Bololo pá pá pá: fim de ano na quebrada e as múltiplas famílias
Tira o escapamento. Gruda um gorro de papai noel no capacete. Essa imagem anuncia: é natal na quebrada. Famílias, temos várias: a de sangue, da igreja, do futebol, do rolê... A dos motocas de natal também é uma. O motivo de tirar o escapamento e fazer barulho? Eu não sei. Celebrar talvez? É *pá pá pá* no céu e no asfalto. No céu, rápido e colorido. No asfalto, como um raio, mas com rodas.
"Cuidado ao atravessar a rua! Só tem motoqueiro doido hoje".
É Natal, minha senhora! Dia de colocar roupa nova para ficar sentado no sofá da sala; dia de comer um frango que só aparece nessa época do ano e depois vira farofa até janeiro; dia de celebrar. A noite natalina é mágica, mas mágica mesmo é o que nossa família consegue fazer o ano todo por nós, sempre na correria, para colocar comida na mesa e ainda no fim de ano comprar aquele presentão para as crianças.
Neste ano, tudo foi diferente. Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a distância é fundamental para que não haja contágio. Quebrada sem aglomerar? Difícil... Mas continuamos tentando. Nada de receber visitas em casa, hein? Até o "bom velhinho" não saiu do Polo Norte neste ano. Vai ficar por conta dos motoqueiros natalinos a festa mesmo…
No Ano Novo é a mesma coisa! Evite a muvuca da praia, que a gente sabe que é legal, mas dessa vez não tem como. Curta a virada de boa, na manha. Coloque a mão na consciência e comemore com quem está do lado. Deixe as intrigas para lá, e troque o abraço por um brinde com os copos de requeijão mesmo e faça o pedido que mais será feito ao universo: um 2021 sem pandemia.
Feliz Natal e feliz Ano Novo, quebrada! Tudo que nóiz tem é nóiz!
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