OPINIÃO

Uma carta para minha mãe, vítima de Covid-19

Edição:
Redação

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 Esta carta é uma singela homenagem de Ana Luiza à sua mãe como forma de demonstração do seu amor e carinho, revelando que para o amor não existem barreiras, nem mesmo as que separam o plano físico do espiritual.

Com o dia das mães chegando, muitos filhos e filhas, assim como mães, espalhadas pelo mundo irão reviver a dor da perda de suas maiores referências na vida. Muitas dessas mães,  estavam trabalhando, buscando trabalhar, cuidando da casa e focando no bem mais precioso para cada uma: os seus filhos.

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A pandemia interrompeu o sonho de diversas mulheres e seus filhos que por conta da pandemia, partiram muito cedo, e não puderam acompanhar o crescimento, participar da felicidade, tristeza, dar aquele colo com um aconchego que somente uma mãe consegue proporcionar, além de poder participar o máximo possível da vida dos seus filhos.

São filhos e filhas de diversas idades, crenças, raças e classe social, que não conseguiram dar aquele abraço, fazer uma surpresa e participar daquele almoço especial do Dias das Mães tão esperado no ano. São mais de 400 mil vidas ceifadas pela falta de medidas governamentais para conter o avanço da pandemia de coronavírus que cresce cada vez mais no Brasil.

A ausência da vacina para imunizar a população em larga escala é uma das medidas governamentais que poderiam salvar milhares de vidas, entre elas, a de muitas mães que deixaram seus filhos de maneira precoce, vítimas de complicações causadas pela covid-19.

Hoje, vamos publicar a carta da Ana Luiza Alves, adolescente de 12 anos, que perdeu sua mãe, Fabiana Alves Siqueira, 45 anos, em outubro de 2020, para a Covid-19. Fabiana era mulher negra, pedagoga, mãe solo de dois filhos: Ana Luiza e Julio Cesar de 25 anos. Uma mulher cheia de conquistas, sonhos e afetividade.

Ana Luiza ao lado de sua mãe, Fabiana Siqueira Foto: Acervo Pessoal 2019, Fabiana/Arte: Flavia Lopes

Esta carta é uma singela homenagem de Ana Luiza à sua mãe como forma de demonstração do seu amor e carinho, revelando que para o amor não existem barreiras, nem mesmo as que separam o plano físico do espiritual. E que todos os filhos e todas as mães que passaram por essa triste perda por conta da pandemia, possam de alguma forma serem abraçados e que essas lembranças estejam guardadas num relicário e dentro dos seus corações.

Ana Luiza ao lado de sua mãe, Fabiana Siqueira, durante a celebração de seu aniversário de 12 anos em maio de 2020 Foto: Acervo pessoal 2020, Fabiana / Arte: Flavia Lopes

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