O jogo agora é padrão Fifa. O estádio superfaturado é Padrão Fifa, a corrupção na hora de escolher a sede é Padrão Fifa, o trabalho que matou dezenas na preparação das arenas também é.
A Copa na periferia não vai ser mais aquela. Não é saudosismo. É o que é. É porque a gente perdeu coisas no caminho.
Ou a gente tenta pegar de volta ou a gente inventa novas.
Alguns entusiastas até tentam pintar as ruas e enfeitar de verde e amarelo os becos e vielas. Em vão.
Tipo: a camisa. Alguém acha, de coração, que todo o tsunami de zica, nojo e ódio que a extrema-direita encharcou nossa camisa amarela vai sair na primeira lavada? Vai nada…
Pra sair vai precisar de muito sabão, desinfetante. Pra tirar a zica do bolsonazismo, tem lugar que só na base da soda cáustica mesmo.
Vai ser uma jornada longa essa de arrancar o encardido que se agarrou na nossa camisa e no nosso país.
Outra coisa: o time
A gente nem sabe quem é os maluco. E pra variar convocaram um cara porque ele “alegra” o elenco. É mau. (Dá nosso copo e já era).
Tem o Neymar. Beleza. Ele vai dedicar o gol pro presidente que perdoou os milhões que ele devia de imposto. Tá. Mas e o resto? No gol é o Cássio?
Não, não tem Cássio. Alisson é o goleiro.
E Gabigol?
Não tem também.
Tudo bem, então diz um aí um que a gente conheça. Um que a gente conheça do Morumbi, do Itaquerão, da Vila Belmiro…
Daniel Alves? Mas se ele pode jogar, dá pra chamar o Ronaldinho Gaúcho também, não dá não? Pergunta aí no google quantos anos tem o Ronaldinho.
O Ronaldinho com 50 é mais bola que o Daniel Alves com 40. Ou eu tô errado? Se eu tiver falando besteira você me avisa.
Por último: o jogo
O jogo agora é padrão Fifa. O estádio superfaturado é Padrão Fifa, a corrupção na hora de escolher a sede é Padrão Fifa, o trabalho que matou dezenas na preparação das arenas também é.
Até a torcida é padrão. Bem padrãozão mesmo.
Fora que o país dos caras é bizarro. É perseguição aos LGBT’s . É submissão feminina. Nem breja pode tomar no rolê.
Tem algo incrustado na formação do povo de lá que nunca vamos entender. Um lugar perfeito para uma galera que adora a ” moral” e os “bons costumes”.
Acho que a torcida do Brasil no Catar vai ser tão brasileira quanto o João Dória Júnior.
Pelo menos nesse quesito o time da CBF joga em casa.
Porque na periferia, na nossa casa, se o pessoal da CBF aparecer é possível que sejam chamados de “alemão”.