Opinião

E o meu teto?

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Deveria ser um direito nosso o acesso à compra de um lar decente, que conseguíssemos pagar e viver tranquilos.

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Foto do dia 20/07/22 da ocupação na Cohab Paulistano em Taipas, zona noroeste de São Paulo. Foto: Juh na Várzea

Se você mora numa periferia deve ter percebido o quanto as ocupações de moradia cresceram na quebrada. Não é pra menos, com a loucura que estamos vivendo, os trabalhadores não conseguem comprar o básico para comer e uma hora de trabalho vale menos que um litro de leite. Já era de se imaginar isso acontecer.

A galera na quebrada tem que optar em pagar aluguel ou comer. 

Se paga, passa fome. Se não paga, é despejado. Tudo pra nós é mais foda, são várias lutas.

Enquanto pessoas criticam tais ocupações, dizendo que são loucos, desocupados, que estão fazendo maluquice e que tem que sair fora, eu costumo olhar de outra forma.

O desespero faz você correr, tentar se virar. Pensa só: a galera que paga um aluguel de 700 reais na quebrada (chutando), aparece uma ocupação, ela cai pra dentro, monta seu barraco pra tentar “livrar” esse dinheiro para poder sobreviver.

Não é o certo, sabemos. Mas na nossa atual situação, que sabemos o quanto está difícil em todos os termos possíveis, o pobre é o que mais sofre e sempre tenta procurar uma alternativa.

Cohab Paulistano – Taipas, zona noroeste de São Paulo – Foto Juh na Várzea
Foto do dia 20/07/22 da ocupação Cohab Paulistano – Taipas, zona noroeste de São Paulo – Foto Juh na Várzea

Deixei duas fotos de como era o morro aqui na quebrada que da laje de casa vejo e uma foto de agora. O tanto de casas que cresceu. Imagino o sacrifício do pessoal, que arriscou o que tinha guardado para poder comprar alguns tijolos e telhas para poder sair do aluguel.

Tinha que ser um direito nosso o acesso à compra de um lar decente, que conseguíssemos pagar e viver tranquilos. Mas se não estamos conseguindo nem comer, quando é que vamos conseguir comprar um teto?

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