Os slams, competições de poesias faladas, se espalharam pelas periferias e hoje grande parte dos grupos realizam suas edições ocupando espaços públicos da cidade.
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A cena do slam, batalha de poesia falada que se tornou popular no Brasil principalmente através do ZAP! Slam, criado por Roberta Estrela D’Alva, teve início na década de 1980, em Chicago, nos Estados Unidos. Desde então, o movimento tem se espalhado pelas periferias e ocupado espaços públicos através da poesia falada, usada como instrumento para performances que abordam desde o amor à desigualdades sociais.
“Entendemos que o Terminal Santo Amaro ainda é quebrada, por mais que queiram elitizar, a região ainda é periferia e é caminho para todas as quebradas da sul, e chamamos de 13 por causa do metrô”
explica Thiago Peixoto, poeta e coordenador do Slam do 13, batalha que em 2022 completou nove anos de atuação na zona sul de São Paulo.
Em outra ponta da cidade e também realizada nas redondezas de uma estação de trem, acontece o Slam Oz, batalha de poesia com edições toda última quarta-feira do mês, na saída da estação Osasco, região metropolitana de São Paulo. Os criadores afirmam que o local foi escolhido por conta da facilidade de retorno dos poetas e público para suas casas.
“A importância de se fazer eventos poéticos e culturais em locais públicos é gigantesca, principalmente porque nem todos têm acesso quando ocorrem em espaços privados”
afirma o poeta Lucão, integrante do Slam Oz e morador de Carapicuíba, município vizinho de Osasco.
Já no distrito da Vila Matilde, na zona leste de São Paulo, acontece o Slam Tiquatira, realizado todo último domingo do mês, em frente a estação Vila Matilde, na linha vermelha do metrô.
“É um espaço muito democrático. As pessoas que estão passando para trabalhar, para sair, podem ver o Slam, parar um pouquinho para apreciar as poesias e ir embora”
comenta Nicole Amaral, matemática do Slam Tiquatira