Já ouviu falar de economia criativa? No Campo Limpo, essa ideia ganha vida através da Moeda Literária, uma iniciativa que está revolucionando o acesso à leitura nas periferias de São Paulo. Com data marcada de 15 a 21 de setembro deste ano, a Feira Literária da Zona Sul (FELIZS), organizada pelo Sarau do Binho desde 2015, chega à sua 10ª edição com o tema: “A Poética dos Caminhos – Donde Miras?”. Criadora da Moeda Literária, a FELIZS se consolidou como um evento cultural essencial no calendário paulistano.
Desde sua criação, a Moeda Literária tem sido um pilar na valorização da literatura periférica. Em 2023, foram convertidos R$10 mil em Moedas Literárias, destinados exclusivamente à compra de livros. Este ano, o objetivo é dobrar esse impacto, convertendo R$20 mil em Moedas Literárias, que serão utilizadas por alunos de escolas públicas, bibliotecas comunitárias e coletivos culturais da região.
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A Moeda Literária exemplifica o conceito de economia criativa, que se baseia no uso da criatividade, cultura, conhecimento e inovação essenciais para o desenvolvimento econômico e social. A economia criativa abrange diversos setores, incluindo arte, música, literatura, design, moda, cinema e outros campos culturais e criativos.
Moeda Literária: Promovendo Cultura e Economia
Criada para fomentar a venda de livros de editoras e autores independentes, a Moeda Literária circula no encerramento da feira, que ocorre anualmente em setembro na Praça do Campo Limpo. Segundo Suzi Soares, produtora cultural da FELIZS, “a expectativa é aumentar o valor para que mais alunos das escolas, bibliotecas e coletivas sejam contempladas, ampliando as oportunidades de vendas para editoras e autores.”
Para a escritora e expositora, Dinha Maria Nilda, além de democratizar o acesso aos livros, a Moeda Literária fortalece a economia criativa local, oferecendo poder de compra, permitindo que os recursos sejam destinados às necessidades intelectuais, muitas vezes deixadas de lado devido às necessidades básicas do núcleo familiar.
“a Moeda Literária torna o processo de aquisição de livros mais lúdico e acessível, favorecendo as editoras independentes e autores presentes na feira”,
Destaca a escritora Dinha Maria Nilda
Elizandra Souza, jornalista e escritora que expõe seus livros anualmente durante a FELIZS, reforça a importância da iniciativa da Moeda Literária.
“Se fosse dinheiro, talvez os alunos das escolas que frequentam a feira não valorizassem tanto quanto o voucher da Moeda Literária, porque eles pesquisam qual livro vão levar por entenderem o valor social dessa moeda. É muito gratificante ver essa conexão entre os autores e os alunos, especialmente da escola pública”.
Ressalta a jornalista e escritora, Elizandra Souza.
Para os expositores, como Juninho, diretor editorial da Dandara Editora, por meio da economia criativa, à Moeda Literária promove a diversidade cultural e fortalece a identidade cultural dos moradores dos territórios periféricos. “a Moeda Literária é fundamental para garantir a circulação e compra dos nossos livros, além de fortalecer o acervo de bibliotecas comunitárias e escolas. A Moeda Literária investe na difusão da literatura periférica e no fortalecimento de uma economia que circula entre nós”, conclui o diretor editorial.