Rede Nossa São Paulo, os dados revelam que 24% da população não usufrui de acesso a nenhum dos equipamentos pautados no estudo, como cinemas, centros culturais, shows, museus, teatros e bibliotecas. Outro fator demográfico significativo é o fato dessa parcela de habitantes ser menos escolarizada, ter uma renda familiar de até dois salários mínimos e ser preta ou parda. 

Conheça 4 batalhas de rima na M´Boi Mirim que estimulam o contato da juventude com a cultura Hip Hop

0

Com atividades contínuas e abertas ao público, as batalhas de rima acontecem em diferentes bairros do distrito da M´Boi Mirim, como Piraporinha, Jd. Dionísio, Jd. Caiçara e Jd. Kagohara.

9º edição da Batalha do Bambuzal (Foto: Magda Souza)

As atividades propostas por coletivos e artistas independentes atuantes no distrito da M´Boi Mirim estão cumprindo um importante papel de engajar a juventude periférica na produção de um conhecimento que auxilia o despertar do senso critico por meio da cultura hip-hop.

No epicentro dessas ações afirmativas, o ato de escrever e produzir rimas improvisadas possibilita o incentivo a escrita e a produção de suas próprias narrativas, um importante caminho de representatividade para os jovens.

Confira 4 batalhas de rima que acontecem durante o mês março nos bairros de Piraporinha, Jd. Dionísio, Jd. Caiçara e Jd. Kagohara.

1.Batalha do Dionísio

Conhecida também como batalha de conhecimento, a Batalha do Dionísio é uma iniciativa do instituto Cio da terra e do Coletivo A Irmandade. Na próxima penúltima sexta-feira de marco (23), o evento celebra a sua 5° edição com microfone aberto para poesia e divulgação de trabalhos e projetos de artistas e coletivos do território.

Quando: 23/03

Onde: Instituto Cio da Terra

Endereço: William Cremer, 2, Jd. Dionísio – São Paulo.

Horário: 19h às 22h30

Gratuito

2.Batalha do Bambuzal

Para defender e compartilhar a cultura Hip Hop, a Batalha do Bambuzal, organizada pelo coletivo Periferima, promove uma edição especial da batalha dedicada às mulheres periféricas. O evento acontece no próximo dia 25 de março com um pocket show da grafiteira e rapper Mc Melinka. No mês internacional da mulher, o evento concentra suas atividades para motivar ainda mais a participação das minas do território da M´boi Mirim, que já estão envolvidas ou não com a cultura Hip Hop.

Quando: 25/03

Onde: Praça do Bambuzal

Endereço: Rua Colônia Nova, s/n – Jardim São Manoel – São Paulo

Horário: 19h às 23h

Gratuito

3.Batalha da Casa

Articulada pelo rapper Cocão A Voz e pelo Dj Zeca, integrantes do grupo Versão Popular, a Batalha da Casa acontece um vez por mês na Casa Popular de Cultura M´Boi Mirim, localizada na Piraporinha, zona sul de São Paulo. O encontro contempla a participação de 16 mc´s a cada edição. O participante mais ovacionado pelo público presente ganha um prêmio no valor de R$ 200. Em marcço, a Batalha da Casa acontece no sábado, 17 de março.

Quando: 17/03

Onde: Casa Popular de Cultura M´Boi Mirim

Endereço: Avenida Inácio Dias da Silva, S/N – Piraporinha – São Paulo

Horário: 18h

Gratuito

4.Batalha Das Quadras

A Batalha das Quadras segue o mesmo propósito do Coletivo Genkidama, criador da iniciativa. O encontro de mc´s que acontece no Jardim Kagohara reforça a importância de fortalecer e difundir a cultura urbana, por meio de batalhas de rimas. Um dos principais públicos do projeto é a juventude periférica, que se reúne para apoiar e também mostrar o seu talento com o microfone. Nesta 5 º edição do evento, prevista para acontecer no próximo dia 24 de março, o vencedor ganha ingressos para o evento “Zona Sul, Zona Show”, protagonizados por MC´s do território do Jardim Ângela.

Quando: 24/03

Onde: Quadras do Kagohara

Endereço: Rua das Variações Musicais, s/n – Jardim Kagohara – São Paulo

Horário: 18h às 20h

Gratuito