Ser uma pessoa mística com experiências e vivências espirituais é um caminho tão precioso e transformador que merece ser registrado e compartilhado por ser tão autêntico e verdadeiro, como qualquer experiência da vida física e material, onde jamais eu conseguiria fantasiar ou criar algo como uma ficção.
Sou transparente na vida, mostro quem sou, não me escondo, pois me sinto bem e feliz assim. Chegar neste lugar é um processo interno de reflexões profundas, entender qual é o propósito da vida e ser coerente é muito importante. Isso se deu a partir das práticas de autoconhecimento com terapias. É preciso ter coragem e sabedoria para ser positiva e construtiva, para isso temos um percurso que pode ser longo ou curto, só depende de nós.
Também gosto de apresentar possibilidades e mostrar mecanismos que usei para curar e esvaziar a mente e o coração, pois foram eles que me proporcionaram reconhecer as feridas dolorosas e tristes que me marcaram, onde destravei bloqueios e após ressignificá-los no caminho, trouxe a liberdade de poder ser quem sou. Ou ao menos reconhecer o que desejamos ser, isso é uma auto-realização.
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Ter consciência nos leva a construir caminhos novos que vão se desenrolando e vamos escrevendo uma nova história.
A nova trajetória que venho construindo e contando aqui para vocês está sendo maravilhoso para mim, contar como posso ser uma psicóloga e também uma mulher mística, sem ter medo de ser julgada por quem sou. Muito pelo contrário, ao criar este diálogo os convido a dialogar comigo, me conhecer e assim vamos nos conectando mais ou tendo a possibilidade de lhes contar os caminhos percorridos e que vocês podem experimentar em suas vidas, sem ter medo de desconstruir e reconstruir, assim sucessivamente, até que sejamos livres e felizes com quem somos, dando os contornos, sendo atores e protagonistas de sua própria história.
Ser mística é poder expressar a comunicação de forma compartilhada e nem preciso ter consciência disso. Entendo que as experiências místicas podem ocorrer através da nossa fala, da escrita e de tantas outras formas de comunicação possíveis, muitas vezes ocorrem só para nos ajudar.
Tenho o dom de ouvir e aconselhar de forma madura desde a infância, isso me colocava num lugar diferente, só não sabia nomear. Me lembro que eu sabia das coisas, via e sentia a fundo as situações, as pessoas e esses momentos nem sempre eram felizes. Acho que mais infelizes e tristes, mas eu vivi e cresci assim, aprendendo a viver com as minhas dores e de outras pessoas que eram profundas. Fui sobrevivendo sem saber o que era ser feliz.
Na última sessão contei como foi a experiência da minha iniciação e desde lá esse ciclo se fechou com um grande aprendizado, onde as vaidades, as ilusões da vida material não conseguiram sanar e sim a certeza que somos parte de algo muito maior. Onde podemos nos apoiar nos momentos de dor e de angústia e saímos desses lugares adoecidos para lugares que podemos reconstruir e compreender que a finitude, os desejos e a consciência podem nos proporcionar muito mais do que viver sem rumo, vazios, infelizes e carentes.
Digo tudo isso, pois ainda estou muito longe de ter uma vida tranquila, abastada, com um relacionamento que me faça feliz, muito pelo contrário, continuo na luta pela sobrevivência, mas sei que vou conseguir me virar se precisar recomeçar. Ou mesmo saber que posso viver de forma simples e sem ter uma necessidade por algo que não faz mais sentido.
Ainda sigo sozinha, mas não me sinto só, tenho me sentido segura e feliz com minha solitude e conectada aos meus ancestrais, entidades e Orixás que nunca me abandonam, segue me fortalecendo e intuindo qual a melhor decisão e o melhor caminho a seguir. Desejo isso a todos vocês, que a vida tenha sentido como tem sido para mim, crer nela e para além dela.